RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Stryper confirma turnê nacional com Narnia e Bride

O Nirvana pode ser considerado uma banda de metal? Dez músicas colocam isso em dúvida

O curioso motivo que fez o Jethro Tull se negar a tocar em Woodstock; foi uma decisão acertada?

O maior baterista de rock de nosso tempo, de acordo com Bill Ward

A canção de Hendrix que Satriani demorou para tocar; "Tive que ampliar minhas habilidades"

A turnê em que Malcolm Young viu o AC/DC como concorrente de bandas como o Genesis

O álbum subestimado dos anos 1980 que é um dos preferidos de Corey Taylor

O dia que bispo ficou indignado porque ouviu música dos Titãs em estação de rádio

Como seria se Lars Ulrich do Metallica fosse integrante do Sepultura, segundo Andreas Kisser

Arch Enemy lança "Blood Dynasty", seu novo álbum de estúdio

Dave Mustaine conta qual música do Metallica que ele ajudou a escrever é a sua preferida

Linkin Park confirma três shows no Brasil e lança nova música

A música épica do Iron Maiden que influenciou clássicos do Metallica

Lars Ulrich considera "Toxicity", do System of a Down, um dos maiores discos de todos os tempos

Por que Alice Cooper não aprova mensagem de "Imagine", de John Lennon?


Linkin Park
Stamp

Resenha - Angel Of Retribution - Judas Priest

Por Sílvio Costa
Postado em 11 de março de 2005

Vamos tentar esquecer, por alguns instantes, a inegável importância do Judas Priest para que o heavy metal adquirisse os contornos que hoje apresenta. Vamos tentar deixar de lado o fato de que este quinteto britânico é um dos maiores responsáveis pelo fato de sites como o Whiplash possuir tantos leitores e que, graças ao Judas Priest, o heavy metal atingiu a maturidade nos anos 80, transformando-se num estilo multifacetado, mas com uma identidade própria e com todas as características que conhecemos tão de perto. Vamos tentar nos concentrar apenas em pouco mais de cinqüenta minutos de música, distribuídos em dez faixas e compreende-los, antes de tudo, como uma honesta tentativa de ressurgimento de uma banda cuja folha de serviços prestados à música pesada dispensa quaisquer comentários adicionais.

Judas Priest - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Parece impossível fazer uma resenha isenta deste álbum. Em primeiro lugar, porque o Judas Priest é considerada uma das bandas cuja imagem e espírito melhor definem o heavy metal. Quando eu penso em roupas de couro, motocicletas e guitarras, imediatamente me vem à cabeça a imagem do K.K Downing curvando-se para trás e arrancando ruídos infernais de uma guitarra Flying V. Ou, quem sabe ainda, o Rob Halford entrando no palco em cima de uma motocicleta e cantando Hell Bent for Leather com todos na platéia boquiabertos, apesar da previsibilidade daquilo tudo. Enfim, o Judas Priest não apenas oferece uma perfeita tradução visual do que é o heavy metal, como também o personifica de modo insuperável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mas o Judas estava devendo um disco condizente com esta imagem tão bem construída ao longo dessas três décadas de carreira. Até mesmo o mais inveterado fã há de concordar que a discografia do grupo é, no mínimo, irregular, apresentando trabalhos absolutamente indispensáveis e outros em que prevalecem outros elementos (como o apelo comercial, por exemplo) em detrimento do heavy metal puro, simples e competente que o consagrou.

Desculpem este fã, que esqueceu algumas das preciosas regras de concisão do texto jornalístico, mas essa resenha vai ser longa.

