Grave: urros, peso absurdo e grind
Resenha - As Rapture Comes - Grave
Por Glauco Silva
Postado em 29 de setembro de 2007
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em tempos de blastbeats incessantes, multi-vocais e guitarras com milhões de notas por minuto, os suecos do Grave voltam ao ataque de seu Death tradicionalíssimo em seu sétimo full-length, dando esperança aos que, como eu, adoram a velha escola urros-peso-absurdo-e-grind na medida certa.

A primeira coisa que salta à audição é a qualidade da produção, pra variar impecável, envolvendo a mixagem do mestre Peter Tägtgren em seu notório Abyss Studio – lar de bandas como o próprio Hypocrisy de Peter, Dimmu Borgir, Dark Funeral e o renascido Destruction. Pra melhorar, a belíssima capa é de autoria do polonês Jacek Wisniewski, conhecido por seus trabalhos ilustrando Vader, Krisiun e Decapitated, entre outros.
A faixa de abertura 'Burn' até chega a enganar, com andamentos super cadenciados e o vocal de Ola Lindgren imperando absoluto – um ótimo aperitivo para o massacre que se inicia em ‘Through Eternity’. Daqui pra frente o trabalho segue uma linha bem mais homogênea, sem tirar o pé do acelerador, alternando blastbeats com andamentos mais pesados e aquelas paradas estratégicas: ou seja, tudo o que um fã de death mais roots ama e dificilmente acha hoje.
Mas essa linearidade é abortada por uma das formas mais inusitadas que se possa imaginar: a penúltima faixa é um cover do, pasmem, Alice In Chains. Quando vi isso no release, já fiquei com os 2 pés para trás (quem sobreviveu à era grunge, um limitado mata-leão no metal dos anos 90, sabe o porquê disso)... e não é que a brincadeira ficou boa? O Grave conseguiu pegar a estrutura básica e remoldou a faixa ‘Them Bones’ totalmente para seu estilo cavernoso, com direito a bumbos psicóticos. No mínimo, interessante!
Nada inovador ou absolutamente memorável – e nem é essa a intenção destes escandinavos –, mas um sopro de ar fresco que vem ironicamente (e sem o perdão do trocadilho) de quase esquecidas sepulturas, o antagônico berço do estilo: adquira sem medo. No mais, vale também louvar mais um selo que traz material estrangeiro de excelente qualidade, a um preço acessível ao consumidor daqui!
Lançamento: FreeMind (BR), 2007 [original de 2006]
Duração total: 41 minutos, em 10 faixas.
Website da banda – http://www.grave.se
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
O artista "tolo e estúpido" que Noel Gallagher disse que "merecia uns tapas"
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
A banda que Alice Cooper recomenda a todos os jovens músicos
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Para entender: o que é rock progressivo?
A concepção original de Eddie, mascote do Iron Maiden
A banda mais intensa com a qual Eric Clapton trabalhou, e que muitos não conhecem
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



