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Mutantes

Por Dárcio Júnior
Fonte: Dárcio Homepage
Postado em 06 de abril de 2006

A história dos Mutantes começou quando Arnaldo foi convidado para integrar a banda Woodfaces onde já tocava guitarra seu irmão e primogênito da família Dias Baptista, Cláudio César. Como a maioria dos conjuntos dos anos 60, fizeram muitas apresentações em festinhas, tocando um pouco de tudo. Um ano depois os Woodfaces terminaram, pois alguns de seus integrantes queriam tocar Bossa Nova, o que para Arnaldo e seu amigo Rafael era praticamente uma ofensa.

Em 65 Rafael apresentou para Arnaldo duas garotas, uma se chamava Suely e a outra Rita Lee Jones. Os quatro decidiram formar junto com o baterista Pastura e o caçula da família Baptista, Serginho, a banda Six Sided Rockers.

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No ano de 1966, com o nome de Os Seis e com Mogguy no lugar de Suely, o grupo gravou pela Continental o compacto: "Suicida / Apocalipse". Após as gravações mesmo contra a vontade do grupo, a gravadora lançou o compacto que acabou sendo um fracasso, vendendo menos de 200 cópias.

No dia 15 de outubro de 66, se apresentaram no programa Pequeno Mundo de Ronnie Von, já sem Mogguy, Rafael e Pastura e com um novo nome: "Os Mutantes". Em 1967, o grupo acompanhou Gilberto Gil no 3o. Festival da Record obtendo a 2a. colocação com a música "Domingo no Parque".

Já em 68, o grupo entrou em estúdio para gravar seu primeiro LP, que acabou levando o nome da banda e que entre outras músicas trouxe duas que se tornaram clássicos no seu repertório: "Panis Et Circenses" e "Bat Macumba".

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Em janeiro de 69, os Mutantes foram convidados para tocar em Cannes na França, no famoso Midem (Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais). O segundo disco foi lançado no mesmo ano de 69, trouxe a hilariante "2001" e pérolas como "Dom Quixote e Rita Lee". Em Julho o grupo estreou o espetáculo Planeta dos Mutantes, que misturava música, colagens lisérgicas, cenas bizarras de fígados de galinha e operações de crânio (que invariavelmente levavam espectadores a sair correndo do teatro). Para terminar o ano o grupo se apresentou no 4º Festival Internacional da Canção com a música "Ando Meio Desligado".

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Na segunda quinzena de 70 os Mutantes lançaram o LP "A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado". Além da faixa título, o disco possuía outras faixas excelentes, como por exemplo, "Ave Lúcifer" e "Jogo de Calçada". Foi também a partir desse LP que o grupo contou com o reforço de Ronaldo Leme, o Dinho, na bateria. O ano terminou com o grupo fazendo shows no famoso Olímpia, na França. O conjunto aproveitou para gravar algumas faixas em estúdios franceses e também para experimentar LSD pela primeira vez.

No início de 71, foram contratados pela Globo para se apresentar no programa Som Livre Exportação. No começo foi divertido, mas logo o grupo perdeu o interesse de se apresentar no programa pois o contato com cantores de Bossa Nova, cantores da Velha Guarda e Sambistas não os agradava muito.

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O LP "Jardim Elétrico" foi lançado em março de 71 e trouxe um dos maiores sucessos da banda, a canção "Top Top", além de algumas música gravadas na França como por exemplo "Virgínia" e "El Justiciero". Foi a partir desse LP que os Mutantes contaram com o reforço do baixista e amigo Arnolpho Lima, o Liminha, pois Arnaldo passou a se dedicar apenas aos teclados. Os fãs mais ligados logo perceberam que aquela planta engraçada na capa do novo Lp nada mais era do que um pé de maconha. O ano acabou com muitas confusões para o grupo dentre quais ficaram mais famosas as do programa Flávio Cavalcanti e Hebe Camargo (onde Arnaldo quase surrou o tecladista Caçulinha, hoje no programa Domingão do Faustão).

