Rodrigo "Esteban" Tavares: um grande talento do rock gaúcho
Resenha - Esteban - ¡Adiós Esteban!
Por Fábio Gudolle
Fonte: Cogumelo do Zebu
Postado em 02 de fevereiro de 2014
Nunca me interessei pela banda FRESNO. Lembro quando estouraram na infelizmente extinta Trama Virtual... Ah! Que tempos bons da Trama, quando ficava a tarde inteira descobrindo bandas nacionais desconhecidas.
Bem, a Fresno veio naquele modismo das chamadas bandas "emo". Sempre achei uma besteira esse rótulo. Afinal, eles têm influencia do rock alternativo americano (como ANBERLIN, THE GET UP KIDS, DASHBOARD CONFESSIONAL, JIMMY EAT WORLD, etc) que cantam sobre amor sim. E qual o problema? É um tema universal que todo mundo se identifica. Ainda mais quando se está apaixonado ou é recém chutado. O problema é quando começam a se pintar e a se fazerem de vítima do mundo, então a imagem sobrepõe à música e torna-se repugnante. E a Fresno pelo que eu vi nunca se pintou.
Não é o estilo de rock que me deixe extasiado, mas é extremamente respeitável e visivelmente tem seus méritos. São bons músicos, são sinceros, cantam em português e são bons melodistas e letristas no que se dispõem. Principalmente o Rodrigo Tavares, baixista e que saiu da banda e está trabalhando sozinho com a alcunha de ESTEBAN. Esse é um cara notável. Criativo, um bom pianista e tem sensibilidade – característica indispensável do bom artista.
Tavares é natural de Camaquã, mas se criou em Pelotas e sua primeira paixão musical foi o gaiteiro Renato Borghetti. Suas referencias como artistas são muito próximas com a música latina, mais precisamente com o rock latino. Isso contribuiu em perder o interesse pelo rock mais adolescente que fazia na Fresno e partir para suas aspirações quanto músico solo.
O álbum de estreia do multi-instrumentista admito que me pegou. Produção caseira impecável. Sonoridade boa e relaxante. Com muitos pianos e acordeon. É um rock inofensivo que flerta com a MPB e extremamente autoral – Rodrigo compôs todas as faixas. Alguma dúvida ainda de que é um bom músico? Versa sobre dor de cotovelo, mas o que importa! O que vale é a obra como todo.
Mesmo que para os roqueiros mais rígidos não interesse, é preciso saber ver as qualidades de uma música bem feita. Afinal, acredito que todo mundo tem um lado sensível. Escutem sem desdém. Tenho certeza que não se arrependerão.
¡Adiós Esteban! (2012)
1."Canal 12"
2."Pianinho"
3."Visita"
4."Muda"
5."Sophia"
6."Muito Além do Sofá" (Rodrigo Tavares, Carolinie Figueiredo)
7."Sua Canção"
8."Segunda-feira"
9."Sinto Muito Blues" (com Humberto Gessinger)
10."(Eu Sei) Você Esqueceu"
11."Tudo Pra Você"
12."¡Adiós, Sophia!"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
"Todo mundo está tentando sobreviver": vídeo viral defende Angraverso e cutuca fã saudosista
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


