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Communic: a resposta européia ao Nevermore?

Por Rafael Carnovale
Fonte: Mundo Rock
Postado em 08 de fevereiro de 2007

Entrevista concedida originalmente ao
portal Mundo Rock.

O Communic iniciou atividades em 2003, com um death metal com pitadas heavy que remete ao Nevermore, já sendo taxado por muitos como a resposta européia a banda norte-americana. "Waves Of Visual Decay" é seu segundo CD, e foi lançado no Brasil via Nuclear Blast. Conversamos com o líder, vocal e guitarrista da banda Oddleif Stensland, para sabermos mais sobre essa banda que vem sendo muito falada na Europa.

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Mundo Rock – O que você pensa quando dizem que o Communic é a resposta européia ao Nevermore?

Oddleif Stensland – Bom... é algo que tenho ouvido constantemente. Acho que existe sim uma comparação entre as duas bandas, e não é algo ruim, porque o Nevermore é uma grande banda e lançou grandes discos. Mas nosso som é sim diferente do deles. Considero-os como influência, mas não como a maior. Seriam os vocais? (risos). Se for esse fator não posso fazer nada, nem mudar meu jeito de cantar. Eu entendo, mas não seria a nossa maior inspiração.

Mundo Rock – Fale um pouco do começo da banda, os primeiros anos...

Oddleif Stensland - Nos juntamos em 2003. Éramos um bando de jovens querendo tocar nossas músicas para nos divertirmos. Tínhamos outro baterista na época, mas ele não se adaptou ao que queríamos e acabamos nos juntando a Erik (Mortesen). Alguns meses depois entramos no estúdio e compusemos algumas canções, para uma demo. Em um ano as coisas foram acontecendo, assinamos com a Nuclear Blast e lançamos nosso primeiro CD ("Conspiracy In Mind").

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Mundo Rock – Uma de minhas favoritas em "Conspiracy In Mind" (primeiro CD) é "The Distance". Em 8 minutos podemos escutar melodia, heavy metal, gótico, com um bom resultado. Como vocês se desdobram para ter tantas músicas de longa duração?

Oddleif Stensland - Não é algo planejado. É o ritmo que acabamos desenvolvendo. Eu sou o que mais escreve, e geralmente já chego com 4 ou 5 minutos de música. Quando levamos os rascunhos para ensaiar, cada integrante dá idéias, pitadas, trechos, letras... e várias delas acabamos usando nas músicas. Só paramos quando achamos que a música está completa, e isso acontece quando a tocamos por completo com satisfação como músicos. Se algo interessante e novo aparecer iremos colocar na música, independente da duração que a mesma tenha. Penso em fazermos algo mais direto no próximo CD, mas ainda não estou certo.

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Mundo Rock – Não lhe surpreende quando a música está finalizada e você vê que ela ficou com tanto tempo de duração?

Oddleif Stensland - Com certeza. Algumas vezes viajamos legal e quando voltamos ao normal pensamos "PORRA! Eu fiz tudo isso?" (risos).

Mundo Rock – Em alguns momentos como em "Ocean Bed" noto algumas pitadas do In Flames. Você concorda quando chamam sua banda de um grupo de "melodic death metal"?

Oddleif Stensland - Bom... a Nuclear Blast tem investido bastante em bandas com uma sonoridade moderna. É meio complicado rotular música ou bandas, contudo acho que não rola uma comparação com o In Flames, até porque eles hoje são bem diferentes do que eram anos atrás. Nosso baterista adora a banda. Acho que se a música funciona e se você se sente bem ao tocá-la o rótulo é dispensável.

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Mundo Rock – A versão européia de "Conspiracy In Mind" vem com uma versão ao piano de "The Distance", chamada de "Another Distance". Como surgiu essa música?

Oddleif Stensland - É o caso daquela "jam" que você faz no tempo livre que ficou tão legal que vale a pena entrar no CD, seja ao piano, acústica ou progressiva. No fundo é a mesma "The Distance", só que um pouco mais introspectiva. Ficou bem legal.

Mundo Rock – Boas músicas têm surgido dessas "jams" descompromissadas...

Oddleif Stensland - YEAH! (Emplogado). É algo divertido de fazer. Gostaríamos de poder ter mais tempo para tocar sem pressa ou sem tempo cronometrado. Além de nos divertirmos muito, as idéias vão surgindo de tal maneira que o resultado é sensacional.

