Queen: O início do estrelato
Resenha - Sheer Heart Attack - Queen
Por Matheus Cavalheiro
Postado em 31 de julho de 2012
É sempre ótimo falar de mais um disco que fez história e é melhor quando nós paramos para pensar que milhões de discos de Rock fizeram história. Pois é meus caros, e hoje vou lhes falar de um disco que é considerado um pontapé inicial na carreira de uma das bandas mais influentes e incríveis de todos os tempos: o Queen e seu ousado 'Sheer Heart Attack'.
Quando o Queen lançou o seu segundo disco 'Queen II', apesar de termos canções bem originais como "The March Of The Black Queen", "White Queen (As It Began)" entre outras, a banda ainda não tinha o espaço merecido e isso mudaria com o lançamento deste disco. O fato é que 'Sheer Heart Attack' trazia um Queen ainda mais entrosado e com muita lenha para queimar, com vocalizações, pianos, violões e peso, ou seja, o Queen mostrava que vinha para ficar na história.
E para abrir esta preciosidade, nada mais justo que uma festa de riffs no ouvido do ouvinte com "Brighton Rock", composição do genial Brian May que nos presenteia com 5 minutos de solos, riffs e performances muitíssimo bem trabalhadas. Se existem faixas de abertura que fazem história em discos de Rock, "Brighton Rock" é uma dessas com certeza. E logo a seguir vem uma faixa que fez história na carreira do Queen, uma faixa que colocaria o Queen nas paradas e que seria praticamente o cartão de visita de Sheer Heart Attack. "Killer Queen" relata a vida de uma prostituta de luxo sob a voz inconfundível de Freddie Mercury que dá a classe e elegância que a banda nescessita. Impossível não reconhecer esta canção, seus pianinhos e seu andamento divertido e descontraído.
As 3 faixas a seguir, são um medley muito bem sacado. O Queen fazia muito isso em seus discos, eles tinham costume de emendar uma faixa na outra as vezes, dando um ar mais teatral ao disco. Bom, são as 3: "Tenement Funster", "Flick Of The Wrist" e "Lily Of The Valley". A primeira é exclusivamente do baterista Roger Taylor que nos mostra seus vocais em uma belíssima canção que ainda conta com um belo solo de Brian May para dar mais brilho, a segunda é onde a banda toda participa com lindas vocalizações dando uma verdadeira aula, mais ou menos como em "Somebody To Love" e a terceira, é toda de Freddie Mercury onde este nos dá a graça em uma curta balada com sua linda voz, nos moldes de "Nevermore" do disco anterior.
"Now I'm Here" é uma Hard Rock muitíssimo eficiente e esta canção foi muito tocada ao vivo pelo Queen e sempre teve uma excelente resposta da platéia. E seguindo temos a primeira parte de "In The Lap Of The Gods" onde a banda usa muito as clássicas vocalizações e deixa canção mais suave ao final com a banda toda cantando.
Acredite ou não, é neste álbum que temos a música mais pesada do Queen que foi até 'coverizada' pelo Metallica, claro que falo de "Stone Cold Crazy" que é dona de um dos solos mais absurdos de Brian May que em apenas 2 minutos, nos da uma aula de como um guitarrista deve se portar com sua guitarra. E o que falar de Freddie nesta canção? Alguém já tentou cantar esta música acompanhando? Pois é... Eu acredito que o Queen usou mais ou menos a mesma fórmula desta canção na incrível "Dead On Time" de Jazz.
"Dear Friends" é capaz de levar uma pessoa as lágrimas em apenas 1 minuto de duração. A canção apesar de muito curta, ouso dizer que é uma das mais belas da carreira do Queen sem qualquer sombra de dúvida. A música não usa muito, apenas piano e 4 vozes maravilhosas em uma letra que sela a amizade para sempre. "Misfire" merece um belo destaque pois é a primeira canção de John Deacon, que acrescenta ainda mais diversidade ao disco com violões muio bem colocados em um clima bem descontraído e alegre.
"Bring Back That Leroy Brown" dá a Freddie Mercury mais classe do que este já tem em uma música bem divertida e nos moldes dos 50's, onde este mais uma vez surpreende com uma performance incrível junto a banda que dá suporte com as vocalizações. Em "She Makes Me (Stormtropper In Stilettoes)" Brian May nos dá sua voz em uma canção hipnótica, enigmática e levemente soturna. Não dá para saber ao certo sobre o que fala esta canção, mas sente-se uma sutil agonia principalmente ao final com as sirenes ecoando nos falantes. E para encerrar, "In The Lap Of The Gods... Revisited" mostra a majestade do Queen e mostra que a banda ainda nos presentearia com muito mais canções e um legado eterno. Deus salve a Rainha!
Vale muito a pena conferir!
TRACKLIST:
01. "Brighton Rock" - (5:08)
02. "Killer Queen" - (3:01)
03. "Tenement Funster" - (2:48)
04. "Flick Of the Wrist" - (3:19)
05. "Lily Of The Valley" - (1:49)
06. "Now I'm Here" - (4:10)
07. "In The Lap Of The Gods" - (3:20)
08. "Stone Cold Crazy" - (2:12)
09. "Dear Friends" - (1:07)
10. "Misfire" - (1:50)
11. "Bring Back That Leroy Brown" - (2:13)
12. "She Makes Me (Stormtropper in Stilettoes)" - (4:08)
13. "In The Lap Of The Gods... Revisited" - (3:42)
Outras resenhas de Sheer Heart Attack - Queen
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Mamonas Assassinas: a história das fotos dos músicos mortos, feitas para tabloide
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar

O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Brian May do Queen
Queen oferece presente de Natal aos fãs com a faixa inédita "Polar Bear"
Brian May dá presente de Natal especial a Tony Iommi: réplica da Red Special para canhoto
O megavocalista que Axl Rose teve como seu maior professor; "eu não sei onde eu estaria"
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
A banda de rock que todo mundo que não gosta de música adora, de acordo com André Barcinski


