Saint Vitus: Sonoridade remetendo ao "Master of Reality"
Resenha - Lillie: F-65 - Saint Vitus
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 14 de maio de 2012
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Saint Vitus é um dos nomes mais importantes e influentes da história do doom metal. Criada em Los Angeles no final dos anos setenta, a banda lançou o seu primeiro disco em 1984 e serviu de guia e referência para toda uma geração. "Lillie: F-65", lançado no último dia 27 de abril pela Season of Mist, é o oitavo álbum da banda e o primeiro trabalho de inéditas desde "Die Healing", de 1995. Além disso, o disco marca o retorno do vocalista Scott "Wino" Weinrich ao grupo e é o primeiro a contar com a sua voz desde "V", de 1990.
Produzido por Tony Reed, "Lillie: F-65" tem uma sonoridade que remete diretamente ao clássico "Master of Reality", lançado pelo Black Sabbath em julho de 1971. O timbre da guitarra de Dave Chandler é gordo, grave, gordurento, remetendo aos primeiros anos do Sabbath. Esse fator, aliado aos andamentos sempre cadenciados, característica predominante do doom, tornam o trabalho extremamente pesado e sombrio. Soma-se isso ao fato das músicas serem todas construídas a partir da estrutura padrão do blues e temos um trabalho que remete às raízes do heavy metal e ao seu surgimento e consolidação como gênero musical. Um tipo de som que acabou sendo deixado para trás pela maioria dos grupos a partir do advento da New Wave of British Heavy Metal, quando as bandas afastaram o som pesado do blues e investiram em doses cada vez maiores de melodia e agressividade.
"Let Them Fall" abre o play com o pé direito, ótima impressão que "The Bleeding Ground" mantém. A inclusão de algumas vinhetas e trechos instrumentais introdutórios dá um clima ainda mais soturno ao material, principalmente por essas passagens levarem a música em direção ao psicodelismo. Chandler brilha acima dos outros músicos, entregando riffs que levam adiante o legado único de Tony Iommi. O outro destaque é Wino, cujo vocal nada sutil torna o som do quarteto ainda mais forte, áspero e perturbador.
Descontando-se alguns delizes, como o riff de "Blessed Night" ser praticamente o mesmo de "After Forever", do Sabbath, e a semelhança das linhas vocais de Wino em algumas faixas, o resultado final é um trabalho dono de uma beleza lúgubre, cujo único defeito é o fato de durar apenas 33 minutos. Para quem esperou 17 anos por um álbum de inéditas e 22 para um novo disco com o vocalista, convenhamos que isso pode ser um pouco decepcionante. Porém, apesar de curto, "Lillie: F-65" não desperdiça o tempo do ouvinte, fazendo valer cada segundo.
Ouça, vale a pena!
Faixas:
Let Them Fall
The Bleeding Ground
Vertigo
Blessed Night
The Waste of Time
Dependence
Withdrawal
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
Abandonado pela banda em posto de gasolina, músico pede dinheiro para voltar pra casa
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
Quem é Alírio Netto, o novo vocalista do Angra que substituiu Fabio Lione
Músicos se demitem e abandonam dono da banda em um posto de gasolina
10 álbuns incríveis dos anos 90 de bandas dos anos 80, segundo Metal Injection
Guns N' Roses anuncia lançamento dos singles "Nothin" e "Atlas" para 2 de dezembro
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


