Resenha - Beethoven's Last Night - Trans-Siberian Orchestra
Por Rodrigo Simas
Postado em 08 de maio de 2000
Nota: 9
Este é um projeto que todos que gostam de boa música deveriam ao menos ouvir. Produzido e composto em sua grande maioria (sem contar com as partes clássicas, todas de Beethoven e Mozart) por ninguém menos que Paul O’Neill, também produtor e compositor de grande parte do material do Savatage, o disco, que é o terceiro da Trans- Siberian Orchestra e com certeza o melhor de todos, é uma obra prima em todos os detalhes.
Transsiberian Orchestra - Mais...
A história se passa em Viena, na noite em que Beethoven morreu. Conta como se, nas suas últimas horas de vida, o próprio demônio (aqui interpretado por Jon Oliva, Savatage) tivesse aparecido para ele e tentasse entrar em um acordo, não ficando com sua alma caso Beethoven entregasse seu último trabalho, a décima sinfonia . A partir daí o maestro começa a relembrar sua vida inteira para ver se poderia mudar alguma coisa e não acabar com um fim tão trágico, mas se vê em apuros quando descobre que qualquer coisa que desejasse mudar poderia ter conseqüências desastrosas em sua carreira musical. O diabo acaba se dando mal no final, mas vale a pena ler o encarte todo do CD para saber como a história se apresenta até Ludwig morrer.
Musicalmente o álbum é uma mescla de música clássica com rock, fazendo bem o estilão dos últimos trabalhos do Savatage, porém mais leve e com melodias mais suaves (mesmo assim mais pesado que os outros dois CDs anteriores). São baladas lindas, com grandes riffs e excelentes vocais, executados por talentosos cantores que compõem o "cast" da obra, onde cada um representa um personagem que participa da história contada, além de vários coros e instrumentistas, incluindo todos os integrantes do Savatage.
Vale a pena ressaltar algumas perfomances, como na emocionante I’ll Keep Your Secrets, onde o amor da vida de Beethoven , Theresa (aqui interpretada magistralmente por Patti Russo) , dá uma aula de vocal, além das "medleys" instrumentais com várias partes clássicas , tudo muito bem encaixado e tocado. E na não menos que perfeita Mephistopheles’ Return, além de ser uma das faixas mais pesadas, há os característicos vocais utilizados nos últimos discos do Savatage, onde vão se encaixando uma voz em cima da outra, com melodias diferentes e sempre com grandes resultados, mostrando a grande influência que Paul O’Neill tem nas composições dessa banda.
Com certeza um dos melhores lançamentos de um ano que ainda promete muito. BASTANTE ACONSELHADO.
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