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Unleashed: velocidade, peso e garra acima da média

Resenha - Midvinterblot - Unleashed

Por Maurício Dehò
Postado em 22 de maio de 2008

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Uma verdadeira paulada e com pinta de clássico. Só o teste do tempo define se um disco é clássico ou não, mas que o Unleashed botou para quebrar com "Midvinterblot", seu oitavo disco de estúdio, isso é inegável. Mais rápido, pesado e com uma garra acima da média, estes suecos mais uma vez trazem sua temática Viking e, em 45 minutos e impressionantes 15 músicas, põe Death Metal goela abaixo dos headbangers.

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O segredo aqui é não deixar tempo nem para respirar. A abertura é num petardo de dois minutos e meio. "Blood of Lies" não deixa dúvidas e já manda ver em riffs com palhetadas velozes de Fredrik Folkare e Tomas Måsgard, blastbeats com o batera Anders Schultz e o vocal agressivo do também baixista Johnny Hedlund. "This Is Your World Now" vai na mesma levada e "We Must Join With Him" apresenta características que se destacam em todo o disco, que são as variações de momentos velozes e outros mais lentos, além das linhas de voz muito criativas e cativantes criadas nos guturais de Hedlund.

A faixa-título fecha a quadra inicial matadora, perfeita para uns headbangings e trazendo todo o lado Viking à frente de seu som. Falando em Vikings e na mitologia nórdica, assim como o Manowar em "Gods of War", eles usam o alfabeto rúnico no encarte. Se bem que não foram tão "trues" e também utilizaram nossa escrita usual ( ainda bem, era só o que faltava, não!?).

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O disco como um todo é digno do Unleashed, que sempre manteve um bom padrão de qualidade, mas que desta vez conseguiu superá-lo. Desta vez, a velocidade aumentou e as composições são mais diretas e memoráveis do que em álbuns como o último, "Sworn Allegiance". Além dos riffs sempre sensacionais, são diferenciais os solos animais de Folkare e a qualidade da banda em misturar todo o peso do Death Metal com linhas que trazem melodias e dão identidade às faixas. É o caso de "The Avenger", também com vocais muito bons, e da brutal "Salvation for Mankind". "Age of the Warrior", por sua vez, tem como curiosidade usar nas letras os nomes de todos os álbuns da banda e a quebradeira de "New Dawn Rising" é uma aula de riffs.

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Um detalhe que poderia ter amplificado o sucesso do disco seria retirar algumas das músicas. Não que haja canções ruins, pelo contrário. Mas, se ao invés de 15 músicas houvesse dez petardos inegavelmente matadores, talvez o resultado fosse ainda melhor – basta seguir o exemplo do Slayer, que faz o que faz colocando apenas 30 minutos no disco. Mesmo assim, "Midvinterblot" é uma excelente estréia da banda pela major SPV, prestes a completar duas décadas dedicadas ao Death Metal e, mais importante, sempre com muito respeito na cena.

Quem ainda não conferiu, corra atrás, pois em junho já haverá disco novo do Unleashed na praça, com "Hammer Battalion". É isso: Death Metal, brutal, direto, veloz e com "sangue nos olhos". Se melhorar estraga.

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Track List:
1. Blood Of Lies
2. This Is Our World Now
3. We Must Join With Him
4. Midvinterblot
5. In Victory Or Defeat
6. Triumph Of Genocide
7. The Avenger
8. Salvation For Mankind
9. Psycho Killer
10. The Witch
11. I Have Sworn Allegiance
12. Age Of The Warrior
13. New Dawn Rising
14. Loyalty And Pride
15. Valhalla Awaits

Formação:
Johnny Hedlund – vocal e baixo
Fredrik Folkare – guitarra
Tomas Måsgard – guitarra base
Anders Schultz – bateria

Lançamento nacional – Hellion Records / SPV

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Sobre Maurício Dehò

Nascido em 1986, é mais um "maidenmaníaco". Iniciou-se no metal ao som da chuva e dos sinos de "Black Sabbath", aos 11 anos, em Jundiaí/SP. Hoje morando em São Paulo, formou-se em jornalismo pela PUC e é repórter de esportes, sem deixar de lado o amor pela música (e tentando fazer dela um segundo emprego!). Desde meados de 2007, também colabora para a Roadie Crew. Tratando-se do duo rock/metal, é eclético, ouvindo do hard rock ao metal mais extremo: Maiden, Sabbath, Kiss, Bon Jovi, Sepultura, Dimmu Borgir, Megadeth, Slayer e muitas, muitas outras. E é de um quarteto básico que espera viver: jornalismo, esporte, música e amor (da eterna namorada Carol).
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