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Em março de 72 chegou nas lojas o Lp "Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets", dessa vez a censura implicou com a música "Cabeludo Patriota" e fez com que os Mutantes trocassem seu nome e letra. O disco trouxe também o maior sucesso de toda a carreira do grupo, a música "Balada do Louco". No dia 19 de setembro do mesmo ano a banda lançou o Lp "Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida" (considerado o seu "Sgt Peppers"). Na verdade o disco foi gravado como o segundo solo de Rita, mas como todos os Mutantes tocaram e compuseram as músicas o disco ficou conhecido como sendo dos Mutantes.

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Em 72 participaram do seu último festival, o 7º Festival Internacional da Canção, com a música: "Mande Um Abraço Pra Velha". No final do ano o grupo recebeu sua pior notícia: Rita anunciou que estava deixando o grupo, pois, Arnaldo disse que não havia mais lugar para ela. Sérgio tentou impedir e disse que os outros sairiam com ela, afinal quem Arnaldo pensava que era? Deus? Mesmo assim Rita decidiu seguir seu próprio caminho, pois bem sabia que com seu carisma Arnaldo conseguiria convencer os outros a ficar, o que realmente aconteceu.

O ano de 73 começou muito bem para o grupo, que estreava em São Paulo o show "Mutantes com 2000 Watts de Som", o que não era nenhum exagero pois realmente o público recebeu nos ouvidos 2000 Watts de som, potência na época só comparável à do Pink Floyd. Com esse pique todo eles entraram no estúdio para gravar aquele que seria o 6º Lp da banda, com o nome de "O A e o Z". Quando as gravações acabaram, porém, a gravadora decidiu não lançar o disco, alegando que ele era anti-comercial, pois nenhuma das seis faixas tinham menos que sete minutos de duração, e os Mutantes pareciam estar fazendo música apenas para pessoas que como eles eram viciadas em LSD. A banda foi dispensada.

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Os ensaios continuaram na Cantareira, porém Arnaldo começou a mostrar que não tinha estrutura psíquica para suportar tantas drogas e passou a ficar cada vez mais perturbado. Alguns dias depois, durante um show, ficou apenas brincando com as letras do seu nome e quando Sérgio e Liminha foram tomar satisfações Arnaldo irritado disse que estava saindo do grupo. Já tinha saído da sala quando Sérgio, Liminha e Dinho começaram a chorar, pois sentiram que pela primeira vez, o futuro da banda estava ameaçado.

Superado o choque inicial da saída de Arnaldo, seu irmão decidiu chamar para substituí-lo, Manito (ex-Incríveis), que chegou a fazer alguns shows com a banda, mas por mais brilhante que fosse como instrumentista, não tinha o humor e as idéias de Arnaldo. Algumas semanas depois o próprio Manito decidiu amigavelmente deixar o grupo.

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Para substituí-lo foi chamado Túlio Mourão, que tocava na banda "Veludo Elétrico". Os ensaios com Túlio mal haviam começado quando Dinho reclamando de problemas físicos com a mão direita decidiu largar a banda. Túlio indicou o baterista carioca Rui Mota também ex-Veludo Elétrico.

No início de 74, o grupo decidiu se mudar para Petrópolis e assinaram um contrato com a Som Livre. A maior parte do material já estava composto para o novo LP, quando Liminha e Sérgio tiveram uma forte discussão e o baixista decidiu sair também. Sérgio se viu sozinho com parceiros que mal conhecia. O jeito foi chamar Antônio Pedro de Medeiros outro ex-Veludo Elétrico.

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Em novembro de 74 lançaram o Lp "Tudo Foi Feito Pelo Sol", que seguia a linha progressiva do engavetado "O A e o Z". As sete faixas foram gravadas sem play-back. Com exceção feita a Túlio, que resolveu gravar seus teclados sóbrio, todos os outros tocaram sobre efeito de ácido.

