Resenha - Blast from the Past - Gamma Ray
Por Rodrigo Simas
Postado em 13 de julho de 2000
Nota: 8
Kai Hansen saiu do Helloween após o lançamento do clássico Keeper of the Seven Keys part 2, deixando a banda sem um dos seus principais integrantes e compositores, e depois disso formou o Gamma Ray, que na época contava com Ralph Scheepers nos vocais (hoje no Primal Fear), com uma proposta semelhante ao que era feito na sua banda anterior. Já são 10 anos de estrada com sua nova banda e muita coisa para contar. Seis discos de estúdio, várias turnês, inclusive dois shows aqui no Brasil, e um disco ao vivo fizeram com que o Gamma Ray seja hoje aclamado com uma das maiores, se não a maior banda de Heavy Melódico da atualidade. Muita gente reclama que seus últimos CDs perderam um pouco da originalidade e que acabaram caindo na mesmice, muitos consideram Kai Hansen uma lenda do metal ou algo parecido, e muitos apenas só a considera uma excelente banda dentro do seu estilo.
Essa coletânea dupla serve para mostrar as "melhores músicas" de todos seus lançamentos sendo assim escolhidas pelos fans, que podiam votar em três músicas por disco. A escolha no final das contas até que foi bem acertada e realmente aqui se encontram algumas das melhores composições da banda alemã. Além disso como o Gamma Ray se encontra com uma formação estabilizada por dois discos (Somewhere out in space e Powerplant) com Kai Hansen (guitarra e vocal), Henjo Ritcher (guitarra e teclado), Dirk Schlachter (baixo) e Dan Zimmerman (bateria) a idéia era re-gravar todas as músicas que não tinham essa formação e dar uma "roupagem" nova a faixas como Lust for Life, Changes e Tribute To The Past.
O problema é que realmente Kai não é um vocalista como Ralph Scheepers e algumas músicas realmente forma feitas para o mesmo cantar.
Depois da introdução (Welcome) temos as três faixas do Heading for Tomorrow : Lust For Life, Heaven Can Wait e Heading for Tomorrow. Realmente essas músicas precisavam de uma melhor produção, mais peso e um maior cuidado, e o resultado foi felizmente muito bom. Já no disco Sigh no More que trouxe as escolhidas Changes, One With the World e DreamHealer começam os problemas... já que dá para sentir que essas composições foram feitas para Ralph cantar, mas valeu também por uma melhor produção, peso, etc... A fase do maravilhoso Insanity and Genius (com Tribute To The Past, Last Before The Storm e Heal Me) chega e aí o ouvinte se pergunta, porque re-gravar essas músicas? Elas já eram perfeitas na época de seu lançamento e não há como Kai ter uma performance melhor nessas faixas que Scheepers, além de que na época elas já tinham velocidade , peso e tudo que o Gamma Ray de hoje nos traz. As novas versões ficam atrás das anteriores sem sombra de dúvida.
O segundo CD traz as melhores dos últimos três discos, os dois já citados e o também maravilhoso Land of The Free, o único do três que foi regravado, mas sem trazer nada de muito novo e nada que fosse acrescentar alguma coisa as já clássicas Rebellion in Dreamland, Man On a Mission e Land of the Free.
O resto fica com The silence (do EP Silent Miracles), Beyond the Black Hole, Somewhere out in Space e Valley of the Kings (do somewhere out in space) , e Anywhere In The Galaxy, Send me a Sign e Armageddon (do último Powerplant).
O CD vem em uma caixa estilo digipack duplo e é realmente muito bonita. Para quem não tem nada da banda esse álbum duplo serve como uma coletânea perfeita. Quem tem tudo só deve comprar se realmente for muito fã da banda, e para o resto não custa dar uma conferida já que, com certeza eles são um dos mais importantes grupos do seu estilo.
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