Resenha - Last Supper - Grave Digger
Por Clóvis Eduardo
Postado em 18 de janeiro de 2005
Um dos lançamentos mais aguardados já no início do ano de 2005 sem dúvida é este novo álbum da banda alemã Grave Digger. The Last Supper (A Última Ceia) causa já um furor pela bonita e chamativa capa. Cristo em um momento de silêncio e pensamento sentado à mesa subentende momentos de reflexão em finitos dias de vida na terra. Além disso, o Filho de Deus não enxerga o tradicional personagem vivido no palco pelo tecladista. Este desenho pode chamar a atenção pelo significado religioso, mas a banda já antecipa que não há ligação com a imagem satânica. O ideal é que você abra logo a caixa e solte o cd pra tocar. Não perca tempo a filosofar sobre a capa. Pegue o encarte e cante as letras que estão muito empolgantes.
The Last Super tem músicas muito boas e legais. Aquela característica de metal agressivo e pra cima são mantidas. Algumas faixas transparecem mais emoção como a música título. E o dono das guitarras, Manni Schmidt, comanda poderosos riffs e solos. O timbre está mais forte que no penúltimo álbum Rheingold. O desempenho do guitarrista cresce cada vez mais. A musicalidade é muito agradável como em Grave In The No Man´s Land ou Soul Savior. A voz inconfundível de Chris Boltendahl está impecável e foram acrescidos mais backing vocals, o que deixa as músicas mais cheias.
No baixo, Jens Becker dá aulas de condução. Um momento solo dele é em Hell To Pay, onde se sente o timbre forte do intrumento. Aliás, outra boa música, que se não fosse pelo refrão pouco convincente, poderia se tornar uma das melhores do disco.
Todo o trabalho ficou muito interessante pelo fato de estar variado. Há faixas lentas e breves, assim como as mais rápidas e marcantes. Um exemplo destas é Hundred Days, possuidora de um refrão mais destoante, porém, bem encaixado. A técnica nos bumbos sempre foi uma característica forte do baterista Stefan Arnold, um dos sujeitos mais criativos do metal mundial, além de ser incrivelmente parecido a Dave Murray do Maiden. Na formação, ainda há lados para o tecladista-morte Hans Peter Katzenburg, com um trabalho de teclados soberbo, principalmente nos refrãos.
A melhor e mais extensa canção é Crucified. Início de balada e que aos poucos toma uma proporção muito mais forte. Os riffs desta música estão matadores. Mas quem tem destaque merecido é Chris que invoca muita emoção no vocal. A letra que seria como um diálogo entre Cristo e Deus, é forte e marcante. Características de todo o álbum, o qual a banda considera mais "passional, metal e poderoso".
Enfim, o que temos a esperar é um dos álbuns mais marcantes da carreira do Grave Digger depois de Tunes of War e Excalibur. Brilhantes composições nos dão noção do que vem por aí na próxima turnê dos alemães. A presença no show, assim como o cd, são indispensáveis.
Nuclear Blast - importado
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