Iron Maiden: Discografia comentada - Parte 1
Por Mateus Ribeiro
Postado em 06 de abril de 2019
Se o Heavy Metal é um fenômeno popular nos dias de hoje, muito disso é culpa do Iron Maiden. A banda inglesa, além de ser uma das maiores de todos os tempos, foi a primeira banda de uma infinidade de bangers espalhados pelo planeta.
A trajetória da banda se inicia nos anos 1970, e até os dias de hoje, permanece firme e forte, apesar de alguns deslizes e mudanças na formação.
Confira abaixo a primeira parte da discografia comentada do Iron Maiden:
"Iron Maiden" (1980): O primeiro álbum desfila uma mistura de Heavy Metal com a veia punk do vocalista Paul Di´Anno. A inusitada junção rendeu sucessos do calibre de "Running Free", "Prowler", "Phantom Of The Opera", "Remember Tomorrow" e "Transylvania".
O disco foi um sucesso, e até hoje, algumas de suas músicas fazem parte do repertório da banda.
"Killers" (1981): A banda passa por uma mudança significativa na formação: sai o guitarrista Dennis Stratton, e entra Adrian Smith. O novo guitarrista enriquece demais o som do Maiden.
O segundo álbum é um dos mais pesados da carreira da banda. A clássica "Wratchild" se tornou um dos maiores sucessos da historia do Maiden, e tem uma introdução inconfundível. "Murders In The Rue Morgue", "Another Life", "Genghis Khan" e a faixa título também merecem muito destaque.
Um grande número de fãs considera "Killers" como um dos trabalhos mais significativos da banda.
"The Number Of The Beast" (1982): O Iron Maiden passa por uma mudança de formação que muda completamente não só a sonoridade, mas o cenário em geral. O vocalista Paul Di´Anno, que não era lá muito adepto da vida saudável, foi demitido. Para seu lugar, foi recrutado Bruce Dickinson, que cantava na banda Samson.
A voz de Bruce era bem diferente da voz de Paul, com contornos mais melódicos, o que ajudou o Maiden a ampliar seus horizontes. O primeiro disco a contar com seus serviços é o estupendo "The Number Of The Beast", que além de causar muita polêmica pela capa e pela faixa título, trouxe outros grandes momentos, como "Run To The Hills", "Hallowed Be Thy Name" e "22 Acacia Avenue".
Com o estrondoso sucesso de "The Number...", o Iron Maiden mostrou ao mundo que o Metal poderia ser agressivo e ter classe ao mesmo tempo. Os anos dourados estavam apenas no início!
"Piece Of Mind" (1983): Para variar, a banda mais uma vez troca de músicos. Dessa vez, o saudoso baterista Clive Burr sai de trás do kit para dar lugar ao carismático Nicko McBrain. Logo na introdução da primeira música, a maravilhosa "Where Eagles Dare", Nicko mostrou porque havia sido escolhido.
O som da banda havia ficado um pouco mais "sério", e algumas músicas chegavam a lembrar o Rock Progressivo. O maior sucesso do disco é "The Trooper", porém, "Flight Of Icarus", a linda "Revelations", "Quest For Fire" e "Die With Your Boots On" merecem muito destaque e respeito".
O Iron Maiden, definitivamente, havia se tornado um grande nome do Metal!
"Powerslave" (1984): O maior clássico do Iron Maiden, e uma das maiores influências para o mundo do Heavy Metal.
Desse disco vieram grandes músicas, como "Aces High", "Two Minutes To Midnight", a faixa título e a épica "Rime Of The Ancient Mariner", que possui mais de 13 minutos de duração. As maravilhosas "Flash Of The Blade" (com duetos de guitarra maravilhosos), "Back In The Village", "The Duellists" e "Losfer Words (Big´Orra)" completam o disco com maestria.
A banda estava mais afiada e entrosada do que nunca, e a temática do álbum (que tratava de guerras e de aspectos da historia do Egito) tornam "Powerslave" um item fundamental para qualquer fã de Heavy Metal.
Após "Powerslave", a banda lançou "Live After Death", considerado por muitos como o melhor disco ao vivo de todos os tempos.
"Somewhere In Time" (1986): Depois de lançar um disco que fala sobre o passado, o Iron Maiden decidiu investir no futuro. "Somewhere In Time" é lançado no ano de 1986, e a temática mais futurista veio acompanhada por sintetizadores,teclados e alguns toques de modernidade.
O sexto lançamento do Maiden tem na clássica "Wasted Years' seu maior sucesso. O vídeo da música, aliás, mostra membros da banda passeando no Rio de Janeiro. A primeira música, "Caught Somewhere In Time", é uma viagem, tal qual "Sea Of Madness" ,"The Loneliness Of The Long Distance Runner" e a grandiosa "Alexander The Great".
Como nem tudo são flores, a música "Deja Vu" acaba se mostrando um dos piores momentos da carreira da banda, e seria melhor aproveitada se fosse utilizada como tema de encerramento dos episódios do Jaspion, ou de qualquer outro herói japonês. Porém, nada que desabone o trabalho.
A arte do disco, pra variar, é um espetáculo, e repleta de detalhes.
"Seventh Son Of A Seventh Son" (1988): O sétimo disco da banda é uma espécie de continuação de "Somewhere In Time". O álbum trata da lenda do "sétimo filho do sétimo filho", uma espécie de crença popular que varia de país para país: se no Reino Unido acredita se que a criança vá nascer com poderes mágicos, na América do Sul, acredita se que o Enzo Gabriel venha ao mundo na forma de um lobisomem.
Um dos discos mais respeitados pelos fãs, traz músicas como "The Clairvoyant", a melódica "The Evil That Men Do", a épica fiaxa título, "Moonchild", 'Infinite Dreams", "Only The Good Die Young" e "Can I Play With Madness".
Um grande trabalho, que fecha com muita dignidade os anos dourados da banda.
Aguarde, em breve, a parte 2, com mudanças de formação, um período de crise e o renascimento da banda!
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