Dimmu Borgir: "Abrahadabra" é difícil de ser digerido
Resenha - Abrahadabra - Dimmu Borgir
Por Christiano K.O.D.A.
Fonte: Som Extremo
Postado em 02 de outubro de 2011
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A Dimmu Borgir há tempos deixou de fazer black metal... ou somente black metal. Aliás, eles mesmos já afirmaram que não estão limitados ao estilo. Os noruegueses o transcenderam e hoje, verdade seja dita, estão mais para um heavy meio atmosférico (!) em que o teclado parece ser o instrumento mais importante do trabalho. É o que se pode constar nesse disco, lançado no Brasil em 2010 pela Laser Company.
E toda essa modernidade trouxe mais um estilo de vocal, que já era dominado pelos rasgados e melódicos: agora, as vozes têm efeitos eletrônicos em determinados momentos, o que, convenhamos, ficou meio bizarro.
E quem acompanha o conjunto (já acompanhei, mas desisti no caminho) percebe o quanto o grupo foi modificando seu som durante os anos. Assim sendo, a ideia aqui é se desligar de qualquer outro trabalho da Dimmu e analisar "Abahadabra" como um álbum isolado (tudo bem, para mim, é mais fácil me desvencilhar, já que, como falei aí em cima, estava por fora dos últimos trabalhos da banda). Do contrário, posso afirmar que "Abrahadabra" é um disco difícil de ser digerido.
Dessa maneira, o que temos aqui é um trabalho preciso, rico, belo e profundo, movido pelos já citados teclados e pelas levadas cadenciadas na maior parte do play. As guitarras não têm aquele peso absurdo, mas apresentam bons riffs nas composições. Só os vocais, hora rasgados, hora melódicos, hora com efeitos, e por vezes misturado aos coros, parecem ter perdido um pouco a direção em "Abrahadabra".
Vale destacar também que quem tocou bateria no álbum foi o ex-Vader Daray, que realizou um trabalho bastante técnico, como manda o figurino. Não é para menos: o rapagão é uma máquina programada para matar. Mesmo assim, chamam a atenção as faixas "Born Treacherous", que ainda possui toques black; "Gateways" com seus bumbos duplos marteladores e uma melodia hipnótica; "Ritualist" com sua velocidade e refrão pegajoso; e a melhor e mais direta (mas nem tanto) – "A Jewel Traced Through Coal", no auge da agressividade do disco.
O encarte mantém a beleza e a alta qualidade de sempre, duas características da Dimmu Borgir que milagrosamente ficaram intactas, ainda bem. O papel luxuoso reforça esse elogio.
Além das 10 faixas que compõem o CD, a versão nacional traz o clipe de "Gateways", que pode ser visto aí abaixo.
E não tem jeito. A Dimmu Borgir é uma banda que, à sua maneira, se expande a cada álbum. Cada vez mais ecléticos e criativos, a banda causa sempre uma surpresa em seus lançamentos. Diante disso, as reações dos fãs ficam extremamente divididas, mas no final, quem realmente curte a banda, "aceita" as novidades do conjunto.
Dimmu Borgir – Abrahadabra
Laser Company – 2010 – Noruega
http://www.myspace.com/dimmuborgir
1. Xibir 02:50
2. Born Treacherous 05:02
3. Gateways 05:10
4. Chess with the Abyss 04:08
5. Dimmu Borgir 05:35
6. Ritualist 05:13
7. The Demiurge Molecule 05:29
8. A Jewel Traced Through Coal 05:16
9. Renewal 04:11
10. Endings and Continuations 05:58
11. Gateways (Video) 05:05
Outras resenhas de Abrahadabra - Dimmu Borgir
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
A banda que Alice Cooper recomenda a todos os jovens músicos
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
O guitarrista que fundou duas bandas lendárias do rock nacional dos anos 1980
O disco do Queensryche que foi muito marcante para Kiko Loureiro e para o Angra
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Esposa e filho homenageiam David Coverdale após anúncio de aposentadoria
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Regis Tadeu fica indignado após descobrir que Lobão nunca ouviu duas bandas clássicas
O clássico dos anos 1970 que foi escrito em 20 minutos e faz sucesso até hoje
James Hetfield revela significado das três "Unforgiven" e diz se haverá continuação
Dimmu Borgir: Banda se perdeu em "Abrahadabra"
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



