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Resenha - Office of Strategic Influence (Ltd.edition) - O.S.I.

Por Leandro Testa
Postado em 02 de março de 2003

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Não é de hoje que os chamados "superprojetos" incrementam as prateleiras das lojas; e infelizmente não é de hoje que alguns poucos despontam, enquanto muitos outros "quebram a cara". O fato é que para garantir a aceitação e o sucesso de suas novas investidas, não basta reunir grandes instrumentistas, que há tempos deixaram a sua marca no rock. Na busca duma resposta positiva há no mínimo um requisito básico: a gana.

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Jim Matheos e Kevin Moore (Chroma Key, ex-Dream Theater, e membro de estúdio do Fates Warning - banda do qual o primeiro é líder), não precisam, contudo, mais se preocupar com isto, já que o material aqui presente consegue agradar (e muito), pois mesmo não sendo absurdamente original, reúne influências pra lá de conceituadas.

Começando do avesso, ou seja, pela auto-explicativa "The Thing that Never Was" (a última ‘bonus-track’ do trabalho), o ouvinte conseguirá apreciar um excelente "resumo" do primeiro CD, pois foi deste embrião que brotaram as ramificações, as idéias espalhadas pra todo lado, enfim, aquilo que veio a se tornar, digamos, "oficial" no disco. O mais interessante e inusitado fica por conta da sua qualidade, haja visto ser apenas uma ‘demo’, mas que se revela como simplesmente a melhor instrumental com longa duração (17:21, sem ser cansativa), que, na minha vida, me lembro de ter escutado.

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Na verdade, percebe-se que antes, em seu estado bruto, o direcionamento estava bem mais para ‘prog metal’ (com um enorme núcleo soturno) do que propriamente para o resultado final que soa como um híbrido inegável do último de Matheos & Cia (Disconnected), dos mestres do Pink Floyd ("Horseshoes and B-52's" é, pasmem!, a mais perfeita continuação de "One of These Days"), e, por conseqüência deste, de tudo o que há de melhor no Porcupine Tree, especialmente se comparado ao magnífico In Absentia, de 2002 (cujo vocalista, Steve Wilson, também dá aqui sua breve contribuição).

A densidade por vezes toma conta de tudo, a exemplo de "Dirt from a Holy Place", sombria, como nos momentos mais viajantes de um Ayreon, e, da metade pra frente, elementos góticos em abundancia, num clima que lembra bastante a "The Call of Ktulu" do Metallica. É inevitável também não associar a parte inicial de "ShutDOWN", com "Black Sabbath", canção presente no auto-intitulado debute daqueles ilustres britânicos.

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Nota-se, inclusive, um pouco de Tool, Radiohead e demais esquisitices permeando os dez atos, num panorama em geral futurista, industrialóide, ainda mais por culpa da (pós) produção, que inverteu, adicionou e revirou tudo. Mike Portnoy (preciso apresentar?), que nunca foi de pedir opiniões acerca de sua suprema criatividade, ouviu as diretrizes de seu ex-companheiro, e, mesmo não se sentindo totalmente à vontade, fez o que há de mais diferente na sua carreira, inclusive apelando para linhas retas e simples. Isso permitiu que Moore as modificasse, usando vários efeitos, e estes, aliados aos samplers/falas extraídas de filmes, noticiários, etc (característica dele iniciada no histórico Awake, com a irrepreensível "Space-Dye Vest"), dão um toque deveras pessoal deste autêntico ‘Roger Waters’ contemporâneo ["vide" seu maravilhoso feito no clássico "Set the Controls for the Heart of the Sun", que compõe os extras, assim como o ‘cover’ de "New Mama" (Neil Young) e 19 minutos multimídia com documentários - comprem, portanto, a edição limitada].

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Seus vocais, entretanto, talvez sejam um ponto indiferente, pelo cunho calmo e um tanto normal. Se eles em nada acrescentam, também não atrapalham (eu gosto), mas melhor mesmo seria se Daniel Gildenlow (Pain of Salvation) tivesse sido efetivado no cargo. Portnoy e eu quase não pudemos acreditar quando soubemos que o seu estilo "operístico" não "casou" com o gosto do guitarrista, seu colega de empreitada [alías, o riff da "The New Math (what he said)", tem tudo a ver com uma das obras do injustiçado sueco: "Idioglossia". Coincidência...?!].

Afora esse detalhe, e a quase-ausência de solos, tudo é muito intenso, quaisquer sejam os sentidos, ainda mais abrilhantados pelo ex-baixista do Cynic/Aghora, Sean Malone (Gordian Knot), que devido a compromissos prévios, chegara ao estúdio por último, sendo, por isso, creditado tão somente como "convidado".

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Preconizado até para quem não se liga em incursões eletrônicas, porque não é disso que o O.S.I. é formado, mas sim de belos temas acústicos (um deles bem ‘Dave Matthews’), andamentos intrincados, uma boa diversidade e aquele ‘feeling’, um ‘punch’, que te faz se debater por aí de tanta alegria quando a insanidade lhe atinge a cabeça...

Lançado pela Inside Out em 18 de fevereiro de 2003.

Site Oficial: www.osiband.com

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