Resenha - Elusive Light and Sound Vol. 1 - Steve Vai
Por Fernando De Santis
Postado em 25 de outubro de 2003
Nota: 8
Um guitarrista como Steve Vai, considerado por muitos um mito ou um ícone, em toda sua carreira já foi muitas vezes convidado para gravar trilhas sonoras de filmes. Obviamente muitas dessas composições ou trechos de guitarra, não entraram em discos das trilhas sonoras, o que até então era um pecado. Em "The Elusive Light and Sound Vol. 1", Vai corrige esse problema e presenteia os fãs da boa guitarra, com mais de 30 faixas retiradas de filmes.
Porém, as duas primeiras músicas do disco não fazem parte de nenhum filme. "Celluloid Heroes" é um cover da banda The Kinks e a segunda faixa, "Love Blood", é uma boa música inédita. No encarte do álbum, Steve conta que tal composição foi inspirada no romance "Entrevista Com o Vampiro" de Anne Rice... vale lembrar que as duas primeiras músicas são cantadas pelo próprio guitarrista – e ele até que surpreende!
Dos filmes que Vai participou, "Crossroads" (ou "A Encruzilhada", aqui no Brasil), é o que tem trabalhos mais interessantes. Um filme de 1986, que conta a história de um jovem (interpretado por Ralph Macchio) estudante de guitarra clássica, a procura das músicas perdidas do bluesman Robert Johnson. Durante a história, o protagonista tem que salvar a própria alma e a alma do amigo, num duelo de guitarra, contra o demônio em pessoa (interpretado por Steve Vai). No disco são quatro faixas do filme, incluindo pequenos trechos de diálogos. Com destaque para a faixa "Butler’s Bag", com as gargalhadas da guitarra e principalmente "Eugene’s Trick Bag", que é o trecho final do duelo com o demônio.
Outro filme bem conhecido no Brasil, que Steve trabalhou, foi "Bill & Ted’s Bogus Journey", de 1991. Ok, o filme não é lá essas coisas, mas o que discutimos aqui são os trabalhos de Steve. "Air Guitar Hell" é uma faixa rápida, mas totalmente insana e virtuosa. "The Reaper", toda cheia de riffs melódicos, lembra bem os trabalhos do guitarrista em "Passion and Warfare". Porém, grande parte do álbum é dedicada a composições para a comédia "PCU", de 1994. São 21 músicas, algumas bem curtas, em média 20 segundos, incluindo até uma faixa com 8 segundos duração ("What!"). A última faixa do álbum, "Now We Run", segundo Steve, é uma grande colagem de pequenos trechos que formam essa música. Viagem e virtuosismo do começo ao fim.
Um álbum que surpreende da capa (toda "holográfica") até a última música. São 40 faixas para fã nenhum botar defeito! E que seja lançado logo o volume dois...
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