Resenha - Juggling 9 Or Dropping 10 - Enchant
Por Thiago Sarkis
Postado em 20 de maio de 2001
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Enchant repete, em seu novo trabalho, sua rotina de originalidade e classe, com um instrumental sensacional e letras, como sempre, bem introspectivas e reflexivas, passando por momentos obscuros e depressivos.

Quem afirmar que a banda mudou de 1995 (ano do lançamento do primeiro disco) para cá, estará dizendo a verdade, nua e crua. Falso seria dizer que o Enchant continua o mesmo ou que, como tem se falado muito por aí, deixou de ter atenção em seu instrumental e caprichado em suas composições.
De fato o estilo vem mudando desde o debute. No começo, o peso era maior e o metal ainda era perceptível. Atualmente o som é direcionado para um rock progressivo com influências de alternativo e pop.
"Juggling 9 Or Dropping 10" prima por uma regularidade incrível e é um passo à frente em relação ao disco "Break", de 1998. Chega a ser um concorrente ao excelente "Wounded", de 1996. Porém, não chega nem perto da obra-prima mor, o sensacional "A Blueprint Of The World", lançado em 1995. Essa é uma boa base de comparação para que os leitores tenham uma noção do nível do novo disco. No entanto, não serve de maneira alguma como rebaixamento do novo trabalho, que é incrível. Estar abaixo do debute não é demérito algum. De cem álbuns lançados nessa vertente um pouco mais pesada do progressivo, quatro/cinco têm potencial para se igualar ou, com bastante esforço, superar "A Blueprint Of The World".
"Paint The Picture", "Rough Draft" e "Bite My Tongue" são exemplos de músicas espetaculares presentes neste novo álbum, com atuações indiscutíveis de Ted Leonard e Douglas A. Ott, que se apresentam melhores e mais precisos do que nunca.
"Colors Fade" e "Black Eyes & Broken Glass" são boas composições, mas que me deixaram atento à atuação de Paul Craddick, que seria o mais grave e, talvez, único problema dessa mudança de estilo do Enchant. Com essa nova tendência, esses toques alternativos, Craddick me parece meio preso - e um músico como ele, um baterista com a criatividade que possui, não pode ficar dessa forma nem por um segundo.
Destaque principal para a seqüência das faixas três e doze, "What To Say" e "Know That", respectivamente, que provam que ainda há muita inspiração e sentimento a ser explorado por esse grupo. Músicas como essas têm alcance emocional raro de se ver. Harmonias e melodias perfeitas, para letras belíssimas, típicas da genialidade de Ted Leonard como escritor.
Na produção, na capa, no encarte, nas músicas, seja onde for, você vai ver o mesmo Enchant, encantador, emotivo e humano de sempre, porém com uma sonoridade um pouco diferente. Vale a pena conferir.
Site Oficial – http://www.theoasis.cc
Ted Leonard (Vocais)
Douglas A. Ott (Guitarras)
Ed Platt (Baixo)
Paul Craddick (Bateria)
Mike Geimer (Teclados)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival


"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


