Motorhead: mais rock n' roll que propriamente Metal
Resenha - Kiss Of Death - Motorhead
Por Ricardo Seelig
Postado em 05 de outubro de 2007
Nota: 8
Chuck Berry encontra Satã. Talvez essa seja a melhor definição para o som do Motorhead. O que mais chama a atenção em "Kiss Of Death", novo trabalho de Lemmy e companhia, é que o lado Chuck Berry está muito mais evidente, o que faz com que a audição do disco seja extremamente prazeirosa e agradável.
É claro que o peso e a sujeira marcam presença, mas as composições estão com um pique mais rock and roll que propriamente Heavy Metal. Pra você ter uma idéia, até um blues Lemmy arrisca pelo meio do caminho, na baladaça "God Was Never On Your Side".
Os comparsas Mickey Dee e Phil Campbell, ambos em ótima fase, são fundamentais para o resultado alcançado pelo Motorhead em "Kiss Of Death". A abertura com "Sucker" já traz Dee quebrando tudo, e suas levadas em todo o CD mostram como a técnica pode andar lado a lado com o peso e uma pegada impressionante. Já Campbell derrama riffs inpirados e cheios de energia em faixas como "One Night Stand", "Devil I Know" (puro Motorhead), "Trigger", "Be My Baby" e "Going Down".
Falar de Lemmy é chover no molhado. O lendário líder do Motorhead detona com seu vocal característico, e ainda arrisca alguns novos caminhos, como no baixo repleto de distorção de "Under The Gun", outra com um tempero blues.
No final, "Kiss Of Death" deixa um sabor de satisfação, pois traz uma banda nitidamente repleta de tesão em tocar junto, com composições cheias de energia e que agradarão em cheio aos fãs. Um belo CD, que honra a tradição de um dos maiores grupos da história da música.
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