Reckless Love: Sucessor de estreia não mantém o pique
Resenha - Animal Attraction - Reckless Love
Por Marcelo Vieira
Fonte: riorockzone.blogspot.com
Postado em 05 de novembro de 2011
Nota: 5 ![]()
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Eu poderia dizer sem pestanejar que o debut do Reckless Love foi o melhor disco de 2010. O álbum tinha cara de coletânea, pois todos os sons cheiravam a hit. A repercussão mundial foi imensa – impulsionada, a princípio, por esta ser a então "nova banda" do ex-vocalista do Crashdïet – e o quarteto foi conquistando seu espaço. O álbum ganhou edição deluxe – com nova arte e algumas bonus tracks – e a banda começou a excursionar fora da Finlândia, ainda que tocando em locais pequenos. E não faltam produtores, ao menos no Rio e em São Paulo, loucos para trazê-los ao Brasil.
Escrevo isto enquanto ouço ‘Animal Attraction’, o novo álbum do Reckless Love, que acaba de vazar na Internet para satisfazer a curiosidade da molecada que ficou reticente diante do apelo pop do single ‘Hot’, lançado há alguns meses. O hard rock festeiro e chupado das bandas da década de 80 prossegue como fio condutor, mas os contornos pop estão ainda mais latentes. Em comparação ao primeirão, ‘Animal Attraction’ tem menos guitarras – e guitarras menos pesadas – e vocais excessivamente trabalhados. Fica clara a intenção do Reckless Love de sair do círculo roqueiro para atingir novas audiências.
A faixa título traz um riff bem característico – pra não dizer clichê – e a música em si é boa. O refrão é pulsante, mas por conta da produção e mixagem, perde o ‘punch’ que eu imagino, tivesse originalmente. Em seguida, ‘Speedin’’ é puro hard rock. Guitarras na linha de frente e um refrão que empolga pra valer. Merecedora de lugar entre os destaques, ‘Fantasy’ é daquelas baladas irresistíveis, dignas de amolecer corações de pedra. Soa bastante pop, principalmente no refrão, mas com certeza vai cair no gosto da galera.
A veia pop é retomada em ‘Dance’. O título pode até assustar, mas de dançante a música não tem muita coisa. Seu ritmo é cadenciado demais e não ferveria as pistas. A decepção é certa. Aí vem outro destaque. ‘Fight’ é uma faixa vigorosa, dissonante no refrão, cantada com fúria. Seu solo também é furioso, perfomance inspirada do glorioso Pepe. ‘Switchblade Babe’ sofre de falta de identidade, mas como isso nunca foi problema para os fãs de hard rock, já consigo prever gente apontando-a entre as favoritas.
‘Coconuts’ (que nome!!) encerra o trabalho com bom riff principal e vocais pouco trabalhados/modificados. É o som que mais se aproxima de ‘Reckless Love’, servindo como sopro de esperança para quem ficou desiludido com o material que a antecede no álbum. A edição limitada inclui ainda a bonus track ‘Young N Crazy’, que ironicamente traz o melhor refrão e revela-se mais potencial de single que qualquer outra música aqui.
Não posso dizer que não fiquei decepcionado com ‘Animal Attraction’. Esperava muito mais da banda responsável pelo melhor disco de 2010. Mas continuo entusiasta dos caras e com certeza irei vê-los caso desembarquem em terras tupiniquins, pois no palco eles já mostraram seu poder de fogo. E é capaz de até as piores músicas de ‘Animal Attraction’ soarem melhores/diferentes ao vivo.
Tracklist:
01 – Animal Attraction
02 – Speedin’
03 – Born To Break Your Heart
04 – Hot
05 – Fantasy
06 – Dirty Dreams
07 – Dance
08 – Fight
09 – Switchblade Babe
10 – On The Radio
11 – Coconuts
12 – Young N Crazy (UK Only Exclusive Bonus Track)
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