Sarcofago
Por Allan Jones
Postado em 06 de abril de 2006
O Sárcofago surgiu no meio da década de 80. A banda era o projeto de Wagner Lamounier, que já tocara com o pessoal do Sepultura.
A primeira gravação da banda foi feita para a coletânea "Warfare Noise", que foi lançada pela Cogumelo em 85.
Um ano depois eles debutaram com álbum "I.N.R.I". A produção deixava muito a desejar para quem não era admirador do Black metal cru e sem virtuose. Já para os que curtiam tosqueira e som ensurdecedor, era uma boa pedida. Algumas músicas do disco já eram muito comentadas no meio underground, caso de "Satanic Lust" e "Black Vomit".
Os integrantes usavam pseudônimos como Antichrist, Incubus,Butcher.
A banda começou a fazer apresentações em Minas e mais tarde pelo resto do Sudeste. O fato que chamava atenção na banda, era o visual Black, no melhor estilo Kiss, com Maquiagens pesadas e roupas exóticas.
Eles demoram um tempo para soltar um novo álbum. Em 89 lançam "Rotting" e surpreendem a todos, a começar pela capa, que trazia um imagem que foi censurada em várias partes do mundo. A banda havia se tornado um trio, e tinha um novo baterista (que também não iria durar muito). "Rotting" traz a banda mais amadurecida, o visual foi deixado um pouco de lado e se concentraram mais na qualidade do som. Músicas como "Rotting" e "Sex , drinks & Metal" mostravam a força da banda que progredia a olhos vistos. Com este disco a banda que já era comentada nos EUA conquista fãs na Europa.
Como o passo seguinte tem sempre de ser maior, em 91 a banda lança o álbum que se tornaria um dos maiores clássicos do Death Metal. Em "The Laws of Scourge" voltam a ser um quarteto. Wagner acompanhado de seu fiel escudeiro, Gerald, se junta a Fábio Jhasko e Lúcio Olliver. O disco traz as canções "Midnight Queen", "Screeches from the Silence" e uma regravação de "Black Vomit" como destaques. A temática Black metal é deixada um pouco de lado durante esta fase. Com este disco o Sarcófago ganha status de grande banda, e aumenta a rivalidade com o Sepultura.
Após uma turnê na Europa, a banda começa a passar por problemas, mas ainda solta um EP chamado "Crush, Kill, Destroy". Esta canção se torna um clássico da banda. Mesmo com o vento soprando a favor, a crise na banda chega ao ápice com a saída de Fábio e Lúcio. Wagner e Gerald ao invés de arrumar novos integrantes, resolvem gravar sozinhos com a ajuda de uma bateria eletrônica e teclados arranjados por Eugênio "Dead Zone".
Em 94, eles soltam "Hate", que a crítica qualifica como um regresso, já que eles voltam a usar maquiagens monstruosas e blasfemar nas letras. A idéia dos integrantes era fazer músicas velozes, por isso a bateria eletrônica. Para não dizer que tudo estava perdido, "Orgy of Flies" e "God’s Faces" são boas músicas (que por curiosidade não foram feitas em alta velocidade).
Nesta época, o Sarcófago viveu um grande dilema, pois se eles reconquistavam o público da época de " I.N.R.I", perderiam o que eles havia conquistado em sua fase mais "light" (se assim podemos dizer).
Para tentar agradar á todos e se possível uní-los, um ano depois a Cogumelo solta uma coletânea dividida em meio a meio... metade com o Black sujo e agressivo do início de carreira, e a outra metade com o death pesado e técnico que lhes dera destaque.
Em 96, Wagner e Gerald resolvem dosar e lançam "The Worst", em que apesar de utilizar a bateria eletrônica, a idéia de alta velocidade fora abortada. Boas faixas são encontradas, como "God Bless The Whores" e "Army Of The Damned (The Prozac’s Generation)", além de mais uma regravação, desta vez da música "Satanic Lust".
Neste período, a mídia já dava apelidos à banda, coisas como "estranhos" ou "irrotuláveis".
Com a entrada do ano 2000, a banda joga mais um trabalho na praça, "Crust" (seria uma piada com o Bon Jovi?). O álbum lembra o famigerado "Hate", pois é violento e extremamente rápido. Permanecem como uma dupla, e não há indícios de que um dia possam voltar a ser uma banda.
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