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Deus Otiosus: entrevista com Henrik Engkjaer no Arte Metal

Por Vitor Franceschini
Fonte: Blog Arte Metal
Postado em 09 de outubro de 2011

Ainda desconhecida do público brasileiro o Deus Otiosus é o tipo de banda que não pensa em inovação, mas sim fazer boa música, com fórmulas já criadas, acrescentando a isso suas próprias características. Formado por Anders Bo Rasmussen (vocais), Henrik Engkjaer e Peter Engkjaer (guitarras), Jesper Holst (baixo) e Soren Bentsen (bateria) a banda divulga seu primeiro trabalho oficial Murderer, com toda essência que o Death Metal pede. Falamos com o guitarrista Henrik Engkjaer sobre o trabalho e outra curiosidades desta promissora banda.

Conte-nos um pouco mais sobre a trajetória da banda até lançamento de Murderer?

Henrik Engkjær: Claro, Anders Rasmussen Bo (vocal) e eu formamos o Deus Otiosus em 2005 como projeto. Em 2007, lançamos uma demo chamada "Death Lives Again" com Lars Groth do Crucifix como baterista convidado. Em 2009, reunimos uma linha completa quando Peter Engkjær (guitarra), Søren Bentsen (bateria) e Jens Nepper (baixo) se juntou à banda. Em Dezembro do mesmo ano, gravamos "Murderer" que foi lançado em agosto de 2010 pela American Line e março de 2011 pelo FDA Rekotz. Em 2010, Jesper Holst também substituiu Jens Nepper no baixo, e atualmente estamos trabalhando em músicas para nosso segundo álbum.

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Fale-nos sobre o significado do nome da banda. Você sabia que no Brasil, a palavra ‘Deus’ tem um forte significado tanto religioso (significa uma divindade suprema), quanto espiritual?

Henrik: Sim, conhecemos a palavra em latim que também é Deus e sabemos que o português deriva do latim ou algo parecido. Deus Otiosus significa ‘deuses retirados’ e isso abrange a nossa área de significado: O que se passa entre um homem órfão abaixo de um céu sem Deus.

Como é o processo de composição da banda? Como foi compor Murderer?

Henrik: Normalmente eu escrevo a música e as letras em casa, a gravação de uma versão tosca da música e depois as envio para os outros integrantes. Então ensaiamos e organizamos a música até ela ficar como queremos.

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Murderer é um autêntico álbum de Death Metal, com algumas influências como Six Feet Under e Cannibal Corpse, mas com características próprias da banda. Quais são as maiores influências da banda?

Henrik: Obrigado! Nunca escutei muito Six Feet Under ou Cannibal Corpse, mas fico contente por nos comparar com diferentes influências, presumo que com isso nossas composições não soam parecidas entre elas. Não sei exatamente quais são minhas influências depois de 20 anos ouvindo Metal. Todas as bandas clássicas do Metal. De Black Sabbath a Morbid Angel, de Judas Priest a Mayhem, Slayer e Deicide a Absu e tudo mais. Se a pessoa não quer simplesmente copiar o que outros já fizeram, é aconselhável buscar inspiração em bandas de muito longe com um próprio som, pelo menos em partes.

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Apesar de ser Death Metal, o som praticado por vocês não prioriza apenas velocidade e brutalidade, mas também certa cadência e melodia que se encaixaram perfeitamente ao som de vocês. Você concorda?

Henrik: Sim! Completamente de acordo. Existem muitos álbuns que priorizam somente velocidade, brutalidade e técnica, soando culto, mal ou o que for. Há apenas uma coisa que um álbum deve ser em minha opinião: boa música. Bandas que se envolvem em competições para ver quais são as mais velozes muitas vezes fogem do ponto central da coisa.

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O que vocês procuram passar em suas letras?

Henrik: Nossas letras são sobre tudo e qualquer coisa em um mundo sem Deus. Em outras palavras, elas podem ser sobre qualquer lado sinistro do mundo e às vezes até em conjunto com fenômenos sobrenaturais.

Vocês não são muito conhecidos do publico brasileiro, mas fazem um som que agradará facilmente por aqui. O que vocês conhecem sobre o Metal brasileiro?

Henrik: Obrigado. Espero que os ouvidos dos brasileiros do Metal se abram para a nossa música. Do Brasil é claro que eu sei todas as coisas clássicas da Cogumelo entre outras coisas. Sepultura, Sarcófago, Sextrash, Mystifier, etc. De outras bandas não tão antigas lembro-me de Krisiun, Raebellion, Violator e Sodomizer. Há provavelmente algumas mais bandas também. Na verdade o Brasil é muito ‘cool’, uma cena clássica do Metal. Eu acredito que o Metal ainda é forte em seu país, certo?

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Aliás, como está a cena na Dinamarca?

Henrik: Oh, bem. Não muito a dizer sobre isso. Temos os clássicos como Mercyful Fate, King Diamond e Artillery, mas, desde então, a cena na Dinamarca talvez não tenha sido noticiada corretament. Eu acho que a qualidade musical tem melhorado ultimamente, e você deve definitivamente verificar bandas como Strychnos ou Undergang.

Como tem sido a repercussão de Muderer, tanto por parte do público quanto por parte da crítica?

Henrik: Tem havido muito feedback positivo dos fãs e da imprensa, o que é ótimo. Mas o que foi dito, eu ainda acho que muitas pessoas não nos ouviram ainda, então ainda há um longo caminho a percorrer!

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Quais os objetivos do Deus Otiosus?

Henrik: Escrever, gravar e lançar boa música. Isso é tudo realmente. Nós vamos fazer o melhor do Death Metal que nos for possível.

Podem deixar uma mensagem.

Henrik: Muito obrigado a você pelo seu interesse e apoio à banda. Vamos certamente mantê-lo atualizado sobre o que fazemos. Até então, se alguém não ouviu o nosso álbum, "Murderer", vá ouvi-lo!

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Sobre Vitor Franceschini

Jornalista graduado tem como principal base escrever sobre Rock e Metal, sua grande paixão. Ex-editor do finado Goredeath Zine, atual comandante do blog Arte Metal, além de colaborador de diversos veículos do underground.
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