Resenha - Cradle - Asthar
Por Paulo Finatto Jr.
Postado em 14 de maio de 2006
Parece que está surgindo mais uma banda aqui no Brasil que irá estourar, daqui alguns anos. E como sempre que acontece, primeiro no exterior para que depois seja realmente conhecia aqui no Brasil. A banda de Betim (MG), Asthar, está junta desde 2001 e lançou na metade de 2005 essa que é a sua primeira demo, "The Cradle".

O que ouvimos nesse registro é heavy metal tradicional, na maioria do tempo. Mas é bastante notável a intenção da banda, em explorar o progressivo e um pouco de metal melódico no seu som. Como percebemos, não é nenhuma inovação e nenhuma contribuição para o enriquecimento do mundo metálico, mas o Asthar propõe-se a fazer um som de qualidade, com bastante personalidade, o que para muitos (e para mim) já é o bastante. Apesar de apresentar músicas de qualidade, eu senti que a banda ainda pode melhorar em alguns pontos para o seu próprio bem: em primeiro lugar, seria muito louvável a inclusão de mais riffs de guitarra, e que soassem pesados, literalmente.
O que também precisa melhorar é o vocalista. Com um instrumental mais arrastado, ele acertou em cheio em não explorar tons altos, o que ficaria bastante estranho para o Asthar. Mas acho que um vocalista precisa muito mais do que simplesmente cantar; é preciso esbanjar uma voz com desenvoltura, segurança e, principalmente, sentimento. Faltou bastante interpretação por parte de Mauro Costa Jr. (vocal), que é acompanhado aqui por Toninho Vieira (guitarra), Henrique Rodrigues (baixo), Douglas Andrade (teclado) e Matheus Vieira (bateria). Fora esses detalhes, a banda como um todo, instrumentalmente falando, está de parabéns.
Após a mais melódica e arrastada "Mandala", que não é tão pesada, vem "The Return", o ponto alto do CD. A música é longa, varia todas as principais influências do Asthar. Temos no início os riffs pesados (o que a banda deveria explorar mais), há momentos melódicos e cadenciados e diversos toques da música progressiva, que é muito perceptível quando entra o solo de teclado. E a fórmula da música anterior repete-se em "Cradle of Light", que fecha a demo. Mais cadenciada que a música anterior, essa aqui tem mais toques do metal progressivo e, novamente, sem tanto peso. E ouvindo-a atentamente fica fácil de entender porque o vocalista precisa melhorar a sua ‘performance’, pois é aqui a exigência para o seu lado é maior.
Com mais experiência e corrigindo seus pequenos erros, a Asthar já pode pensar em lançar o seu primeiro CD completo, nem que seja independente. E depois todos lembrarão, quando a banda ainda divulgava a sua primeira demo, e como que ela já aparecia bem no nosso cenário underground...
Line-up:
Mauro Costa Jr. (vocal);
Toninho Vieira (guitarra);
Henrique Rodrigues (baixo);
Douglas Andrade (teclado);
Matheus Vieira (bateria).
Track-list:
01. Mandala
02. The Return
03. Cradle of Light
Tempo total: 19:04
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
O álbum clássico do thrash metal que foi composto no violão
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
Garotos Podres são interrogados pela polícia por causa da música "Papai Noel Velho Batuta"
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Álbum ao vivo do Scorpions alcança o 2º lugar na parada alemã
Novo álbum do Linkin Park ganha disco de platina tripla no Brasil
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Höfner vai à falência e Paul McCartney lamenta em declaração
Mick Abrahams, guitarrista original do Jethro Tull, morre aos 82 anos
Sexo ok, drogas tô fora, rock'n'roll é tudo; 5 músicos de hair metal que fogem do estereótipo
Por que Frejat demitiu seu guitarrista de longa data: "Eu não saí, fui saído"
O comportamento do Måneskin que fazia sentido na época do Nirvana e hoje não mais
A canção que Slash odiava, mas passou a adorar depois que ela o ajudou a ficar rico
"Pelo menos não estamos tocando trap ou hip-hop!", diz baixista do Maneskin

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