Angel of Retribution não é apenas um grande disco. É um marco na carreira do quinteto britânico. Parece que a banda resolveu pinçar de cada um dos seus grandes discos um elemento de destaque e costura-los de modo a oferecer um disco inovador, mas que jamais abandona a velha pegada da banda. A faixa de abertura é "Judas Rising", uma música extremamente rápida, com direito àqueles maravilhosos agudos de Halford e àqueles riffs maravilhosos que só poderiam ter saídos dos dedos de KK Downing e Glenn Tipton. Engraçado é que eu não conseguia tirar da cabeça, enquanto ouvia essa música pela primeira vez, o pensamento incômodo de que ela provavelmente soaria ainda mais agressiva com Tim Owens.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mas qualquer dúvida quanto à voz certa para o Judas desaparece quando começa "Deal with the Devil". É uma música que poderia muito bem estar no Ram it Down, mas que consegue ter uma cara própria. Novamente, muita velocidade e um refrão martelante. Rob está mais contido aqui, mas dá show de interpretação. "Revolution" é a faixa de trabalho, por isso mesmo tem um apelo mais comercial. Plágio? Custo a crer nisto, mas que ela é diferente de tudo o que o Judas costumava fazer isto é inegável. Quem não tem preconceitos contra o Turbo (1986) não vai ter problemas aqui. Ela tem aquela pegada mais cadenciada, mas que não prescinde de guitarras fantásticas. "Worth Fighting For" nos remete imediatamente àquelas músicas que o Judas andou fazendo para comerciais de cigarros. Eu senti muita falta de músicas assim, mais cadenciadas, mas com um ‘punch’ energético comum nesse tipo de música.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Demonizer" infelizmente não está sendo executada nos shows da tour (pelo menos isso não aconteceu nos shows que tive notícia até o momento em que redigia este texto) o que é uma pena. Energética e com uma levada de bateria arrepiante, é uma das melhores do álbum. "Wheels of Fire" é daquelas músicas para se ouvir batendo cabeça ao som da caixa da bateria de Scott Travis. O riff de guitarra é uma navalha e os vocais de Halford, que, de modo geral, optou por tons mais baixos não apenas aqui, mas em diversos momentos do disco, soam melhores que nunca. "Angel" é uma típica heavy ballad, com uma interpretação magistral de Halford.

"Hellrider" é um dos pontos fortes não apenas do disco como também dos shows da nova tour. As sucessivas camadas de guitarras sujas da abertura são logo substituídas por um riff inacreditável e pela levada precisa de Ian Hill e Scott Travis. Para gritar junto com Halford no início ao fim. "Eulogy" é outra balada, desta vez mais trabalhada, do ponto de vista instrumental, o que acabou resultando na música mais atípica do disco. Por fim, a longa "Lochness" que alterna climas épicos e guitarras hipnóticas. Halford é insuperável na sua interpretação. Parece que a música é mais longa do que deveria, mas as longas transições instrumentais são belíssimas e indispensáveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O Judas não mudou muito. Está mais moderno, mais pesado parece ter encontrado o caminho certo. Eu sempre tenho a sensação que o heavy metal é exatamente isso que o Judas vem fazendo desde os primórdios da década de 70 e que qualquer coisa além disso soa deslocado e acaba desandando. Não houve necessidade de vocais femininos, teclados ou abstrações. Apenas uma dupla de guitarristas inspirados, um baixista preciso, um baterista veloz e um vocalista não apenas talentoso, mas capaz de diversificar sua voz sem soar auto-indulgente ou chato. Desculpem-me, mas não acho que precise mais que isso. O heavy metal só precisa de duas palavras para ser corretamente compreendido: Judas Priest.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeEfrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Richard Malheiros | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Sílvio Costa

Formado em Direito e tentando novos caminhos agora no curso de História, Sílvio Costa é fanzineiro desde 1994. Começou a colaborar com o Whiplash postando reviews como usuário, mas com o tempo foi tomando gosto por escrever e espera um dia aprender como se faz isso. Já colaborou com algumas revistas e sites especializados em rock e heavy metal, mas tem o Whiplash no coração (sem demagogia, mas quem sabe assim o JPA me manda mais promos...). Amante de heavy metal há 15 anos, gosta de ser qualificado como eclético, mesmo que isto signifique ter que ouvir um pouco de Poison para diminuir o zumbido no ouvido depois de altas doses de metal extremo.
Mais matérias de Sílvio Costa.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS