Comando Etílico: direto, sem essas porras de algo-Metal
Resenha - Comando Etílico - Comando Etílico
Por Bruno Bruce
Postado em 30 de junho de 2010
Se você tem menos de duas décadas de vida provavelmente não entenderá o Comando Etílico. Azar o seu! O grupo cheira a velharia headbanger, remete a um período em que ter banda de Heavy Metal e cantar na língua pátria era ser zombado até pelos inseridos no movimento. Era um tempo injusto, de grandiosas dificuldades.

Primeiro full length deste quarteto potiguar (há um EP anterior, "Metal & Prazer" de 2007) já chama atenção pela boa produção. Belo azulado encarte – talvez com fotos demais – e a sacada da capa contam pontos a favor. Se nas 10 faixas do CD a poesia parecerá rasa, encontrará contraponto num intenso sentimento metálico, sendo redundante citar influências dos antigos defensores nacionais do gênero. Mas é o que sempre digo: não há quem faça Heavy Metal neste país e pise em solo virgem! Tudo já foi feito, tudo foi tentado.
A faixa "Ataque!" é a primeira que entrega a atenção aos detalhes com marcantes efeitos sonoros de abertura, sendo a escolha mais fraca possível para abrir a seqüência. Resenha de CD é tudo a mesma merda. Troço chato de fazer, de ler. Por isso vou resumir: banda em plena harmonia, Metal tradicional que agradará aos saudosos, passará despercebida pelos jovens idiotas e será duramente criticada pela ala mais radical-afim-de-fazer-música-extrema-cheia-de-vertentes. Aqui, macho, é Metal direto, sem essas porras de ‘algo-Metal’. O alcance limitado da voz de Herval Padilha é sabiamente tratado com produção adequada e o bom-senso do rapaz em ‘frear’ notas mais altas. Os demais garotos são competentes mas lanço minhas fichas no guitarrista Lucas Praxedes. E aposto alto pois não costumo perder.
Acertaram em cheio no meu coração na música "Tormento", onde lembrei da sonoridade do também natalense desbravador Sodoma (há muito extinto). Um passo atrás foi dado com a faixa "Força Motriz", cópia fiel da introdução de "Piranha" (Exodus). Rogo que não tenha sido intencional. Senti falta da magia das faixas do EP como "Ritual" e "Estação Antiga". Manter o feeling primordial é tarefa capciosa, escorre pelas mãos!
O Comando Etílico é fácil de ser atacado com argumentos que vão de falta de originalidade a previsibilidade. Mas seria o vil raciocínio de quem não ama o Heavy Metal, de quem examina a música como quem disseca algo sem vida. Dos conterrâneos pioneiros que respeito como o Deadly Fate (muito soft para meu gosto) e Expose Your Hate (Grind não me emociona) agarro-me com o idílico que o Comando Etílico proporciona, quase como uma paleta, um apanhado das sonoridades dos anos 1980.
Leva minha nota mais alta: aprovo & recomendo!
Faixas:
01 – Ataque!
02 – Noite
03 – Comando Metal
04 – Noiva do Mal
05 – Tormento
06 – Medusa
07 – Selvagens da Noite
08 – Madame Pecado
09 – Força Motriz
10 – Cataclismo
Comando Etílico
Kleber Barbosa (bateria)
David Praxedes (baixo)
Lucas Praxedes (guitarra)
Hervall Padilha (vocais)
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