Resenha - Wild Seed of Mother Earth - Voodoo Hill
Por Sílvio Costa
Postado em 04 de outubro de 2004
Nota: 8
Vocalistas competentes existem até muitos por aí. Agora um sujeito que é capaz de fazer a diferença qualquer que seja o estilo aí já é bem mais difícil. Glenn Hughes é, seguramente, uma das maiores vozes do rock e é capaz de transformar qualquer trabalho numa peça indispensável. Este segundo disco do Voodoo Hill é a maior prova disto.
Quem conheceu o The Cage, com os talentos de Tony Martin e Don Airey, vai se surpreender com o trabalho do Voodoo Hill. Além de toda a competência, talento e versatilidade de Hughes, Dario Mollo parece bem mais à vontade aqui. São solos inspirados (ouça o que ele faz em "My Eyes Don’t See it" e comprove), harmonizações belíssimas e muito bom gosto na escolha dos timbres. A ‘sabbathica’ "Can’t Stop Falling" é uma das mais interessantes do disco. O trabalho oscila entre o hard rock pesado e um heavy metal diversificado. Parece que Dario Mollo está mais interessado em mostrar que é um músico versátil, capaz de transitar com facilidade por diversos estilos de rock pesado, sem abrir mão da qualidade técnica e do bom gosto na hora de elaborar arranjos.
Apesar da batida meio chatinha, a faixa-título merece destaque principalmente por trazer Glenn Hughes também no baixo. O mesmo acontece em "16 Guns", com um andamento mais interessante e bastante peso nas guitarras e no baixo de Hughes. Algumas faixas remetem a um ambiente setentista bem ao gosto do cantor, que nos brinda com uma seqüência de grandes interpretações. Ele está muito mais agressivo do que costuma ser e suas interpretações estão mais "vivas". É o vocalista certo para a pegada hard rock desenvolvida por Mollo neste CD.
A produção é caprichada e todos os detalhes são muito bem cuidados. O apuro técnico dos músicos é valorizado por um som cristalino. Dario Mollo, é lógico, aparece em destaque, mas o baterista Roberto Gualdi e o baixista Fulvio Gaslini merecem destaque por formarem uma das mais competentes cozinhas do hard rock/AOR da atualidade. Embora não haja muito espaço para quebradeiras e variações rítmicas muito acentuadas, a pegada dos dois impressiona pela precisão e pela criatividade, especialmente do batera.
Esse é um daqueles discos que ficam vários dias sem sair do aparelho de som. Embora seja um som bastante simples, se compararmos com o que tem sido feito atualmente, é uma música muito honesta e que conquista exatamente por isso. Não teria como ser melhor a união de uma das maiores vozes do rock com um guitarrista criativo, competente e talentoso.
Site oficial: www.dariomollo.com/voodoo
Material cedido por:
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