Therion: versatilidade cravou o nome da banda no cenário mundial
Resenha - Live Gothic - Therion
Por Guilherme Niehues
Postado em 14 de maio de 2013
THERION é uma das bandas que simplesmente iniciou sua atividades em 1987 e era predominantemente Death Metal, que felizmente ao passar dos anos e dos álbuns a serem lançados, acabaram entrando na onda de uma Metal mais sinfônico e operático, que na minha opinião trouxe uma versatilidade enorme a banda e cravou de vez o nome THERION no cenário mundial.
Um dos registros que nos permitem avaliar a banda como um todo é o registro ao vivo denominado Live Gothic, lançado em 2008. Um DVD duplo que traz quase duas horas de show de puro profissionalismo e empolgação.
Como membros oficiais do registro temos Cristofer Johnsson e Kristian Niemann nas Guitarras, Johan Niemann no Baixo e Petter Karlsson na bateria. E para os membros convidados, que são os vocalistas temos o famoso multi-intrumentista Snowy Shaw, Mats Levén, Lori Lewis e Katarina Lilja, cada qual executando o seu papel extremamente bem.
A música de abertura fica por conta da Der Mitternachtöwe, esta qual que está presente no álbum Gothic Kabbalah de 2007. Uma música não tão poderosa, que inicia o show de uma forma um pouco morna, mas traz um mistério quanto aos vocalistas, que vão aparecendo aos poucos e em locais estratégicas no palco montado.
Schwarzalbenheim ficacomo segunda música, e essa começa a empolgar o público, que delira com a belissima voz de Lori Lewis! Esta música é um divisor de aguás impostas já no inicio do show, simplesmente porque ela é a última executada antes dos maiores petardos da banda.
E, é a partir daqui que é perceptível sentir o inicio de um ótimo entrosamento tanto pela parte instrumental quanto pela parte de vocais, e também evidenciar que a platéia começa a se agitar. Claro que, não poderia ser de menos, afinal, os maiores clássicos da banda começariam a ser executados, primeiramente pela ótima The Blood of Kingu que tem como vocal principal Mats Levén, e mostra o porque de ele ser o principal vocalista da banda.
Em seguida temos mais uma música do álbum Gothic Kabbalah, entitulada The Falling Stone e que conta com uma bela dobradinha de vocais, apesar de não ser uma música rápida, acaba por empolgar a platéia e os preparava para três excelente músicas que são consideradas clássicas pela grande maioria dos fãs da banda.
An Arrow from the Sun, Deggial e Wine of Alugah demonstra que a banda está mais afiada do que nunca para executar três dos seus maiores clássicos, e da fase de ouro da banda. O grande destaque nessas três músicas, ficam por conta de Lori Lewis e Katarina Lilja que antes se mostravam acanhadas, e que agora já estão soltas e se mostrando ativas em cima do palco, brincando um excelente espetáculo a platéia!
Após a excelente perfomance das músicas, entramos com uma dobradinha de músicas, basicamente temos uma música do álbum Gothic Kabbalah e outra de qualquer outro registro da banda. Voltamos a uma execução de uma música um pouco mais lenta e cadenciada, denominada The Perennial Sophia, que não esfria a platéia, mas permite entender que a banda tem a sua pegada mais "metal" e sua pegada mais "melancólica", o que acaba favorecendo a banda, afinal eles se saem bem em ambas as situações.
Son of the Sun e Sons of the Staves Times, seguem a mesma ideologia da música anterior, ser mais cadenciada e fazer com que o público fique na mão de Snowy Shaw que é a pessoa mais carismática em cima do palco, andando de lá pra cá, e de cá pra lá, além de sempre falar com a platéia. Que aliás, não havia comentado até agora, mas vale comentar, Snowy é um excelente vocalista e ele dá a sua identidade em várias das músicas já cantadas neste show.
