Vandenberg's Moonkings: emulando a sonoridade clássica do Whitesnake
Resenha - MK II - Vandenberg's Moonkings
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 03 de julho de 2019
O guitarrista sueco Adrian Vandenberg tocou no Whitesnake entre 1985 e 1997, período no qual participou dos discos "Whitesnake" (1987), "Slip of the Tongue" (1989) e "Restless Heart" (1997), além do ao vivo "Live at Donington 1990" (2011) e do acústico "Starkers in Tokyo" (1998). Ou seja, Vandenberg esteve na época de maior sucesso da banda de David Coverdale, quando o Whitesnake emplacou sucessos planetários como "Is This Love", "Still on the Night" e "Give Me All Your Love".
A parceria com Coverdale foi o ponto mais alto da carreira de Adrian, e o próprio músico ratifica isso com o seu novo projeto, o Vandenberg’s Moonking. A banda foi criada em 2013 e lançou dois álbuns - a estreia auto-intitulada (2014) e "MK II" (2017), além do acústico "Rugged and Unplugged" (2018). "MK II" ganhou edição nacional pela Hellion Records.
Quando eu digo que o próprio Adrian Vandenberg sabe que o ápice de sua trajetória foi ao lado de David Coverdale me refiro, não necessariamente de uma maneira elogiosa, ao que ele está fazendo no Vandenberg’s Moonkings. O grupo é praticamente uma banda cover do Whitesnake, porém com canções originais que replicam os elementos da sonoridade que levou a Cobra Branca ao estrelato mundial. O vocalista Jan Hoving possui um timbre muito semelhante ao de Coverdale, intensificando ainda mais essa sensação.
O problema é que Vandenberg nunca foi um Mick Moody, um Bernie Marsden, um John Sykes, e isso acaba sendo um fator determinante, pois apesar de não negar a influência (ou melhor dizendo, a sombra) do Whitesnake, o Vandenberg’s Moonkings não consegue chegar ao nível da banda de ex-vocalista do Deep Purple. As doze faixas de "MK II" apresentam sempre elementos que remetem à sonoridade clássica de "Slide It In" (1984) e "Whitesnake" (1987), mas o trabalho de composição é bastante inferior, resultando em um disco que acaba tendo força para agradar apenas os fãs mais fanáticos e os colecionadores mais completistas, que querem possuir tudo que possui associação com o Whitesnake.
Isoladamente, as canções de "MK II" até funcionam. Se você ouvi-las no meio de uma playlist ou encaixadas em um bloco de uma rádio, elas passam sem problemas. Porém, o conjunto completo soa cansativo. Também não curti muito a produção, que me pareceu carecer de espectros mais graves e que preencheriam melhor as músicas.
Entre as faixas, destaque para "Tightrope", "All or Nothing" e "Hard Way".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
A banda que mais pode repetir sucesso do Iron Maiden, segundo Steve Harris
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
A curiosa história por trás de uma das frases mais ofensivas da carreira do Slayer
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
Cinco clássicos dos anos 90 que ganharam versões heavy metal
O compositor que Paul McCartney admite jamais conseguir igualar: "Eu o invejo"


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


