Torche: Entre os melhores do Metal norte-americano
Resenha - Torche - Harmonicraft
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 07 de maio de 2012
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Torche foi formado em Miami em 2004 e é um dos nomes mais interessantes do heavy metal norte-americano. Executando um som que se equilibra entre o sludge e o stoner, a banda sabe balançar com competência inquestionável o peso e a harmonia. "Harmonicraft", terceiro disco dos caras, é uma usina de riffs impressionantes, mas com uma onipresente doçura em suas composições.
Steve Brooks (vocal e guitarra), Andrew Elstner (guitarra), Jonathan Nuñez (baixo) e Rick Smith (bateria) trazem uma boa dose de pop para o seu heavy metal, que também tem uns lances de punk na mistura. O resultado é um disco com composições curtas, diretas e com muita energia. Ouvir o trabalho tem o mesmo efeito que tomar uma dose de adrenalina na veia: o coração bate mais forte, as pupilas dilatam e você tem vontade de bater em tudo a sua volta!
Faixas como "Kicking" e "Walk It Off" extravasam a veia punk do quarteto, mas é quando mergulha no heavy metal que "Harmonicraft" emerge em toda a sua plenitude. A abertura com a arrebatadora "Letting Go" mostra uma inegável influência de Jane´s Addiction. A cadenciada "Reverse Inverted" faz o blues rock e o metal conviverem sem maiores problemas. A ótima "In Pieces" é de cair o queixo, com uma pegada meio space rock plainando acima dos riffs pesadíssimos. "Snakes Are Charmed" mostra como o U2 soaria se fosse uma banda de metal.
O Torche é divertido e ao mesmo tempo sombrio, extremamente pesado e melodicamente pop. Opostos teoricamente distantes se aproximam na música do grupo, construindo uma sonoridade originalíssima, forte e muito cativante. Muito distante de lances épicos, magos e duendes, o Torche transita por um mundo atual bastante próximo daquele que o ouvinte habita, transformando os medos, obsessões, conquistas e vitórias do dia a dia no combustível inesgotável e poderoso de sua música.
Beirando o espetacular em diversos momentos, a banda liderada por Steve Brooks - um dos mais atuantes músicos gays da atualidade - sobe vários degraus com seu novo trabalho, passando a fazer parte do seleto número de bandas que estão transformando e revolucionando o heavy metal bem agora, na sua frente, no seu tempo.
"Harmonicraft" é uma obra-prima, um disco especial, um trabalho diferenciado, inteligente e atual. Provavelmente, o seu lançamento no último dia 24 de abril marcou também o nascimento de um clássico.
Exagero? Ouça a você perceberá que não.
Faixas:
1. Letting Go
2. Kicking
3. Walk It Off
4. Reverse Inverted
5. In Pieces
6. Snakes Are Charmed
7. Sky Trials
8. Roaming
9. Skin Moth
10. Kiss Me Dudely
11. Solitary Traveler
12. Harmonicraft
13. Looking On
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Novo álbum do Violator é eleito um dos melhores discos de thrash metal de 2025 pelo Loudwire
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Metal Hammer inclui banda brasileira em lista de melhores álbuns obscuros de 2025
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
O melhor álbum de thrash metal lançado em 2025, segundo o Loudwire
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
Os 10 melhores álbuns de death metal lançados em 2025, segundo a Metal Hammer
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Dorsal Atlântica termina gravações do seu novo disco "Misere Nobilis" e posta vídeo reflexivo
O clássico "esquecido" do Iron Maiden que ganhou Framboesa de Ouro
Vocalista dos Sex Pistols explica porque o punk acabou ficando "parecido com o fascismo"
As músicas do Metallica que o finado Kurt Cobain mais gostava

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



