Jordan Rudess: revitalizando hinos progressivos
Resenha - Road Home - Jordan Rudess
Por Carlos Marques
Postado em 15 de agosto de 2007
Entre muitos acertos e um grave erro, Jordan Rudess (Dream Theater) lança seu próprio tributo aos ícones do progressivo alimentando a polêmica sobre a cena prog atual.
Jordan Rudess - Mais Novidades
"The Road Home" é o nome do novo disco do tecladista que alcançou notoriedade mundial ao unir-se ao Liquid Tension Experiment em 1997 e ao Dream Theater dois anos depois. Dono de uma técnica apuradíssima, Rudess rearranja e regrava clássicos do rock progressivo reciclando os timbres e acrescentando novas partes às canções.
Jordan Rudess é uma figura bastante polêmica para os fãs de rock progressivo. Vindo da escola erudita e altamente influenciado por Keith Emerson, Patrick Moraz e Rick Wakeman na adolescência, chegou a tocar no Dixie Dregs, mas fixou-se do Dream Theater substituindo Derek Sherinian. Os que acompanham o progressivo notam uma clara divisão entre os fãs do gênero: alguns o exaltam como o grande músico que é e o comparam com Emerson e Wakeman, enquanto outros o criticam por tocar em uma banda de Metal e não propriamente de progressivo.
O novo disco poderia selar a paz entre os dois lados, mas parece apontar para mais polêmica. Certamente os fãs de Jordan aclamarão esse disco como um dos melhores da carreira solo do músico, mas os críticos o acusarão de distorcer as canções e enchê-las de notas rápidas de mais e desnecessárias.
De fato, Jordan Rudess transforma os clássicos (o que é sempre perigoso) e demonstra a sua principal característica: solos rápidos e difíceis de executar. Os novos arranjos revitalizam os antigos hinos progressivos e dão bom resultado em "Dance on the Volcano" do Genesis (contando com uma excelente performance de Neal Morse nos vocais) e "Tarkus" do trio Emerson, Lake and Palmer.
Mas é a regravação de "Sound Chaser" do Yes que servirá de alimento para as críticas dos opositores de Rudess. A decisão de substituir o som do contra-baixo por um timbre de sintetizador é o grande deslize do disco. Todo fã de Yes sabe que as linhas e o timbre do Rickenbacker de Chris Squire são parte imprescindível dessa canção e uma de suas maiores características. Ignorar esse fato certamente foi um erro que Jordan não deveria ter cometido e que fez com que a música soasse como um misto de Yes e Mario Bross.
Nem a inspirada e emocionante performance de "Soon" e "And you and I" no medley progressivo, que ainda conta com "Super's Ready" do Genesis e "I Talk to the Wind" do King Crimson, deve salvar o tecladista da fúria dos Yesfans.
Exceto por "Sound Chaser", Jordan faz um belo trabalho aqui. Ele tem tudo o que um verdadeiro tecladista de progressivo tem, incluindo a megalomania e o interesse por novos instrumentos. Vale ressaltar que Jordan cada vez evolui mais na utilização de seu Continuum. O "brinquedinho", que foi estreado no álbum "Octavarium" do Dream Theater, está para Jordan, assim como o Minimoog está para Rick Wakeman. E cada vez mais vai ocupando espaço nas composições do tecladista e compondo o som técnico, estimulante e rico que faz de Jordan Rudess um dos ícones do novo progressivo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
Cavaleras no último show do Sepultura? Andreas diz que chance é "50% sim, 50% não"
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
A banda norueguesa que alugou triplex na cabeça de Jessica Falchi: "Chorei muito"
Loudwire: melhores músicas Grunge compostas por 5 bandas de Hair Metal
Extreme é confirmado no Monsters of Rock 2026 no Allianz Parque
Bono cita dois artistas que o U2 jamais vai alcançar; "Estamos na parte de baixo da escada"
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
O que Chorão canta no final do refrão de "Proibida Pra Mim"? (Não é "Guerra")
O aspecto do novo disco do Soulfly que Max Cavalera considera o mais legal
Little Richard em 1982: "Fui gay toda minha vida, mas agora não sou mais"
Lars Ulrich: O motivo pelo qual o Big Four tocou "Am I Evil"
O membro do Metallica a quem produtor precisou ensinar o básico: "Achava ele inútil"
A música do Dream Theater que Jordan Rudess considera a mais difícil de tocar



