Resenha - Last Supper - Grave Digger
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 18 de março de 2005
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A excelência de "The Last Supper" começa pelo trabalho gráfico, extremamente belo, minucioso e expressivo, obra do artista Gyula Hanvancsak, que conseguiu fugir do padrão tipicamente heavy metal das capas anteriores do Grave Digger e lança-los a um patamar muito mais artístico e sensível.
Desdobrando-se em cima da crueza do álbum homônimo lançado em 2001 e nos elementos mais sinfônicos de "Rheingold" sem esquecer da alardeada volta às raízes, "The Last Supper" soa muito mais laborioso e orgânico em todos os aspectos: riffs, melodias, solos, refrãos, linhas vocais, técnica, complexidade, produção e diversidade.
Embora a opção de colocar como música de abertura uma faixa cadenciada seja inusitada, tal artifício não funciona e aí o elemento surpresa é sobrepujado por seu efeito falho, sendo que as coisas só esquentam mesmo com "Desert Rose"... e que pedrada! Riffs dignos do prog metal e bem agressivos. Anote aí também o primeiro refrão inesquecível do álbum.
Dando seqüência, a escola germânica de metal vê-se grandiosamente representada por um de seus maiores expoentes e "Grave In The No Man’s Land" é mais um hino catapultado à história pelo Grave Digger! Chris Boltendahl está absurdamente seguro e equilibrado, levando sua voz comprovadamente única – que o coloca no hall dos melhores e inimitáveis vocalistas da atualidade – a uma atuação irretocável e sólida. E dá-lhe up-tempo oitentista com "Hell To Pay" e "Soul Savior".
A opção por reduzir as partes sinfônicas e elementos power metal de outrora traz uma nova atmosfera para a banda e levando-se em conta que é no termo "tradicional" que eles se sentem mais confortáveis, "The Last Supper" torna-se um marco. E o responsável por isso é a composição de músicas sofisticadas e técnicas mas ao mesmo tempo cruas, empolgantes e carismáticas com arranjos que conseguem suscitar a paixão metálica sem soar datado. Some a isso um Manni Schmidt inspiradíssimo (vide "Black Windows" ou "Hundred Days") e músicas cadenciadas – mezzo épicas mezzo sombrias – tão boas quanto às rápidas, como é o caso de "Crucified" e "Divided Cross". Sem esquecer da balada "Always and Eternally", fechando de forma sublime uma experiência maravilhosa. Várias composições podem ser classificadas como hinos e certamente ganharão força extra ao vivo. "The Last Supper" é um álbum que só poderia ter sido criado por uma banda experiente, que já experimentou as mais diversas musicalidades, sabe bem o que quer e se encontra numa ótima fase. Certeza de figurar entre as listas de melhores do ano. Compre!
Formação:
Chris Boltendahl (Vocal)
Manni Schmidt (Guitarra)
Jens Becker (Baixo)
Stefan Arnold (Bateria)
H.P. Katzenburg (Teclado)
Site Oficial: www.gravedigger.de
Material Cedido Por:
Nuclear Blast Records
Fone: (11) 3291 41 19
Fax: (11) 3291 41 18
Site: www.nuclearblast.de
Outras resenhas de Last Supper - Grave Digger
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
Dave Mustaine cutuca bandas que retomaram atividade após turnês de despedida
Os trabalhos do Guns N' Roses que Slash evita rever; "nem sei o que tem ali"
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
Motörhead "salvou" baterista do Faith No More de ter que ouvir Ted Nugent
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
O que Max Cavalera não gostava sobre os mineiros, segundo ex-roadie do Sepultura
O padrão que une todos os solos da história do Iron Maiden, segundo Adrian Smith
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O melhor álbum de thrash metal lançado em 2025, segundo o Loudwire
Clemente segue no CTI, informa novo boletim médico
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
King Diamond: o "Rei Satânico"
A maior banda de Heavy Metal de todos os tempos para David Ellefson
Two and a Half Men: Participações de astros do rock


A importância de "Thriller" do Michael Jackson para cantor do Grave Digger
Coldplay: Eles já não são uma banda de rock há muito tempo



