High On Fire: Composições secas mas cheias de vitalidade
Resenha - De Vermis Mysteriis - High On Fire
Por Marcos Garcia
Postado em 04 de maio de 2012
Nota: 8
Um estilo bem duro na queda é aquele que chamamos de Doom/Stoner, porque apesar de uma sumida da mídia vez por outra, nos porões do underground, o estilo permanece em constante efervescência, trazendo boas surpresas à luz vez por outra, e uma das célebres desconhecidas do grande público, apesar de sua experiência, é o trio HIGH ON FIRE de Oakland, Califórnia, que chega até nós com seu novo CD, ‘De Vermis Mysteriis’, que acaba de sair pela Century Media Records.
A música do trio não é lá muito complexa, já que a banda aposta em composições secas e diretas, mas cheias de vitalidade e agressivas, e que são bem estruturadas, com vocais fortes, riffs numa escola ‘iommiana’, solos competentes, e cozinha rítmica forte e precisa, que apesar de não primar pela técnica, faz um trabalho digno de nota.
A produção visual não é lá muito complexa, mas eficiente e etérea, ou seja, pode ter muitas interpretações, e a sonora, feita pelo guitarrista do CONVERGE, Kurt Ballou, nos God City Studios , em Salém, é bem intensa e crua, fugindo da total limpeza vista nos dias de hoje, bem gordurosa e com um clima de pubs na década de 70, especialmente remetendo aos primeiros discos do BLACK SABBATH.
Quando começamos a ouvir o disquinho em si, a sujeira ‘sabbathica’ se faz presente, sejam em composições mais fortes e vigorosas como ‘Serums of Liao’, que abre o disco e se inicia com uma intro de bateria bem firme, para logo virar um pandemônio de guitarras pesadas, vocais fortes e rascantes, e bem suja; a rápida e crua ‘Fertile King’, e ‘Spiritual Rights’; mas também existem momentos mais cadenciados e densos como ‘Madness of na Archtect’, onde a os riffs de guitarra mais aparentam saírem de um instrumento afinado pelo próprio ‘God’ Iommi; a bela e melodiosa instrumental ‘Samsara’, onde o baixo se destaca bastante, deixando claro que não está ali apenas como zagueiro rítmico; e na longa, azeda e tenebrosa como um funeral ‘King of Days’, onde a voz forte e rascante de Matt Pike se destaca bastante em meio ao andamento soturno da canção, bem como o solo é algo de muito bom. E para quem gosta de faixas bônus, as versões europeias do CD e LP virão com quatro faixas: as ao vivo ‘Eyes and Teeth’, ‘Comet Down Hessian’ e ‘Blood of Zion’, mais a inédita ‘Speak in Tongues’.
Um bom CD, vale a ouvida e o investimento, especialmente se você for um fanático pelo estilo.
De Vermis Mysteriis – High On Fire
(2012 – Century Media – Importado)
01. Serums of Liao
02. Bloody Knuckles
03. Fertile Green
04. Madness of an Architect
05. Samsara
06. Spiritual Rights
07. King of Days
08. De Vermis Mysteriis
09. Romulus and Remus
10. Warhorn
Formação:
Matt Pike – Guitarras e Vocais
Jeff Matz – Baixo
Des Kensel – Bateria
Contatos:
http://www.highonfire.net
http://www.facebook.com/highonfire
http://www.myspace.com/highonfireslays
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