Franz Ferdinand: Um esporro pop, sensual, dançante e psicodélico
Resenha - Right Toughts, Right Words, Right Action - Franz Ferdinand
Por David Oaski
Fonte: Rock Ideologia
Postado em 12 de outubro de 2013
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Uma das muitas bandas consideradas a salvação do rock no início do milênio, os escoceses do Franz Ferdinand nunca pareceram se preocupar muito com esse rótulo, tratando de lançar bons discos e hits marcantes no decorrer de sua competente carreira, iniciada em 2002, na Escócia, por Alex Kapranos (vocalista e guitarrista), Bob Hardy (baixo), Nick McCarthy (guitarra e teclados) e Paul Thomson (bateria).
Os álbuns do Franz Ferdinand sempre variaram entre o garage rock dos anos 70, o pop dançante dos anos 80 e o indie rock do começo da década de 2000, no entanto faltava aos escoceses um álbum mais coeso, uma obra completa que se tornasse um registro marcante para a turma de Kapranos. Realmente o verbo está certo: faltava, pois com o lançamento de "Right Thoughts, Right Words, Right Action", a banda põe as mangas de foras num esporro pop, sensual, dançante e psicodélico mostrando que ainda tem muito chão pela frente e não será mais uma esquecida banda obscura com dois ou três sucessos como vários de seus contemporâneos que a crítica insiste em exaltar.
O álbum é rápido, são 10 faixas e somente três chegam à casa dos 4 minutos. A velocidade, no entanto, não gera falta de qualidade, pelo contrário, o disco é enxuto e extremamente cativante, com canções que te pegam de primeira, sem apelar ou soar pegajoso.
O play abre com o clima dançante e que cheira à pista de dança de "Right Action", com guitarras galopantes, vocais e backing vocals bem encaixados naipe de metais, juntando as características mais marcantes da banda. Na sequencia vem a excelente "Evil Eye", certamente uma das melhores músicas do ano, que abre com a bateria seguida por um grito e mistura doses de psicodelia aos comuns teclados da banda. Já "Love Ilumination" é mais acelerada, com ótimas linhas de guitarras e um solo esperto, formando uma canção pop deliciosa.
"Stand On The Horizon" começa mais amena, quebrando o ritmo frenético do álbum pela primeira vez, mas rapidamente ganha corpo, com melodia bem suingada e letra que fala sobre um cara orgulhoso correndo atrás de uma garota. A balada pop ensolarada "Fresh Strawberries" mantém o clima das ótimas canções, porém é curioso notar que a maior parte das letras não reflete a pegada das melodias cheias de energia e dançantes, pois tratam de temas melancólicos e desesperançosos, muitas vezes com um tom jocoso, traço forte dos vocais de Kapranos.
O álbum volta então ao ritmo frenético com a acelerada "Bullet", enquanto "Treason! Animals." mistura a levada dançante com a pegada psicodélica. Dando um contraponto, na sequencia surge "The Universe Expanded" com clima intimista e minimalista com Kapranos quase sussurrando os vocais, com uma leve subida no refrão remetendo ao The Killers.
Fechando o disco, "Brief Encounters" e "Goodbye Lovers & Friends" possuem levada mais cadenciada, com suingue das guitarras e melodias deliciosas, sendo que a primeira é quase um reggae e a segunda remete a ritmos havaianos e brinca com a frase "I don’t play pop music, you know i hate pop music" com um tom sarcástico, numa canção pop até as entranhas.
O álbum possui melodias precisas. Não há nada extremamente inovador, tampouco músicos virtuosos, mas a experiência e sagacidade dos escoceses fizeram com que estas 10 joias se encaixassem devidamente em seu devido lugar, formando uma obra direta e concisa e, o mais importante, deliciosa de ser desfrutada.
I know you love pop music Kapranos, por isso seu grupo fez um dos melhores discos do ano.
David Oaski
Disponível também em:
http://rockideologia.blogspot.com.br/2013/10/resenha-franz-ferdinand-right-thoughts.html
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
O álbum do Led que realizou um sonho de Jimmy Page; "som pesado, mas ao mesmo tempo contido"
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
Loudwire elege os 11 melhores álbuns de thrash metal de 2025
A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar
O baterista que Neil Peart dizia ter influenciado o rock inteiro; "Ele subiu o nível"
A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir
Steve Vai: "Eu não posso tocar como Yngwie Malmsteen; ninguém pode tocar como ele"
Qual era a opinião de Tony Iommi sobre Ozzy Osbourne solo e Randy Rhoads em 1984?
Restart: após uma década, como está garota do meme "puta falta de sacanagem"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



