Budgie: para embarcarmos nessa nave do tempo!
Resenha - Budgie - Budgie
Por Leonardo M. Brauna
Postado em 07 de janeiro de 2013
Nota: 9
O mundo resolveu eleger as bandas DEEP PURPLE, LED ZEPPELIN e BLACK SABBATH como sendo os maiores representantes do 'Rock Pesado', isso é unânime pelo menos entre os veículos de mídia, mas para quem entende verdadeiramente do assunto sabe que "do lado de fora" ficaram bandas com talento igual, ou até superior aos da "santa trindade", um dos casos é o BUDGIE. Vejamos um pequeno resumo da primeira obra desses galeses, "Budgie" (1971) para embarcarmos nessa nave do tempo!
Na abertura do Álbum, a distorção começa a dar forma à faixa "Guts", ela tem uma pegada "gostosa" de se ouvir ao melhor estilo clássico do 'Hard Rock' setentista e um acompanhamento de baixo confortante.
Em seguida vem "Everything In My Heart" com seus 52 segundos, um momento movido a dedilhados e uma pequena chamada do título na letra. Intrigante.
"The Author" é que dá mais impulso ao som da banda, a guitarra mais "Speed" e pesada em alguns momentos faz um ótimo contraste com o estilo vocal mais "Bluesy". O solo é matador e o baixo às vezes sobrepõe a sua imponência.
Chega à vez de "Nude Disintegrating Parachutist Woman" mostrar serviço e essa grandona com mais de oito minutos também é gigante na perfeição, o seu riff é daqueles que faz você entender o que é uma banda clássica, o solo começa fazendo o mesmo acompanhamento do vocalista para então "entorpecer" os seus ouvidos com mais pura magia.
Na época, lançada apenas nos EUA, "Crash Course In Brain Surgery" talvez seja a primeira coisa que você ouviu do BUDGIE, só que através do METALLICA. É meu amigo 'Headbanger', os "meninos da Bay Area" em seu primeiro álbum de covers, "The $5.98 E.P Garage Days Re-Revisited" (1987), fizeram essa boa homenagem ao BUDGIE dando a essa música uma versão pesadíssima.
A sexta faixa, "The Rape Of The Locks" começa com passagens inquietantes de guitarra que antecedem uma execução perfeita desses três "heróis", o solo principal funciona como carro-chefe e é uma coisa pra ser ouvida e sentida como se estivesse viajando.
"All Night Petrol" é outra que revela a maior qualidade no baixo, o refrão é daqueles que se pode cantar em coro numa roda de amigos "todos bêbados". Um verdadeiro cartão de visitas.
O álbum ainda nos presenteia com uma bela "balada", "You and I" cantada em voz e violão, momento "light" super relaxante!
A "rasteira" "Homicidal Suicidal" encerra o CD com chave de ouro. Bases pesadas e bem executadas unidas a uma cozinha afiada fazem essa canção ter vibrações semelhantes as que ouvimos no clássico "Sabbath Bloody Sabbath" (1973) dos seus remanescentes.
Se tem alguém aí que ainda não ouviu os clássicos desses "monstros", recomendo não perder mais tempo, pois se você ficar atrelado a monopólios musicais impostos pela mídia, certamente deixará passar grandes alegrias e oportunidades que podem "mudar a sua vida", pense nisso!
Lançamento: MCA records;
Produção: Rodger Bain.
Line Up:
TONY BOURGE – guitarra, vocal;
RAY PHILLIPS – bateria, percussão;
BURKE SHELLEY – baixo, teclados, vocal.
Track List:
1."Guts" – 4:21
2."Everything In My Heart" – :52
3."The Author" – 6:28
4."Nude Disintegrating Parachutist Woman" – 8:41
5."Crash Course In Brain Surgery" – 2:37
6."The Rape Of The Locks" – 6:13
7."All Night Petrol" – 5:57
8."You and I" – 1:41
9."Homicidal Suicidal" – 6:41
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