Resenha - Brighten the Corners - Pavement
Por Fabrício Boppre
Postado em 10 de julho de 2000
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Depois de lançar três dos melhores discos de rock alternativo da década de 90 (são eles: "Slanted and Enchanted", "Crooked Rain, Crooked Rain" e "Wowee Zowee"), o Pavement se deu ao luxo de produzir um disco menos inspirado, mas sem arranhar a sua reputação: "Brighten the Corners", que foi lançado em 11 de fevereiro de 1997.

Não que o disco seja ruim, longe disso, mas podemos dizer seguramente que ele não tem o impacto e a importância dos três primeiros citados acima, até porque lançar seguidamente quatro clássicos é tarefa para poucas bandas do mundo (penso até que pouquíssimas mesmo). Alguns dizem que a fórmula se desgastou, e o Pavement deixou de ser genial para ser apenas cool. Isso pode até ter algum fundamento pois estão lá ainda as melodias fáceis, os arranjos inusitados aqui e ali, guitarras simples e despojadas e as letras no mínimo curiosas (ouvimos ao longo do álbum versos do tipo "what about the voice of Geddy Lee/How did it get so high?/I wonder if he speaks like an ordinary guy?" e "Trolls in the glen are consorting again/The liberals say they don't exist but I know that they do"). Mas me parece que com esse disco o Pavement se aproximou perigosamente de uma simples "party band" fazendo um, como costuma-se chamar nos EUA, "Schoolhouse Rock" mais simples, diferente dos três primeiros discos, onde víamos a banda sem medo de errar e experimentar. Steve Malkmus e o resto do grupo continuam sem se levarem muito a sério, e tocando descompromissadamente, mas ainda sim o resultado não tem o impacto e as perfomances de, por exemplo, "Slanted and Enchanted".
Mas, insisto, o disco não é ruim. É rock básico e simples, sem firulas ou preocupação com detalhes e produção, cativante e gostoso de ouvir sem compromisso. A influência mais latente continua sendo os reis do estilo, o Pixies, sendo que as microfonias e distorções a la Sonic Youth foram deixadas de lado quase que completamente. Os destaques ficam por conta de "Stereo", "Shady Lane", "Date w/ Ikea", "Embassy Row" e "Passat Dream".
Material cedido pela Trama
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
O álbum clássico do thrash metal que foi composto no violão
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Max Cavalera acha que escrever letras de músicas é uma tarefa entediante
Sexo ok, drogas tô fora, rock'n'roll é tudo; 5 músicos de hair metal que fogem do estereótipo
O clássico do metalcore que fez garotas começarem a ir a shows do Killswitch Engage
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
Jordan Rudess comenta a turnê latino-americana do Dream Theater; "Deve ser muito emocionante"
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
Robb Flynn defende o Bring me the Horizon da "polícia do metal"
Frontman: quando o original não é a melhor opção
O segredo de Renato Russo que fez a Legião Urbana ser a maior banda dos anos oitenta
Red Hot Chili Peppers: Anthony Kiedis odiou abrir show para os Rolling Stones

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



