Resenha - Hero Nation; Chapter III - Metalium
Por Rafael Carnovale
Postado em 17 de abril de 2002
Nota: 9
Eis que o Metalium retorna com seu terceiro capítulo da saga do gigante Metalium. Desta vez nosso herói passa por vários fatos históricos e países, sendo parte da história mundial em várias ocasiões, e culminando com um clamor da eterna vitória da Hero Nation, a união de todos os Metalians. Um conceito interessante e bem elaborado no cd. Cada música é dedicada a um acontecimento específico de um país, e todo seu instrumental e letra são adaptados para entrar no clima da história.
Com certeza o mais ousado projeto de Lars Ratz e seus asseclas, ainda mais depois das baixas de Chris Caffery, Jack Frost (que foram para o Savatage, Frost recentemente "saído" da banda) e de Mark Cross (que foi para o Helloween substituir o super competente Uli Kusch). A guitarra ficou a cargo de Mathias Lange, e para a bateria veio Michael Ehre, que se mostra um batera de primeira, com viradas técnicas e muita habilidade.
O cd começa com a intro Source of Souls, meio épica, lembrando Manowar, com as vozes de Stephan Schalbritz (como o Metal God) e Carolin Fortenbacher (Metal Goddess). E não há espaço para respirar, pois a intro já emenda na pancadaria speed metal de Revenge of Tizona, inspirada na guerra dos Burgos da Espanha. Os vocais de Herming Basse estão excelentes, dando um show nessa faixa. Desde a época do Brainstorm ele não cantava tanto.
Sem tempo para esperar vamos para a Itália, com a cadenciada In the Name of Blood, aonde Lars apresenta uma boa introdução de baixo para uma faixa muito power-metal, que lembra o Helloween dos bons tempos, aonde Basse fala da história de Roma.
No mesmo pique power-metal temos a poderosa Rasputin, uma das melhores do Cd, falando da história do mago russo Rasputin. A criatividade impera em cada faixa, com histórias interessantes, aonde se mostra que os Metalians viajam pelo mundo ao som de que? Heavy Metal.
Os teclados convidados de Don Airey (Deep Purple) dão show na épica Odin’s Spell, que por falar de uma figura épica, mereceu uma levada quase Manowar, sendo emocionante.
O disco também nos brinda com faixas de puro heavy anos 80, como Accused to Be a Witch, Fate Conquered the Power (bem influenciada por Accept), e faixas mais próximas ao estilo power que o Metaliun já desenvolveu em seu cds anteriores, como a bela faixa título, Throney in the Sky e Odyssey. No geral o cd consegue ser bem superior a seus antecessores, pois injeta uma pegada mais power no speed metal que o Metalium vinha fazendo, dando mais espaço para os rítmos cadenciados e pesados.
Como bônus, a versão nacional traz duas faixas ao vivo, Dream of Doom e o cover para Smoke on the Water, com dois bumbos.
Com certeza o melhor cd da banda.
Line Up:
Henning Basse – Vocais
Lars Ratz – Baixo
Mathias Lange – Guitarras
Michael Ehre – Bateria
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