Metalium: mestres em saciar o fã de metal comum
Resenha - Metalian Attack Part Two - Metalium
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 15 de janeiro de 2008
Nota: 7 ![]()
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Impressionante como o Metalium conseguiu, em pouquíssimo tempo, alçar-se a condição de "nome fundamental do power metal". Com 5 CDs no currículo, o grupo é uma usina de composição, lançando material com fôlego raro. Compor, gravar, lançar, tocar, promover, e assim por diante, o ritmo destes alemães soa literalmente industrial. Em 2002, ao analisar o terceiro lançamento da banda, Thiago Sarkis, redator-chefe do Whiplash!, disse o seguinte: "Se musicalmente o Metalium fosse tão talentoso quanto é para o marketing, estaríamos feitos e comemoraríamos uma obra-prima suprema a cada álbum."

Reflexão perspicaz que faço questão de lembrar. O cultuado(!?!?) Henning Basse no vocal, ao lado de Matthias Lange na guitarra, Lars Ratz no baixo e Michael Ehré na bateria fazem um power metal competente e agradável, ponto. Nada além disso. Clichê até o tutano, chega a ser um pouco constrangedor verificar as capas, as letras, as estórias e toda a atmosfera criada em torno da banda. Todo seu sucesso, no entanto, apenas nos permite constatar o quão fácil é saciar ao fã de metal comum e levar toda uma mídia medíocre e acomodada a cair de amores por você. E tudo isto Lars Ratz fez bem, muito bem.
Óbvio que não são ruins. Há que se separar todo o contexto do mercado e do marketing, da cabeça – ao pé da letra – dos headbangers, da música que produzem. E é justamente por conhecer perfeitamente estes últimos, que Lars Ratz achou uma forma eficaz de ganhar dinheiro. É a fórmula aplicada na prática, e dentro dos limites daquilo que ela permite, o Metalium faz bem o seu serviço, obrigado. "Fight", "Endless Believer", "Power Of Time", "Odin’s Spell" e a música que dá nome ao grupo, todas são exemplos perfeitamente acabados do power metal alemão. Basse é bom vocalista, Lange consegue tirar solos agressivos e melodiosos no ponto certo, os riffs são ideais para se jogar os punhos para o alto, Enhé acompanha lá atrás sem comprometer e o chefão Lars organizar tudo bem estruturadinho.
Além do show completo, temos uma série de entrevistas com todos os músicos e temos a oportunidade de entrar numa turnê da banda ao redor do mundo, com destaque para a participação no "Gods Of Metal", na Itália. Nome, aliás, mais true impossível. Em suma, para os afeitos ao clima, "Metalian Attack Part Two" foi feito na medida para satisfazer os fãs.
Curioso, somente, que o material poderia ter sido muito melhor tratado: a capa é ridícula, coisa feita às pressas por um primo qualquer que sabe brincar no paint, e o encarte é inexistente. Talvez eles não sejam tão profissionais quanto imaginam. Ainda há bastante coisa para se aprender com os mestres. O Manowar, pelo menos, é exemplar não só no "true metal", como nos DVD’s, no respeito – e nos mimos – para o seu público. Quem sabe, com o tempo, o Metalium não aplique a cartilha com maior cuidado...
Formação:
Henning Basse – vocal
Matthias Lange – guitarra
Lars Ratz – baixo
Michael Enhré - bateria
Site Oficial: www.metalium.de
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