No início de 76, novas turbulências afetaram a banda. Além dos dois empresários terem sumido com a grana da turnê, bate-bocas internos culminaram com as saídas de Túlio e Antônio Pedro de Medeiros. Para seus lugares foram chamados respectivamente Luciano Alves (ex-Flor de Lotus e Veludo Elétrico) e Paul de Castro (ex-Veludo Elétrico). Paul na verdade, era um guitarrista improvisado no baixo.

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Em agosto de 76, deram início a vários shows no Museu da Arte Moderna no Rio de Janeiro, e foi tirado desses shows material para um novo Lp, dessa vez ao vivo. A banda ao ouvir as fitas ficou arrasada e entregou tudo nas mãos do produtor Peninha Schmidt. Peninha reduziu o show de quase duas horas para apenas quarenta minutos, desprezando assim vários solos e longas passagens instrumentais. A audição da fita quase acabou em briga. Mesmo criticando o trabalho de edição, a banda decidiu lançar o LP daquele jeito. Acabou sendo um fracasso de vendas, o que ajudou a baixar ainda mais o astral do grupo.

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Em 77 os Mutantes embarcaram para fazer alguns shows em Milão, na Itália, a convite de um antigo amigo da banda. Às vésperas do show, o tecladista Luciano Alves discutiu com Sérgio, pois queria tocar algumas músicas mais brasileiras como por exemplo: "Fé Cega Faca Amolada" de Milton Nascimento. Sérgio, roqueiro inabalável, recebeu aquilo como uma blasfêmia, e o líder dos Mutantes sentiu que o fim do grupo estava novamente próximo.

Ainda na Itália, para piorar a situação, os Mutantes foram convidados pelo produtor italiano Flávio Carraresi para gravar algumas faixas em estúdio. Ao chegarem lá, o produtor disse que gostaria que os Mutantes gravassem "Disco Music", com direito a mulatas (a imprensa italiana havia criticado o show por faltar algo mais brasileiro). Ao escutar aquilo os rapazes correram como o diabo correria da cruz.

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Ao retornarem para o Brasil, Paul de Castro anunciou que estava saindo devido ao baixo astral e constantes discussões entre os membros do conjunto. Mesmo assim, Sérgio tentou chamar pela última vez Arnaldo, mas encontrou seu irmão ainda mais perturbado e depressivo.

Sete meses se passaram até o retorno dos Mutantes aos palcos. Dessa vez foi no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo, em maio de 1978. O grupo voltou a ser um quinteto com a entrada de Fernando Gama (ex-Veludo Elétrico) e de sua mulher Betina, (que Sérgio cismava que poderia ser cantora, apesar desta nunca ter cantado fora do chuveiro).

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Sérgio tentou resgatar a velha fórmula dos Mutantes com o retorno de duas velhas canções do grupo, "Ando Meio Desligado" e "Panis Et Circenses", além, é claro de uma voz feminina na banda, Betina (que por sinal teve uma estréia nada animadora).

Mesmo sem entrosamento e nenhuma vontade o grupo se apresentou em Ribeirão Preto para apenas 200 pessoas. Ao final do show a sensação de decadência era evidente, isso devido ao não entrosamento dos músicos, às letras fracas e faixas mesmo sem título.

No dia 6 de julho de 78, o grupo fez na mesma Ribeirão Preto seu último e fraco show, depois do qual Sérgio compreendeu que aqueles não eram mais os Mutantes e que a bomba Mutante não poderia, e nem iria mais explodir. Sendo assim decretou o fim da Banda.

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Em 92, vários jornais de todo o Brasil, noticiaram uma verdadeira bomba: Os Mutantes iriam tocar juntos novamente. Na verdade, Rita havia convidados os ex-parceiros para uma canja em seu show, que aconteceria no dia seguinte. No fim, a excitada platéia presente ao show, acabou presenciando apenas parte do que ela esperava. Muito bate-boca, cenas de ciúme e rancores desenterrados nos bastidores impediram que a reunião se concretizasse. Quando Sérgio Dias subiu ao palco para tocar com Rita, a platéia gritou insistentemente o nome de Arnaldo. Ele porém já havia deixado o Palace há muito tempo. Ainda não foi dessa vez que o país conseguiu ver o maior grupo do rock nacional junto novamente.

