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Resenha - Joe's Rhapsody - Destra

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 14 de julho de 2004

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Eu passei um bom tempo ouvindo este álbum e sem saber o que dizer, e esse é o primeiro estado em que ele me deixou: atônito.

Fiquei atônito desde o momento em que o peguei em minhas mãos e contemplei sua incrível arte gráfica - simples, limpa e extremamente bela. O que se repete em seu interior e em toda sua concepção, o que é admirável.

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E logo me veio uma preocupação `a mente: como estaria a produção? (fantasma esse que assombra 10 entre 10 bandas cristãs brasileiras).

Mas para minha indescritível felicidade o que vi foi uma produção cristalina, bem balanceada e com um acabamento perfeito, deixando o palco soberbamente ornamentado para que a banda pudesse despejar seu talento sem preocupação.

Com estes dois elementos impecáveis, restava saber se a qualidade musical de Joe’s Rhapsody fazia jus á seu produto.
Sim, e como faz! O álbum é completo, dinâmico, consistente, agradável e ainda traz excelentes composições.

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Rodrigo Grecco parecer ser a solução ideal e definitiva para o problema crônico de vocalistas que o Destra sempre passou. O cara possui um timbre vocálico bem agradável e faz um ótimo uso dele, sem apostar em exageros em nenhum dos dois lados ele se sai bem em qualquer tipo de música, e sua interpretação convence por completo.

Já Ricardo Parronchi (que compôs sozinho 95% do álbum) parece estar em seu ápice criativo. Basta ouvir os primeiros segundos de "Cruel Jungle Part One" para sacar, o clássico prog metal feito com sabedoria incomum e criatividade acima da média. O uso de percussões, cello e violino nesta e em várias outras músicas contribuem de forma significativa para aumentar o impacto dos arranjos complexos e climáticos que temos a oportunidade de conferir.

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Aliás, não se pode classificar o Destra apenas de "prog", a quantidade de recursos e elementos que a banda utiliza vai além até das fronteiras do metal, talvez por aí se explique o peso comedido e uso limitado de solos (por opção, diga-se). E ao contrário do que se pudesse esperar, este fato não incomoda nenhum pouco.

A técnica do conjunto é traduzida em músicas intensas, de instrumental trabalhadíssimo, vocalizações profundas e variadas (o que faz de "Darkness Land" um clássico) e aproveitando a qualidade de cada músico presente (outro ponto a favor de Ricardo Parronchi, que soube compor muito bem para cada instrumento, o que é raro).

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Eles vão do heavy ao blues (My Little War, My Big Disgrace quase te leva ao Delta do Mississippi), passando pelo hard e por músicas tradicionais brasileiras, como na gostosíssima Goodbye Blue Sky.

Sem exageros, posso dizer que "Cruel Jungle Part Two" é a música do ano (para mim) até agora. Ao passo que "Julie" é uma pseudo-balada (o que no caso é um elogio) deliciosa e "Family Album" destroça muita banda estrangeira.

Como se não bastasse, a obra ainda é conceitual (Joe, um garoto bem educado, mas com o lar destruído, vai para o mundo do crime, vira o chefão do tráfico de drogas, vive o ápice e a decadência disto e ...) claro que isso contando a grosso modo, uma epopéia bem brasileira e realista – que vemos acontecer a todo momento por aí – e se torna um tema muito bem escolhido pelo Destra, trabalhando com várias situações dentro disso e mexendo com os valores das pessoas. E a propósito, numa amostra de imenso respeito com o público, todas as letras vêm traduzidas no encarte.

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Joe’s Rhapsody é uma ópera rock, de acordo com seus próprios criadores, e isto fica evidente deste sua maravilhosa e efetiva introdução até o genial desfecho com "One Last Pray" – uma composição belíssima.

Fique atento, porque segundo os planos, deve ser lançado uma segunda versão do álbum até o final do ano com a participação de vários vocalistas convidados, formando um time de vozes para a interpretar a história, o que eu torço para que saia do papel e se torne mesmo realidade.

Resultado de investimento e confiança na qualidade da banda, prova de que as bandas cristãs brasileiras só precisam mesmo de investimento decente para deslanchar e produzir trabalhos de altíssimo nível como esse.

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Depois desses 60 minutos de música, fica claro em minha mente que Joe’s Rhapsody é o melhor e mais profissional álbum de metal cristão já lançado no Brasil até hoje. Preciso dizer mais alguma coisa?

Formação:
Rodrigo Grecco (Vocal)
Ricardo Parronchi (Baixo/Violão/Backing Vocals)
Eduardo Parronchi (Guitarra)
Fábio Fernandes (Bateria/Percussão)
Maxsuel Rodrigo (Teclados)

Track-List:
I – The Dinner (Intro)
II – Cruel Jungle (part one)
III – Family Album (part one and two)
IV – Julie
V – Cruel Jungle (part two)
VI – My Little War (my big disgrace)
VII – Lost Bullet
VIII – Goodbye Blue Sky
IX – Darkness Land
X – Wisdom Calls (the preaching)
XI – One Last Pray

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Tempo Total: 59:28 min.

Site Oficial: www.destraonline.com.br

Material Cedido Por:
Avantage Records
http://www.avantagerecords.com

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Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
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