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Poison: Country é a mesma coisa que Rock

Por Vitor Rangel
Fonte: Charlotte Observer
Postado em 23 de agosto de 2006

Courtney Devores do The Charlotte Observer recentemente entrevistou o líder do POISON, Bret Michaels. Alguns trechos da entrevista seguem abaixo:

The Charlotte Observer: O que você achou do C.C. fazendo o "The Surreal Life" (Nota: Reality Show exibido pela Warner americana) nesta primavera?

Bret: Não existe nenhuma pessoa que eu conheça mais surreal do que C.C. Sabe aquelas pessoas que conseguem ligar e desligar a sua maluquice? O modo de como ele viaja é real, o que faz eu amar ele.

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The Charlotte Observer: Quais são as suas melhores lembranças dos 20 anos de Poison?

Bret: Eu me lembro do meu primeiro show abrindo pro RATT e CHEAP TRICK. A única vez que eu estaria numa arena era comprando um ingresso e sentando na seção "ZZ". Estou feliz por esse sentimento ter continuado comigo pois eu jurei para mim mesmo que eu não queria me tornar um velho e amargo. Me lembro de me preparar para subir ao palco com Steven Tyler e Paul Stanley, isso foi durante o "Look What the Cat Dragged In". Eu estava apenas sendo legal e pensando: "Se esse cara soubesse quantos álbuns do KISS eu tenho."

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The Charlotte Observer: Você já participou de filmes e programas na televisão e alguns álbuns solo de country, o que é surpresa para um roqueiro.

Bret: Eu faço o que eu gosto de fazer. Atuar e dirigir filmes é muita diversão. A música country é a mesma coisa que rock, eu cresci ouvindo country. Obviamente você pode escutar isso em "I Won’t Forget You, "Every Rose" e "Something to Believe In". Eu escuto aos dois. Depois que eu parei de escutar FOO FIGHTERS e ZEPPELIN, comecei a escutar TOBY KEITH e KENNY CHESNEY.

The Charlotte Observer: Como foi julgar os competidores de "Nashville Star"? (Nota: outro Reality Show, onde Bret atuou como jurado na escolha de um dos participantes que atuam interpretando canções country)

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Bret: Eu disse pra eles que eu seria péssimo no julgamento, pois eu quero ajudá-los. Eu acho que todos possuem um potencial. Eu era aquele garoto. Eu não ia fazer o Pavarotti se aposentar. Ter críticas construtivas me ajudou.

The Charlotte Observer: Como você compara isso com o "American Idol"? (Nota: outro Reality Show, muito famoso nos EUA e que teria inspirado o "Nashville Star")

Bret: Eu dou crédito a Simon (Nota: diretor do programa). Ele apenas diz como tem que ser. A única coisa que eu vou dizer sobre músicos de música country é que todos eles podem tocar, cantar e compor. Você dá a eles algum instrumento e eles irão tocar. Você passa pelo backstage no "Nashville Star" e escuta as pessoas cantando e tocando. Eles não ganharam um campeonato de karaokê. "American Idol" possui um grande show porque eles sabem como entreter. Carrie Underwood fez um grande trabalho. Bo Bive foi incrível, rock do sul, o que eu amo. Eles fizeram que acontecesse. Pelo menos é música, não são apenas um monte de MILLI VANILLIS (Nota: alusão a grupo pop que ficou famoso depois que se descobriu que os vocalistas não cantavam de fato, apenas dublavam o que cantores "de verdade" gravavam no estúdio).

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Sobre Vitor Rangel

Um carioca apaixonado pela boa música que no momento está cursando o 5º período de Publicidade na PUC-Rio. Teve seu primeiro contato com o rock ainda na infância, quando sua irmã colocava os discos de Iron Maiden e Pantera no toca-fitas de sua casa. Nos últimos anos, tem se dedicado inteiramente à música e à guitarra. Sua banda favorita é Metallica e também é fã incondicional de Zakk Wylde, Steve Vai e John Petrucci. Escuta de tudo um pouco, desde Madonna até Sepultura. Espera que um dia o Metallica ainda venha fazer um show no Brasil e não tem vergonha em dizer que chorou no show do Black Sabbath, em 2004, no Ozzfest.
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