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Para julho de 1999, a gravadora Universal havia prometido finalmente lançar o cd "Tecnicolor". Um álbum que capta o grupo no auge de sua primeira fase e que foi gravado em 1970, durante a temporada da banda no Olympia, em Paris. O disco é recheado de versões para o inglês, de sucessos da banda ("Bat Macumba", "Maria Fulô", etc) e de algumas canções que foram aproveitadas mais tarde para o álbum "Jardim Elétrico" ("Virgínia", "El Justiciero", etc). Infelizmente a gravadora, por motivos não conhecidos, cancelou o lançamento. Em abril do ano 2000 finalmente a gravadora lançou o tão esperado cd inédito "Tecnicolor".

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Por Sérgio Dias

"A situação inicial coincide com a experiência de três garotos que tinham os ingredientes necessários para formar uma vanguarda que viria a se chamar Mutantes. A mágica aconteceu porque combinaram criatividade, técnica e alegria. Onde começava uma coisa e terminava outra, não dá pra dizer. Tem mais a ver com sentir. Loucos e lúcidos também. Transgrediam o estabelecimento, porque estavam em constante movimentação e mutação. Experimentavam o tempo todo e, por isso criavam, inventavam. Riam de coisas que para alguns eram sérias e, tratavam como sérias, outras de que outros riam. Antenados com o universo, diziam não, que implicava sim a valores diferentes. Acabaram virando mito e consequentemente atemporal. Os acontecimentos se situam no passado e são presentes numa realidade unitária do tempo. Sempre preocupados com a qualidade da música, o sucesso seria consequência. Para se tornar mito são necessários quatro elementos: o querer, o poder, o saber e a mágica. Eles queriam e sabiam fazer boa música. Surrealistas, gênios, loucos, irreverentes sim. Comuns, nunca.

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Em 1977 ou 78, não me lembro bem, eu determinei o término de um ciclo, determinei a parada de minha banda, que me alimentou por tanto tempo a alma e o espírito. Tinha percebido então a mudança de fatores básicos nas atitudes daquela geração de pessoas que se haviam ligado a uma idéia mas que não estavam preparados para seguir o ideal.

Mutantes então fechou suas portas e creio que foi um presságio do que estava vindo pela frente em termos de arte e cultura no Brasil e no Mundo. Desde então tenho visto a vida de pessoas se distanciarem de seus próprios ideais e se corromperem em nome da sobrevivência, eu paro e penso o que teriam feito Einstein, Hendrix, Thomas Jefferson, Da Vinci e tantos outros que provaram que seus ideais talvez no fim os levassem a situações difíceis e penosas mas, o seu fruto sempre foi e será eterno.

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Todos sempre me perguntam porque não reabrir as portas, "fariam mundos de dinheiro" etc... Creio que se o momento chegasse, se as pessoas certas aparecessem, se eu sentisse a energia do ar e na pele, seria o primeiro a pegar as armas e ir à luta. No entanto, enquanto perdurar esse ciclo de trevas e perda de conhecimento sócio-espírito-cultural, devemos nos guardar e deixar a espada na bainha e esperar o rítmo trazer a mágica.

Enquanto isso, vamos deixar como excalibur, o mito, a lenda repousar pois as sementes não foram em vão, elas aguardam em hibernação pela chuva, pois sei o quão fértil era o solo em que as plantamos, pois as plantamos bem fundo nos seus corações e almas e, dali, difícil será retirá-las, e talvez, quando a saudade e o vazio se fizerem insuportáveis e o silêncio for ensurdecedor, talvez a nossa música possa ressurgir e adocicar os nossos ouvidos e suavizar nossas almas, até então eu aguardo, aguardemos ..."

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