Resenha - Filipenses - Século I
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 24 de janeiro de 2005
Nota: 4 ![]()
![]()
![]()
![]()
Fica difícil entender os objetivos e as pretensões do Século I com este álbum. Como EP – já que são apenas 26 minutos – e dado todo o empenho na parte gráfica, na produção e na divulgação, é um desperdício. Como full-lenght, é um desperdício maior ainda. Que o inglês é a língua oficial do planeta e do metal ninguém discute, e aquele papo de "temos que compor em português porque somos brasileiros" soa como o patriotismo mais barato que existe e de uma imbecilidade sem tamanho. Se noruegueses, finlandeses, italianos, alemães, espanhóis e suecos (...) também pensassem assim até hoje não teríamos nenhum cenário de heavy metal. Que o inglês é a melhor e mais indicada língua para tal é consenso unânime. Compor em português para o metal é uma tarefa complicada, arriscada e raras bandas conseguem soar satisfatórias. O risco de soar "brega" está sempre presente. E além disso, o metal em si (por sua própria essência, história, ideologia, etc, etc..) tem seu estilo lírico (de variedade imensa é verdade) que é mais apropriado para ele. Todo esse prólogo é necessário porque o Século I conseguiu a infeliz combinação de compor em português e com o agravante de temas excessivamente religiosos (que exigem ainda mais atenção e destreza). Até aí tudo bem, não são problemas em si mesmos, mas a conotação batida e igrejeira (faltou a transposição metálica citada acima) que as composições tiveram destruíram a qualidade do álbum. Vejamos: a primeira (Gênesis) é uma narração longa e dispensável, "Acreditar" é uma balada extremamente insossa, "Filipenses" foi a mais digerível em português e a última música é uma reprise de "Acreditar" em versão acústica (!?!?!).

Não é à toa que "Hold On" e "Moored" são as únicas realmente elogiáveis do trabalho, mas ainda assim não podem ser consideradas além de razoáveis em termos de metal melódico. Poucas bandas cristãs conseguiram fazer um ótimo trabalho em português, Stauros e Vulgata são dois exemplos, e o Século I definitivamente não alcançou o nível desejado. É vital para eles definir que rumos querem tomar e para apresentar a evolução necessária num possível próximo trabalho terão que se dedicar profundamente (em todos os quesitos) á isso.
Formação:
Beto Silva (Vocal)
Daniel Caçoilo (Guitarra)
Fábio Santos (Guitarra)
Anderson Fernandes (Baixo)
João Granggeiro (Bateria/Vocal)
Mauricio Dantas (Teclado)
Site Oficial: www.seculo1.cjb.net
Material Cedido Por:
Heavens’s Music Produções
Email: [email protected]
Fone/Fax: (11) 5614-6411/9881-1042
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A banda que superou Led Zeppelin e mostrou que eles não eram tão grandes assim
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
A banda de rock favorita do Regis Tadeu; "não tem nenhuma música ruim"
Site americano aponta curiosa semelhança entre Sepultura e Opeth que poucos notaram
O melhor álbum do Led Zeppelin segundo Dave Grohl (e talvez só ele pense assim)
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
Os "pais do rock" segundo Chuck Berry - e onde ele entra na história
Os compositores que Bob Dylan sempre louvou ao longo de sua carreira
Andi Deris garante que a formação atual é a definitiva do Helloween
Iron Maiden e a decisão de Vladimir Putin que arruinou o título de uma canção clássica
A fortuna que Robert Trujillo recebeu só para se juntar ao Metallica
Manowar: por que o baterista brasileiro Marcus Castellani saiu da banda

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