Chegando ao final do primeiro DVD (o mais longo que dura uma hora e oito minutos) temos ainda Birth of Venus Illegitima e Tuna 1613 que quebram um pouco a atmosfera mais cadenciada deixada pelas músicas anteriores, e volta a agitar mais a casa, que aliás já se demonstrava bastante satisfeita pelo setlist apresentado até então.
E então, o Therion pausa as execuções de suas músicas para um solo de bateria, um pouco fora do contexto. É o que eles chamam de "Battle Drum", onde Snowy Shaw e Mats Levén, "brincam" com uma caixa colocada no meio do palco e querem mostrar quem é o melhor nas baquetas. O engraçado é que, logo após essa apresentação, o baterista do Therion inicia o seu solo e dá aquela sensação de que: "eu ainda continuo sendo melhor!". Realmente essa pausa permite aos ouvintes a respirarem um pouco, porque ainda teriamos mais 1 hora de show.
Muspelheim, do álbum Secrets of the Runes fica responsável por fechar esta primeira parte do show, e que aliás é uma música bem curta, mas bastante rápida e que leva a casa abaixo, especialmente porque Snowy pede para que a própria platéia participa da parte inicial da música. E com certeza, o show não poderia acabar por aqui, ainda faltam clássicos a serem executados.
Respiramos um pouco, e colocamos o segundo DVD e logo de cara adentra a perfeita The Rise of Sodom and Gomorrah que é a música mais longa do show até agora, e executada perfeitamente. Se existe uma música que possa definir o que é o som da banda Therion, é exatamente essa. O público? Bom, o público não precisamos nem descrever, afinal compartilham do mesmo sentimento que este que vos escreve.
Logo em seguida, entramos com Ginnungagap e Lemuria, duas músicas que mostram o lado mais versátil da banda, e que faz uma mistura de elementos bastante interessante, e que precisavam estar nesse setlist.
Entre as duas músicas citadas acima, temos a música Grand Finale do álbum Theli, que dá a impressão de que este seria o "grande final" do show, mas foram surpreendidos com a execução da já citada Lemuria.
The Wand of Abaris é executada, trazendo novamente uma pegada mais dinâmica e melancólica, deixando o público com um pouco pra respirar e tentar descobrir quais as próximas músicas que serão executadas.
E então, Nightside of Eden e a música To Mega Therion são executadas, ambas novamente do álbum Theli, que aliás essa segunda parte parece fazer uma homenagem a este álbum que foi o divisor de águas na carreira da banda. Que aliás, são duas músicas que merecem respeito e em especial a última, que assim como The Rise of Sodom and Gomorrah, define o que é o Therion. E ambas ficaram duas grandes perfomance, em especial ao quarteto de convidados, que roubaram a cena durante todo o show.
E o show vai sendo encerrado, todos achando que ali acabaria aquela noite mágica para os muitos presentem, e é aí que a banda solta seu última petardo Thor (The Powerhead), cover da banda Manowar. A música já fora executada em um álbum de estúdio da banda, e ao vivo ficou melhor ainda, eu arriscaria até em dizer melhor do que a própria versão original.
Podemos presumir facilmente que Therion é uma excelente banda em estúdio, e que ao vivo supera qualquer expectativa. Além do mais, é facilmente perceber para aqueles que gostam do estilo uma ótima saída a bandas mais convencionais do estilo.
Live Gothic - Therion (2008):
DVD 1
1. Der Mitternachtlöwe
2. Schwarzalbenheim
3. The Blood of Kingu
4. The Falling Stone
5. An Arrow from the Sun
6. Deggial
7. Wine of Aluqah
8. The Perennial Sophia
9. Son of the Sun
10. Son of the Staves of Time
11. Birth of Venus Illegitima
12. Tuna 1613
13. Drum Solo
14. Muspelheim
DVD 2
15. The Rise of Sodom and Gomorrah
16. Ginnungagap
17. Grand Finale
18. Lemuria
19. The Wand of Abaris
20. Nightside of Eden
21. To Mega Therion
22. Thor (The Powerhead) (Manowar cover)
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