Oz: Uma verdadeira paulada em forma de Heavy Metal
Resenha - Burning Leather - OZ
Por Igor Natusch
Postado em 17 de abril de 2012
Nota: 9 ![]()
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Não há dúvida de que a onda de retornos de bandas dos anos 80 nem sempre rende boa música. Não são poucas as bandas que, digamos assim de forma elegante, não tinham muito o que mostrar já nos 80s, que dirá agora, mais de duas décadas depois. Mas não cometa enganos: esse não é, definitivamente, o caso do Oz, que volta da obscuridade com "Burning Leather", um álbum que faz jus a sua história - uma verdadeira paulada em forma de Heavy Metal.
Para quem não sabe (e sejamos sinceros, ninguém é obrigado a saber), o Oz é uma banda surgida na Finlândia no final dos anos 70 e bastante significativa para a história metálica daquele país. Alcançou seu auge a partir de 1983, com a entrada do baixista Jay C. Blade (que antes, vejam só, era vocalista em uma outra boa banda chamada Sarcophagus), que assumiu para si as composições e gerou "Fire in the Brain", um verdadeiro petardo que qualquer fã de metal oitentista fará muito bem em ter na coleção. A partir daí, alguns bons e maus momentos até sumir na virada dos anos 90 - uma história comum a muitas bandas do período, como sabemos.
A banda que retorna ao cenário conta com três músicos de seus dias de relativa glória - além de Jay C. Blade no baixo, temos Mark Ruffneck na bateria e Ape DeMartini nos vocais. Segurando as guitarras, revezam-se os músicos Markku Petander, Costello Hautamäki e Michel Santunione. E esses finlandeses fizeram um ótimo trabalho em "Burning Leather" - um álbum que regrava alguns dos principais clássicos da banda e os coloca lado a lado com novas músicas, servindo tanto para velhos fãs quanto para quem nunca ouviu a banda.
O modelo Oz de Heavy Metal é caracterizado por músicas em geral velozes, às vezes bastante simples, mas sempre muito diretas e carregadas de energia em estado bruto. A qualidade do disco, em termos gerais, já estava garantida de nascença - afinal, regravar músicas como "Gambler", "Searchlights" e "Turn the Cross Upside Down" é entrar em campo com bom saldo de gols. Um fã de Metal oitentista que não enlouquecer ouvindo essas músicas, bem, deve questionar a si mesmo se é mesmo um fã de Metal oitentista no fim das contas. A boa surpresa, no caso, é que as novas composições são todas bem interessantes também - com destaques para a abertura "Dominator", o bom e simples refrão de "Let Sleeping Dogs Lie" e a intensidade da faixa-título. Quem ouvir o disco sem saber o que é novo e o que é antigo não deve notar grandes diferenças entre as faixas - o que, no caso, é um grande elogio.
De modo geral, "Burning Leather" é um álbum bastante forte, gravado por uma banda cheia de confiança e que traz qualidade genuína em cada uma das onze faixas. Tenham certeza que não ouvirão um mero exercício saudosista, fruto de uma banda meia-boca que volta para tentar alguns trocados. Aqui, o negócio é de muito bom nível, e vale cada centavo do seu suado dinheiro. Que venham outros CDs, porque essa volta à ativa definitivamente valeu a pena.
OZ - Burning Leather (AFM Records, 2011 - importado)
01. Dominator (3:06)
02. Searchlights (3:11)
03. Let Sleeping Dogs Lie (4:20)
04. Fire in the Brain (2:58)
05. Seasons in the Darkness (5:32)
06. Turn the Cross Upside Down (4:34)
07. Burning Leather (4:25)
08. Gambler (3:15)
09. Enter Stadium (4:17)
10. Total Metal (2:55)
11. Third Warning (4:26)
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