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Iron Maiden: Discografia comentada - Parte 2

Por Mateus Ribeiro
Postado em 08 de abril de 2019

A QUEDA E O RENASCIMENTO

O Iron Maiden viveu dias gloriosos na década de 1980, e lançou ótimos álbuns, que ajudaram a escrever belas páginas na história do Heavy Metal. Após o sétimo disco, o conceituado "Seventh Son Os Seventh Son", o Maiden (leia se: Steve Harris) decidiu tentar deixar os teclados e os sintetizadores um pouco de lado, e fazer um mais parecido com o executado nos primeiros discos da fase Bruce Dickinson. O guitarrista Adrian Smith não gostou muito da ideia, e saiu da banda, após ser peça fundamental por anos. Em seu lugar, entrou Janick Gers, e a banda então começou uma nova fase.

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"No Prayer For The Dying" (1990)

Conforme o desejo de Steve Harris, o som do Maiden realmente ficou um pouco distante do que havia sido apresentado nos dois álbuns anteriores. O único problema é que apesar de ter boas músicas, "No Prayer For The Dying" não é um disco para se morrer de amor.

Não que o disco seja ruim, longe disso. Mas nem mesmo as músicas mais bem sucedidas do álbum são maravilhas inesquecíveis e indispensáveis. Seja como for, "Tailgunner", a polêmica "Holy Smoke", "Bring Your Daughter... To The Slaughter", a faixa título e "Fates Warning" garantem bons momentos.

Um bom álbum, mas sem o brilho dos anos dourados.

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"Fear Of The Dark" (1992)

Depois de um disco mediano, o Iron Maiden lançou um disco que divide opiniões: ao mesmo tempo que poderia ser considerado sensacional se comparado ao seu antecessor, para algumas pessoas, estava longe de ser comparado aos discos da década anterior.

O fato é que o nono álbum da banda trax grandes temas, como a quase Thrash Metal "Be Quick Or Be Dead", que abre o álbum de maneira avassaladora. A faixa título,além de ter se tornado um dos maiores sucessos comerciais da banda, é uma das poucas do álbum que é tocada nos shows até os dias de hoje. A balada "Wasting Love" também sobreviveu muito bem ao tempo, e até hoje é praticamente obrigatória na pasta de qualquer pessoa que tenha começado a tocar violão há alguns meses.

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Além dessas músicas, merecem destaque "Afraid To Shoot Strangers" (uma ótima e triste balada pesada), "From Here To Eternity" (que apesar de parecer sobra de "Holy Smoke", é divertida), "Childhood´s End", e "Judas Be My Guide", que talvez seja a canção mais subestimada da história da banda.

Algum tempo depois do lançamento do disco, aconteceu talvez a pior coisa que pudesse acontecer com a banda: Bruce Dickinson decide sair da banda, para cuidar integralmente de sua carreira solo.

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Dias sombrios estavam por vir... e vieram!

A ERA BLAZE BAYLEY

"The X - Factor" (1995)

Após uma série de testes para a escolha do novo vocalista, Steve Harris escolheu Blaze Bayley para ser o frontman do Iron Maiden. O até então desconhecido cantor fazia parte da banda Wolfsbane,e sua voz era mais grave que a de Bruce Dickinson.

As músicas do décimo álbum de estúdio da banda são densas, e em alguns casos, até sombrias, reflexo dos problemas que Steve Harris estava passando.

Apesar do esforço de Blaze, fica evidente que as diferenças entre ele e Bruce eram grandes, e qualquer comparação soa como covardia. Ainda assim, o disco conta com a ótima "Sign Of The cross", a caótica "Man On The Edge"e "Lord Of The Flies".

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Um disco legal, mas que evidencia um fato: Bruce Dickinson fazia falta.

"Virtual XI" (1998)

A temática sombria deu uma aliviada, e "Virtual XI" pode ser considerado um disco um pouco mais "pra cima" do que o antecessor. A primeira música, "Futureal", mostra isso, e chega a empolgar. Porém, a empolgação não dura muito tempo.

Apesar de boas músicas, como a épica "The Clansman", "When Two Worlds Collide" e "The Educated Fool", o disco fica no meio do caminho, e não decide se vai ou se volta.

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No final das contas, o álbum é até agradável, mas nada que vá mudar a vida de ninguém. Exceto a de Blaze, que após uma tour ruim, teve que passar no RH para assinar a sua demissão.

VELHA VIDA NOVA

Depois da traumática passagem de Blaze Bayley pela banda, mais uma vez o Maiden buscava um vocalista. Até que no início de 1999, uma das notícias mais chocantes da história recente da música pesada pegou muita gente desprevenida: Bruce Dickinson e Adrian Smith voltavam ao Iron Maiden.

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"Brave New World" (2000)

Agora como um sexteto, já que Janick Gers se manteve como integrante, o Iron Maiden lançou "Brave New World", um disco que colocou a banda novamente no topo.

Algumas músicas do disco já nasceram clássicas, como a empolgante "The Wicker Man" e a épica faixa título. Os anos dourados estavam de volta, mas com um pouco mais de peso e energia!

O afastamento de Bruce e Adrian parece ter feito bem, já que a banda parecia revigorada. A volta por cima se deu por conta de músicas como "Ghost Of The Navigator", a emocionante "Blood Brothers", "The Mercenary","The Fallen Angel", entre outras.

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O Iron Maiden tinha um admirável mundo novo para desbravar. E isso será assunto para a parte 3!

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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