Vixen: falta algo fundamental por aqui, o coração
Resenha - Live & Learn - Vixen
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 21 de março de 2010
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O tempo é implacável. A mais bem sucedida das bandas femininas de Hard Rock oitentista lançou dois álbuns brilhantes – "Vixen" (88) e "Rev It Up" (89) – para entrar em colapso logo em seguida. Posteriormente reformulada, a Vixen até tentou acompanhar a sonoridade mais alternativa vigente na década seguinte, que resultou em um verdadeiro tiro pela culatra chamado "Tangerine" (98). O fiasco foi tal que a Vixen, sabiamente, simplesmente se entocou em algum buraco e lá ficou, bem quietinha.

Esse período de hibernação durou até 2001, quando a formação (quase) clássica encarou os palcos norte-americanos na "Voices Of Metal Tour". O esforço não durou muito... Ainda havia muitas rusgas entre as garotas, tanto que somente sobrou a fundadora e guitarrista Jan Kuehnemund, que recrutou Jenna Sanz-Agero (voz), Lynn Louise Lowrey (baixo) e Kathrin Kraft (bateria), o que possibilitou a continuar tocando e gravar novo material.
O resultado foi "Live And Learn", um quarto álbum de estúdio originalmente lançado em 2006 e que está chegando agora ao Brasil via Hellion Records. Mas, por mais que o quarteto tenha se esforçado em compor de forma interessante, falta algo fundamental por aqui. O coração. Simples assim. E, meu caro leitor, sem este pulsante elemento para dar aquelas batidas que torna qualquer canção realmente mágica, o que sobra?
Bom, por aqui sobrou somente uma simples fórmula. Ok, há boas canções como "I Try", "Don’t Want It Anymore" e "Give Me Away", mas que ficam longe de apresentar o carisma de outrora. Cadê toda a sensualidade das grandes composições que vinham tão fáceis no passado? Há vários bons arranjos em "Anyway" ou "I Try", entre outras, mas não há um desenvolvimento que torne essas faixas realmente explosivas. E a coisa segue desta forma.
Tudo é tão diferente... A voz de Jenna não possui grande vivacidade, o que, aliado às seções instrumentais por vezes perdidas entre arranjos datados e modernos, resultou em uma audição bastante burocrática. Certamente "Live And Learn" é muito superior ao já citado e mal-fadado "Tangerine", mas a dura realidade é que, sem a química do jovem quarteto inicial, a coisa fica realmente difícil... Pronto! Admito que, agora sim, bateu a saudade!
Contato: www.vixenrock.com
Formação:
Jenna Sanz-Agero - voz
Jan Kuehnemund - guitarra
Lynn Louise Lowrey - baixo
Kathrin Kraft - bateria
Vixen - Live & Learn
(2006 / Demolition Records - 2010 / Hellion Records)
01. Anyway
02. Live & Learn
03. I Try
04. Little Voice
05. Pacifist
06. Don’t Want It Anymore
07. Love Song
08. Angry
09. I’m Sorry
10. You Wish
11. Suffragette City (cover David Bowie)
12. Give Me Away
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


