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ZZ Top: Prepare o fígado. Esse disco é para iniciados

Resenha - La Futura - ZZ Top

Por
Fonte: Collectors Room
Postado em 17 de setembro de 2012

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Vou começar esse texto com uma historinha. Chamei um amigo e comentei: "Tô com o novo do ZZ Top aqui, quer?". A resposta não tinha como ser diferente: "É claro, manda aí!". E o Fabiano ouviu o disco algumas vezes e me mandou um texto impecável com a sua opinião sobre La Futura, que você pode ler abaixo:

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"Escolha bem o whisky. Separe o gelo. O copo certo. A poltrona mais confortável. Separe o cotonete. Prepare o terreno.

Você vai ouvir solos de guitarra na medida certa. Daqueles em que as notas fora escolhidas a dedo. Do tipo que você não imagina outra coisa para acrescentar. Agora, multiplique isso para cozinha, riffs e vocais. É mais ou menos nessa língua que La Futura é escrito.

Que o futuro seja assim quando eu reencarnar. Cru, direto, com personalidade e com muito blues de matéria-prima. Às vezes misturado com groove, às vezes com hard, às vezes com ele mesmo. La Futura é mais do mesmo. E que bom que seja assim.

"I Gotsta Get Paid" já vale o disco, e é só a abertura. "Chartreuse" é riff que qualquer bandinha moderna mataria para ter criado. "Over You" é uma pérola, e o timbre do solo é ostra que molda. A dor da letra é o grão de areia que torna tudo belo, mesmo com uma voz de auto falante rasgado.

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"Heartache in Blue" tem aquelas gaitas de boca que dá vontade de fazer aula só pra tirar. "I Don’t Wanna Lose, Lose, You" é ZZ, é Top, e é pop. Ofereça ela pra qualquer garota que te fez sofrer e encha mais um copo.

"Flyin’ High" parece saída dos irmãos Young, mas a voltage e o carimbo são ZZ. "It’s Too Easy Mañana" é climão de pegada no chão, com vocal dobrado e embebido. A melhor do disco.

Cuidado pra não derrubar o resto de bebida da garrafa quando "Big Shiny Nine" começar. Se você estiver com a chave do carro no bolso, vai pegar a estrada. Batera impecável. Mais um solo perfeito.

A paulada que encerra o disco, "Have a Little Mercy", não poderia ter outro nome. Aumente o som o quanto puder e seque a garrafa sem misericórdia. O que os ouvidos sentem o fígado não vê. Solo pirofágico.

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Se o futuro for assim mesmo, você não precisa de máquina do tempo. Pode voltar pra lá a todo momento. Cada vez que ouvir La Futura.

Prepare o fígado. Esse disco é para iniciados."

Não há muito o que comentar depois disso. "La Futura", décimo-quinto disco do barbudo trio texano, é uma paulada bem dada na orelha. Os nove anos de que separam o álbum do anterior, "Mescalero" (2003), são compensados com sobra nas dez composições. O título é mais do que apropriado, pois traz um ZZ Top atual que soube entender o que fez de melhor em seu passado, reprocessou os inúmeros acertos e jogou fora os excessos - como as batidas eletrônicas e os teclados em demasia - e emergiu com uma sonoridade renovada, que olha para frente mas não abre mão de suas raízes.

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A produção de Rick Rubin e do próprio Billy Gibbons deixou tudo com um timbre sujo e áspero, onde é possível quase sentir o cheiro de bar, a cerveja gelada na mão e a densa fumaça de uma noitada inesquecível.

Não há o que destacar. As sensações já foram descritas no texto inicial. O ZZ Top atendeu à todas as expectativas com um disco excelente, cheio de feeling e com aquela malandragem que só a experiência é capaz de trazer. Cada fio das longas barbas de Billy Gibbons e Dusty Hill e do bigode de Frank Beard foram honrados com um álbum que mostra que o ZZ Top ainda tem uma longa estrada pela frente.

O rock não é feito de caras certinhos, cabelos cortados e roupas alinhadas. O rock é sujo, beberrão e suado. É sexo, tesão e suingue. É bebida em excesso, cigarros aos montes e mulheres pelos cantos. O rock é malvado, alto e barulhento. Ele não é querido, bem feitinho e todo redondo. Riffs de guitarra bons são aqueles pontiagudos. Os vocais devem ser roucos, com as cordas vocais repousando em banho maria em tonéis de whisky e nuvens de fumaça. O baixo é o coração, e ele deve pulsar não conforme manda a cabeça de cima, mas sim como indica a cabeça de baixo. E a bateria não é um instrumento cirúrgico e muito menos uma peça de circo. Ela é o ritmo puro e simples, sem viradas mirabolantes ou maneirismos desnecessários. E tudo isso é "La Futura", é o ZZ Top, é um dos melhores discos do ano.

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Sem mais, deixa eu aumentar o volume e calibrar meu copo.

Faixas:
I Gotsta Get Paid
Chartreuse
Consumption
Over You
Heartache in Blue
I Don’t Wanna Lose, Lose, You
Flyin’ High
It’s Too Easy Mañana
Big Shiny Nine
Have a Little Mercy

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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