Oficina G3: ficou muito aquém do que a banda pode oferecer
Resenha - Histórias e Bicicletas - Oficina G3
Por Hananias Souza Santana
Postado em 26 de julho de 2013
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Depois de lançar em 2008 o álbum "Depois da Guerra", o OFICINA G3 alcançou o melhor momento em sua carreira; bom número de vendas, elogios do público e da crítica e prêmios, inclusive um Grammy latino. Depois de anos de espera, é lançado o sucessor de "Depois da Guerra"," Histórias e Bicicletas", em 30 de abril de 2013.
O disco foi gravado no RAK Studios em Londres, onde artistas como PAUL McCARTNEY, RADIOHEAD, MUSE e ADELE, por exemplo, já gravaram álbuns. O disco segue na linha de rock/metal progressivo e as letras segundo Juninho Afram, trazem reflexões acerca de experiências vividas pelos integrantes do grupo, como o tema do disco já diz: "Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança)". A banda conta com Juninho Afram na guitarra, Mauro Henrique no vocal, Duca Tambasco no baixo, Jean Carllos nos teclados e Alexandre Aposan na bateria; esse é o primeiro disco de Aposan como baterista oficial do OFICINA, posto que estava vago desde que Walter Lopes saiu da banda, o último trabalho deste foi "O tempo", lançado em 2000.
A atuação dos músicos no geral foi boa, o nível técnico da banda é muito alto, são todos músicos excelentes. Juninho tocou muito nesse disco, os solos são um destaque a parte. Da mesma forma Duca e Mauro foram destaques, principalmente Duca que nos presenteou com linhas de baixo inspiradas. Já Jean estava tímido nos teclados, se comparado a trabalhos anteriores, e enquanto a Aposan, eu achei uma atuação inferior se comparada com o disco anterior. A produção ficou de razoável para boa, alguns aspectos poderiam ter sido melhor trabalhados.
É um bom disco, é um bom trabalho, mas na verdade ficou muito aquém do que o OFICINA G3 pode oferecer. "Depois da Guerra" foi um dos melhores discos de metal nacional dos últimos tempos, e as minhas expectativas para o trabalho seguinte eram astronômicas. Ouvir "Histórias e Bicicletas" pela primeira vez frustrante devido às altas expectativas que criei. Como disse, é um bom disco, mas tem ideias que não foram das mais felizes, como um longo solo de piano no final de uma música, ou uma poesia sendo recitada no meio de outra. Algumas músicas ficaram um tanto melosas; o cover da música de Kleber Lucas é o ponto mais baixo do disco, realmente não era necessário. Pontos positivos do álbum anterior não são encontrados nesse disco, como a influência do metalcore, gutural de Jean em algumas músicas ou o uso de pedais duplos.
Concluindo, "Historias e Bicicletas" ficou muito aquém do que o OFICINA G3 pode fazer, ficou um disco de difícil digestão. Mas analisando friamente, é um bom disco, tem bons momentos, boas letras, boa atuação dos músicos. Acredito que se a banda tivesse optado por um produtor de fora da banda, como foi no caso de "Depois da Guerra", o resultado seria superior.
Destaques: " Água Viva", "Não Ser" e "Lágrimas".
Tracklist:
1. "Diz" 5:42
2. "Água Viva" 6:20
3. "Encontro" 6:21
4. "Confiar" 5:13
5. "Não Ser" 5:52
6. "Compartilhar" 4:59
7. "Descanso" 5:18
8. "Aos Pés da Cruz" 4:01
9. "Sou Eu" 5:41
10. "Lágrimas" 7:17
11. "Save Me From Myself " 4:16
Outras resenhas de Histórias e Bicicletas - Oficina G3
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
AC/DC confirma show único no Brasil em São Paulo para fevereiro
Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
AC/DC confirma show no Brasil para março de 2026, segundo José Norberto Flesch
As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
Ramones e a complexidade técnica por trás da sua estética
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina, morre aos 73 anos
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
O artista que Neil Peart se orgulhava de ter inspirado

Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
Avenged Sevenfold: banda volta às suas raízes no bom "The Stage"


