Unearthly: Os caras hoje são o Behemoth brasileiro
Resenha - Flagellum Dei - Unearthly
Por Durr Campos
Postado em 03 de janeiro de 2012
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Após um álbum tão bom quanto "Age of Chaos", editado em 2009, era de se esperar algo de bombástico vindo dos cariocas do Unearthly. Pois bem, já no apagar das luzes de 2011 eis que surge em meio à escuridão "Flagellum Dei", opus que já nasceu clássico. Tamanha euforia não aceita ser tachada de exagerada, portanto leia nas próximas linhas o porquê de tamanho furor por parte da mídia especializada pelo mundo e, lógico, aqui mesmo no Whiplash.Net. Para se ter uma ideia do impacto este meu texto contabiliza a quinta resenha sobre o disco em menos de 60 dias aqui no site.
Logicamente que a essa altura os caríssimos leitores já saibam que "Flagellum Dei" fora gravado na Polônia, no folclórico Hertz Studios, mesmo local que gerou obras incontestáveis de bandas como Vader, Hate e Behemoth, para ficarmos nas mais próximas da sonoridade atual do Unearthly. Cada centavo investido valeu a pena a meu ver, pois a qualidade sonora é, no mínimo, esplendorosa. Capitaneadas pelos irmãos Wojtek e Slawek Wieslawscy, as atuações individuais dos músicos agregaram um peso único ao conteúdo, mas deixando tudo extremamente audível.
Tentei, mas não dá para fugir de algo que já se tornou clichê: os caras hoje são o Behemoth brasileiro! Entretanto, de maneira alguma faço deste comentário algo a servir de bode expiatório a falácias pela Internet dizendo que falta originalidade ao quarteto, muito pelo contrário. Compará-los ao maior nome do metal negro polonês da atualidade é agregar ainda mais valor ao produto que tenho em mãos, ainda mais se somarmos o surpreendente cuidado com que a Shinigami Records teve ao confeccionar esta versão digipack de luxo. Mas falemos das canções.
"7.62", faixa de abertura, mostra o nível de inspiração pelo qual passava a banda à época, bem como as duas seguintes: "Baptized in Blood" e a maravilhosa "Flagellum". As letras, inteligentemente explicadas no encarte por Eregion (vocal e guitarra), abordam temas diversos sobre o comportamento humano, tudo devidamente sonorizado pelos riffs maléficos de Vinnie Tyr e o baixo onipresente do M. Mictian, praticamente o Steve Harris do andar de baixo, se é que me faço entender. "Osmotic Haeresis", certamente um dos pontos altos de "Flagellum Dei", conta com nada mais nada menos que o ex-Morbid Angel e atual Nader Sadek Steven Tucker nos vocais. Outro destaque está em "Limbus", onde podemos perceber a mestria com que o baterista Rafael Lobato imprime suas levadas e blast beats. Guardem o nome deste rapaz! Por fim, mas não menos importante, faço menção honrosa à espetacular "Black Sun (Part I)", uma perfeita combinação entre metal extremo e ritmo nordestino. Antes de torcer o nariz, fica a dica para conferir esta que pode ser uma das músicas mais bacanas dos últimos anos.
Em suma, senhoras e senhores, "Flagellum Dei" não só é o melhor álbum já lançado pelo Unearthly como serve de exemplo a quem só sabe reclamar alegando que a cena metálica brasileira anda mal das pernas e não possui público para apreciá-la. Querem saber como se faz metal de verdade para apreciadores de fino paladar? Escutem isso aqui no talo!
Unearthly – Flagellum Dei
Shinigami Records – 2011 – Nacional
Tracklist:
01. Seven Six Two
02. Baptized in Blood
03. Flagellum
04. Black Sun (Part I)
05. Osmotic Haeresis (Part II)
06. My Fault
07. Eye for an Eye
08. Lord of All Battles
09. Limbus
10. Insurgency
11. Exterminata
Line-up:
Eregion – Vocais e guitarra base
Vinnie Tyr – Guitarra solo
M. Mictian – Baixo
R. Lobato – Bateria
Links relacionados:
http://www.theunearthly.com
http://www.facebook.com/unearthly.official
Outras resenhas de Flagellum Dei - Unearthly
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
6 álbuns de rock/metal nacional lançados em 2025 que merecem ser conferidos
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
As músicas do Red Hot Chili Peppers que Flea sofre pra tocar ao vivo; "preciso mesmo aquecer"
Rodrigo Oliveira explica por que não passou nos testes para o Angra nem para o Sepultura
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
Guns N' Roses confirma novo local para show em Porto Alegre
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
O guitarrista que uniu David Gilmour e Jimmy Page na mesma admiração; "ficamos de queixo caído"
O grave erro de Kiko Zambianchi aos 15 anos que o inspirou a compor "Primeiros Erros"
O dia que Calcinha Preta deu strike no Angra após Bittencourt tocar sua própria música
"Nos separamos por causa do Live Evil", diz Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



