Matchbox Twenty: O pós grunge romântico invadiu os anos 90
Resenha - Yourself Or Someone Like You - Matchbox Twenty
Por Abel Teixeira
Postado em 13 de julho de 2013
Nota: 8 ![]()
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Inicialmente, essa resenha é bem particular, não se identificando com qualquer análise profissional. peço desculpas, desde já, se o caro leitor, veio até aqui a fim de encontrar uma resenha clássica, e mais direta, musicalmente falando.
O primeiro trabalho da banda norte americana liderada pelo vocalista Rob Thomas, traz excelentes melodias e refrões poderosos. Este, é o caso da primeira faixa do álbum, intitulada "Real World". Na clara intenção de viver em um mundo paralelo de criações, a canção passeia por fantasias e alucinações.
Em seguida, temos a densa "Long Day", que trata de um assunto já tradicional nas letras da banda, aliás... Em uma forma geral, no mundo "desastre-romântico". Se você já foi largado por alguma mulher, sem qualquer explicação plausível, vai se identificar. Principalmente, se antigamente, as coisas eram diferentes, e sua companheira não precisava de opiniões alheias para seguir seu coração.
A linda música "3 Am", foi uma das primeiras escritas por Rob, e infelizmente... Soa com uma depoimento pessoal, de um problema familiar: sua mãe estava em tratamento do câncer. Um período complicado na vida do artista, detalhadamente e sentimentalmente traduzido nessa canção.
A quarta faixa do disco, e talvez um dos maiores sucessos do Matchbox Twenty, já levou interpretações desastrosas, pois poderia parecer machista no que se refere ao tratamento dado a uma mulher. Na verdade, uma grande bobagem, pois não há qualquer incitação de violência física, e sim psicológica. O famoso "jogo", que acontece de forma ridícula, que qualquer relacionamento.
Já "Girl Like That", com suas boas guitarras, mostra o lado quase inverso da faixa anterior, pois demonstra o lado feminino de domínio no relacionamento, no qual nós homens, somos eternos reféns: depender de atitudes da sua garota pode não ser saudável, principalmente se representarem apenas migalhas do que você pode ter.
A sexta faixa desse grande trabalho, chama-se "Back 2 Good". Pode-se dizer que é uma de minhas preferidas! Aquela difícil fase de retomada, em um pós-relacionamento turbulento. Por um momento, bate aquela vontade de passar por cima de tudo, e recomeçar. No entanto, devido às feridas, não existe maneira de "voltar aos bons tempos", como finaliza a canção.
Sobre "Damn": prefiro que vocês tomem a letra dessa música como uma grande decepção amorosa, de eterno lamento. Sim, mais uma letra que trata de como tudo poderia ser bom se sua garota não o tivesse deixado. Um fato tradicional, já.
A letra de "Argue" ilustra bem como algumas pessoas se tornam diferentes, tentando encontrar qualquer desatino pra uma relação. Aquela velha mania de procurar empecilhos e problemas pra que tudo acabe mais rápido.
"Kody" conta uma história que retrata aqueles momentos em que se observa cenas de perplexidade, porém simples em sua vida (mesmo não podendo se acostumar com isso).
A letra mais obscura, e não porque dizer de seu instrumental também, é "Busted". É um desastre emocional, por não conseguir às vezes demonstrar o que você é, de verdade.
"Shame" é a típica letra sensível na qual explica a falta de necessidade de estar envergonhado com algumas atitudes. Às vezes, pensar demais é limitar uma relação.
Finalizando, "Hang" é o clima de despedida deste trabalho, de uma situação, e de uma vida a dois. Pode ser bom para uma das partes aliviar a cabeça longe de tudo, testar outros erros e acertos com outras pessoas. Não importa o que aconteça! Ela se foi, e a dor ainda ficou. É disso que "Hang" fala. Por fim, ainda "estarei" aqui, caso volte.
Por fim, é um belo trabalho, que merece a atenção de todos. O pós grunge romântico invadiu os anos 90. Não gosto muito de rótulos, mas não vejo esse álbum diferente desta forma.
Tracklist:
1. Real World
2. Long Day
3. 3 Am
4. Push
5. Girl Like That
6. Back 2 Good
7. Damn
8. Argue
9. Kody
10. Busted
11. Shame
12. Hang
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