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Megadeth: Pena que o começo da banda chegou junto com seu final

Resenha - Killing Is My Business... And Business Is Good! - Megadeth

Por Rafael Carnovale
Postado em 11 de abril de 2002

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

É ironia pura fazer a resenha desse cd, o primeirão do Megadeth, lançado em 1984, quando se anuncia o fim da banda. E principalmente após o lançamento de seu primeiro cd ao vivo (o duplo RUDE AWAKENING) e este relançamento, com um encarte recheado de fotos e notas dos membros da banda, e com uma capa nova, com Mr. Vic Rattlehead bem mais assustador. Mas este cd há muito merecia um relançamento digno, pois é um dos melhores, senão o melhor da banda. Mustaine acabara de ser despedido do Metallica, e queria a todo custo lançar uma banda que fizesse frente a Hetfield e cia. Então preparou esse debut, com uma formação muito habilidosa, da qual só restou o baixista Dave Elfeson, e com uma pegada tipicamente heavy/thrash dos anos 80. O cd abre com Last Rites/Loved to Death, uma doce introdução para uma pancadaria bem trash, próxima do que o Metallica fez em Kill em All, só que bem mais agressiva. Os vocais de Mustaine eram bem mais esganiçados, gritados, bem diferentes do estilo mais "melódico" que ele adotou em seus cd’s mais recentes. A música é altamente saudosista, uma porrada heavy com pegada agressiva, que mereceria ser ouvida mais vezes. Logo depois vem a faixa título, uma pedrada thrash mais cadenciada, altamente contagiante. Como era bom ouvir esses sons. Outro destaque fica para The Skull Beneath the Skin, uma pedrada bem heavy anos 80, aonde Mustaine despeja toda sua agressividade contida numa levada contagiante. Rattlehead é a história do famoso mascote da banda, e impõe mais velocidade ao cd, sendo uma das melhores. O nível do cd continua alto nas 2 faixas seguites, Chosen Ones, e a semi tranqüila Looking Down the Cross, com riffs cadenciados e muitas mudanças de andamento, característica que marca várias faixas do cd. As 2 últimas faixas não deixam nada a desejar, a famosa Mechanix, que teria inspirado a clássica The Four Hoursemen do Metallica, e realmente as duas têm similaridades, mas isso não tira o mérito da música, que é excelente, sendo junto com Rattlehead os destaques principais. O que seria o LP fecha com These Boots, que apesar do começo um tanto estranho mostra ser do mesmo pique de todas as faixas, embora pareça diferente pelas guitarras mais "brincalhonas". De bônus temos as demos de Last Rites/Loved to Death, Mechanix e The Skull Beneath the Skin, com uma gravação mais precária, e algumas diferenças no vocal e guitarras. A ressaltar o bom trabalho de guitarras da dupla Mustaine/Chirs Polland. Pena que o começo da banda chegou junto com seu final (ironia). Será?

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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