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Mundo Rock – Em 2005 vocês fizeram aparições em festivais como o Rockhard Festival e ainda excursionaram com o Graveworm. Como foi a resposta do público?

Oddleif Stensland - Por ser nossa primeira turnê o resultado foi bem positivo. Mas vale dizer que não estávamos diante do que considero nosso público ideal. O Graveworm é uma grande banda mas encaramos uma galera mais extrema logo no começo. De qualquer maneira acho que gostaram de nós, e isso vai nos ajudar a fazer um giro mais extenso em 2007, com mais datas na Europa, locais melhores para tocarmos, e já sendo uma banda bem mais conhecida.

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Mundo Rock – "Waves Of Visual Decay" foi lançado em 2006 e é bem mais agressivo do que seu predecessor. Seria este o grande diferencial entre os dois álbuns?

Oddleif Stensland - Com certeza! As turnês nos deram um "feedback" sensacional de como soar mais heavy, e isso foi passado para o CD, pois queremos ser uma banda heavy metal. Procuramos captar a energia de nossos ensaios para o CD, o que considero um passo natural em nossa trajetória. Além do que pudemos contar com uma produção bem melhor.

Mundo Rock – E de fato "Frozen Asleep At The Park" e "Watching It All Disappear" refletem esse lado mais heavy. Os shows tiveram sua contribuição...

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Oddleif Stensland - (Interrompendo) YEAH! Cada vez mais me convenço que o CD tem que soar como a banda é ao vivo, com toda sua energia e agressividade. Não é algo muito fácil, já que no estúdio temos que trabalhar pedaço a pedaço em cada música, construindo-as aos poucos, mas tentamos ao máximo. As músicas que você citou são mais pesadas mesmo, até porque elas refletem algumas experiências pessoais que vivemos.

Mundo Rock – Curiosamente a faixa título é mais lenta. Em alguns momentos vejo o Communic flertando com o prog-metal. Alguma banda de progressive-rock/metal é influência para vocês?

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Oddleif Stensland - CLARO! (Empolgado). Adoro o rock progressivo dos anos 70. É difícil dizer, mas bandas como o Rush antigo me influenciaram muito. Eu gosto das viagens e das atmosferas, me sinto bem com isso. Nosso baixista também ama o rock progressivo.

Mundo Rock – Vocês chegaram a tocar com o Scar Symmetry, uma banda que também pode ser comparada ao Communic. O que você acha deles?

Oddleif Stensland - Não concordo com a comparação. Mas somos bons amigos, gravamos pelo mesmo selo. Em alguns momentos bebemos das mesmas fontes, mas creio que fica só nisso, não somos bandas de estilos parecidos.

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Mundo Rock – Vou entrevistá-los em breve e penso em fazer a mesma pergunta!

Oddleif Stensland - Manda brasa! (risos) Seria curioso ver o que eles acham. Me mande o "link" por favor.

Mundo Rock – E como foi a reação do público nos festivais em que vocês tocaram ano passado? Um amigo meu viu o Earthshaker e me contou que vocês impressionaram muita gente.

Oddleif Stensland - Foi muito legal, mas é estranho acordar as 10 da manhã para tocar ao meio-dia e ainda ser a segunda banda de mais de 10 que irão tocar (risos). De qualquer maneira foi divertido, e pudemos tocar num palco grande para muita gente. Espero poder repetir a dose este ano.

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Mundo Rock – E o que podemos esperar para 2007?

Oddleif Stensland - Shows e quem sabe um novo CD. Estamos sempre compondo e esperamos fazer uma boa turnê durante a primeira metade do ano. Depois iremos trabalhar em estúdio e creio que no final de 2007 ou começo de 2008 já tenhamos um CD pronto. Mas tudo depende da turnê que fizermos.

Mundo Rock – Oddleif, obrigado pela entrevista. Espero ver o Communic tocando no Brasil em breve!

Oddleif Stensland - Compartilho de sua opinião! (risos) Obrigado pelo espaço e espero que algum promotor se interesse em nos levar para o Brasil. Cara... vejo tantas imagens daí que quero ir aí, ME LEVEM PARA CONHECER O RIO DE JANEIRO! (risos)

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Site Oficial: http://www.communic.org

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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