Baroness: apontado como um dos melhores lançamentos de 2009
Resenha - Blue Record - Baroness
Por Guilherme Costa
Postado em 26 de setembro de 2012
Nota: 9
Uma das maiores promessas do metal contemporâneo, a banda americana Baroness chamou a atenção dos críticos em 2007, com seu primeiro disco, intitulado "Red Album". Dois anos mais tarde, a banda retoma a sonoridade explorada no primeiro trabalho com "Blue Record", apontado por muitos como um dos melhores lançamentos de 2009.
Logo de início, o segundo álbum do Baroness já chama atenção por sua capa, extremamente bem feita e rigorosamente detalhada. E imediatamente nas duas primeiras faixas, o disco já apresenta um material inusitado, porém bastante promissor e despreocupado em fazer uma música criteriosa, tendo em vista que a banda não segue as velhas fórmulas que apontam para uma imobilidade inventiva da música pesada.
É importante destacar que uma das características que fazem o quarteto de Georgia ser tão aclamado também se encontra em "Blue Record": a banda não segue rótulos pré estabelecidos e transita a todo tempo por gêneros musicais. Tentar classificar o trabalho em um único estilo é uma tarefa impossível, tendo em vista que o Baroness é um complexo de ideias que não segue convenções, misturando uma ampla compreensão musical de todos os integrantes com habilidade técnica e muita criatividade, gerando uma fusão com elementos de doom metal, metal progessivo, sludge/stoner metal e rock alternativo, tudo isso com uma pegada eletrônica forte. E o resultado de tudo isso são composições magníficas.
Apresentando um dueto de guitarras primoroso entre Pete Adams e John Dyer Baizley, vocais inspirados e uma bateria e baixo que conferem à banda a unidade rítmica sobre a qual as músicas se desenvolvem, o Baroness soa tanto melodicamente quanto harmonicamente impecável.
Há algo de interessante ocorrendo com o metal atual, e o Baroness representa muito bem (juntamente com bandas como Mastodon e Opeth) essa nova tendência de abordagem. Escolher destaques em "Blue Record" significa limitar sua capacidade como obra, num disco despretensioso cujas músicas exercem um sistema de coesão interna, que remete às psicodelias de renomados ícones do rock progressivo, porém sem se prender à convenções e desconhecendo limites inventivos. Em seu segundo trabalho, o Baroness não segue regras e faz seu trabalho com muita competência, tornando imperativo recomendá-lo aos amantes da música pesada.
Hoje em dia é cada vez mais aceita a teoria de que o metal morreu, porém mesmo que ele tivesse morrido, certamente se levantaria de seu túmulo só pra ouvir esse disco.
Faixas:
1.Bullhead's Psalm
2.The Sweetest Curse
3.Jake Leg
4.Steel That Sleeps the Eye
5.Swollen and Halo
6.Ogeechee Hymnal
7.A Horse Called Golgotha
8.O'er Hell and Hide
9.War, Wisdom and Rhyme
10.Blackpowder Orchard
11.The Gnashing
12.Bullhead's Lament
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