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New York Dolls: esse retorno realmente valeu a pena?

Resenha - Cause I Sez So - New York Dolls

Por Fábio Cavalcanti
Postado em 22 de maio de 2009

Nota: 5 starstarstarstarstar

Não é exagero dizer que o New York Dolls foi uma das principais bandas do glam rock, do proto-punk, ou simplesmente do rock como um todo. Marcados na história por terem influenciado várias e várias bandas, que vão do rock 'n' roll ao punk propriamente dito, a trupe do vocalista David Johansen e do guitarrista Sylvain Sylvain lançou 2 ótimos álbuns no início dos anos 70, encerrando as atividades poucos anos depois. Em meados dos anos 2000, a famosa dupla, juntamente com uma nova formação, ensaiou um retorno que se concretizou com o lançamento do simpático álbum "One Day It Will Please Us to Remember Even This" (2006). E agora, três anos depois, chega às lojas (ou aos computadores, através de mp3s) "Cause I Sez So", novo trabalho da banda, que traz novamente a pergunta: esse retorno realmente valeu a pena?

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O ato de escutar o novo álbum dos "Dolls" pode ser um tanto perigoso, visto que suas primeiras faixas "'Cause I Sez So" e "Muddy Bones" são rockões maravilhosamente inspirados e vigorosos, os quais nos levam a pensar que o grupo superou facilmente o álbum anterior. Na sequência, as semi-baladas (ou baladas, dependendo do ponto de vista) "Better Than" e "Lonely So Long" evidenciam uma leve queda de ritmo, e também de qualidade. Quando se espera mais um belo rock, a fraca "My World" mostra que o grupo está se afastando cada vez mais das suas raízes rock 'n' roll - tendência mostrada de forma ainda sutil e pouco prejudicial em seu trabalho anterior.

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Apesar do título quase auto-provocativo, a bluesy "Ridiculous" é levemente agradável aos ouvidos, mas perde brilho em meio a um setor tão lento do álbum. E pra piorar de vez, a acústica e excessivamente brega "Temptation to Exist" se mostra como o ponto mais lamentável de "Cause I Sez So". Na sequência, a semi-balada (ok, já me acostumei) "Making Rain" também não impressiona, mas pelo menos traz agradáveis passagens elétricas que podem até causar arrepios, depois de tantas batidas mais lentas e arranjos eletro-acústicos pouco inspirados ao longo do álbum...

E como já era de se esperar, em um inevitável preconceito surgido ao longo do play, não tarda para que a decadência volte à tona na fraca e entediante "Drowning", a qual também dispensa mais comentários. Mas então, isso significa que o New York Dolls morreu de vez? Claro que não! Ao final do álbum, temos duas agradáveis surpresas: a suingada e bluesy "Nobody Got No Bizness" e a energética "Exorcism of Despair", dois petardos rockers que remetem ao espírito das 2 primeiras faixas do álbum, e da própria essência inicial de uma banda que chamou mais atenção pelos seus excelentes e grudentos rocks, e que certamente não será lembrada pelas incursões em terrenos que se mostrariam mais frutíferos para bandas de outra "turma". Mas, considerando o direito artístico, a intenção vale alguma coisa, não é?

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Por fim, menção "especial" à regravação do clássico "Trash", que dessa vez se transformou naquilo que o próprio título da música sugere. Na tentativa de mostrar que um bom rock pode soar bem em uma versão mais baladeira e quase reggae, os "Dolls" prejudicam ainda mais o resultado final de "Cause I Sez So", mostrando que certas bandas nasceram mesmo para tocar o mais simples rock 'n' roll, com guitarras, agitação, e mais guitarras! Nem mesmo as razoáveis letras e a impecável produção do colega de trabalho de longa data Todd Rundgren - unindo crueza e sofisticação na medida certa - salvam os veteranos David Johansen e Sylvain Sylvain de um possível "não" como resposta à pergunta feita no primeiro parágrafo...

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Sobre Fábio Cavalcanti

Baiano, sempre morou em Salvador. Trabalha na área de Informática e ¨brinca¨ na bateria em momentos vagos, sem maiores pretensões. Além disso, procura conhecer novas - e antigas - bandas dos mais variados subgêneros do rock. Por fim, luta para divulgar, sempre que possível, o pouco conhecido cenário rocker da tão sofrida ¨Terra do Axé¨.
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