Poppy - Uma psicodelia de gêneros no primeiro show solo da artista no Brasil
Resenha - Poppy (Cine Joia, São Paulo, 06/10/2025)
Por Diego Camara
Postado em 20 de novembro de 2025
Um espetáculo de elementos destoantes que produzem, ainda, um conjunto conciso e bastante firme nos seus ideais. Esse é um resumo válido para a apresentação da vocalista Poppy, uma das figuras mais excêntricas da música atual, em seu primeiro show solo em terras brasileiras para um Cine Joia lotado por um público já cativo e apaixonado pela vocalista.
Quem teve o prazer de chegar cedo e ver a apresentação no Knotfest do ano passado, já sabia o que esperar do show da vocalista, e a grande surpresa foi, após os anúncios para a abertura dos shows do Linkin Park, a novidade que haveria um show solo na cidade de São Paulo. Perto das 21h, muita gente ainda estava na entrada do Cine Joia para adentrar a casa, quando o público já enchia todo o espaço da pista.

O show começou no horário, e o público apaixonado cantou com muita vontade "have you had enough?", que abriu a apresentação. Muito bate cabeça para uma música forte de elementos eletrônicos, balanceados pela voz firme da vocalista, que corta os gêneros musicais com um trabalho firme, em especial com guturais excelentes e muito poderosos.
A qualidade do Cine Joia e o estilo excêntrico da casa - um antigo cinema - ainda elevam mais o sentido de um show fora de lugar. A apresentação continua com "BLOODMONEY", que animou muito os fãs, fazendo os fãs cantarem muito junto a pegada firme eletrônica do refrão. No final, a música ainda é coroada com um solo de guitarra incrível, que contrasta muito com a performance mistureba da música.
Completando a tríade de início veio "V.A.N", incrível performance da vocalista com um vocal extremamente potente. A pegada forte do metal moderno contrasta com uma voz angelical que vai da paz a violência, levantando muito o público e chamando os fãs para baterem cabeça com muita vontade.
A performance de "Anything Like Me" foi muito legal, com o público cantando muito junto e puxando a música a outro patamar, quebrando o tom mais monótono dessa música, sem grandes variações das antecessoras. "crystallized" vem logo depois, trazendo muita batida, um playback que puxa o início e um público muito afiado nessa obra de arte dançante da vocalista.
Em seguida, a performance visceral de Poppy na música "from me to u" é uma das grandes surpresas do show. A força instrumental da música devolve o peso ao show, e Poppy complementa isso com excelência. A música é seguida por "the center's falling out", uma ode ao heavy metal, com uma pegada muito rápida e vocais viscerais que nos levam ao melhor do thrash metal.
A guerra vira paz com "Scary Mask", que marca essa contrariedade do show, que vai do caos até a ordem em questão de segundos, para o encanto do público. Os fãs cantam muito a seguinte, "I Disagree", puxados pela performance fantástica de Poppy, que canta muito e encanta a todo tempo.
O show foi caminhando para o final, e ganhando características psicodélicas com "Concrete", música cheia de variações inusitadas que coadunam muito o estilo insano de Poppy. Fechando o show, "surviving on defiance" traz toda a emoção ao voltar o show para sua estaca inicial.
A volta é uma pancada, com "they're all around us", uma das músicas mais pesadas do show, puxada pelos vocais guturais e gritados de Poppy, outro convite para bater cabeça e produzir violência na pista. Decretando o fim do show, com pouco mais de uma hora de duração, veio "new way out", maior sucesso da vocalista: o público canta demais aqui, curtindo os últimos minutos do show como se não houvesse amanhã.
Setlist:
have you had enough?
BLOODMONEY
V.A.N (música do Bad Omens)
the cost of giving up
Anything Like Me
crystallized
from me to u (música da BABYMETAL)
the center's falling out
Scary Mask
I Disagree
Bite Your Teeth
Concrete
surviving on defiance
Bis
they're all around us
new way out
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