Monsters of Rock: o festival voltou com tudo e em ótimo estilo

Já são quase 30 anos que o Monsters of Rock é uma das grandes estrelas do gênero na agenda dos festivais do Brasil. Depois de idas e vindas, hiatos e mudanças, o Monsters voltou em 2023 em um formato um pouco menor, de dia único, palco único e estádio. Uma coisa porém não mudou: a quantidade de estrelas internacionais e o ânimo do público, que esgotou todos os ingressos para o Allianz Parque. Veja abaixo os principais detalhes do festival, com as imagens de Fernando Yokota.

DORO

Escolhida para o insólito horário antes do almoço para abrir o festival, a vocalista Doro encontrou um público bastante pequeno quando subiu ao palco às 11h30m quando subiu ao palco do Allianz Parque. Depois de quase 10 anos longe das terras brasileiras, a vocalista trouxe ao palco do Monsters um setlist curto, composto em sua maioria de músicas da banda WARLOCK, com quem tocou durante a década de 80. Um belo show e homenagem a vocalista, esperamos ver ela no próximo ano para uma turnê própria, onde terá a chance de mostrar melhor o seu repertório.

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Setlist Doro:

I Rule the Ruins (música do Warlock)
Earthshaker Rock (música do Warlock)
Burning the Witches (música do Warlock)
Fight for Rock (música do Warlock)
Raise Your Fist in the Air
Metal Racer (música do Warlock)
Hellbound (música do Warlock)
Revenge
All We Are (música do Warlock)
All for Metal

SYMPHONY X

Também muito pouca gente viu o show do Symphony X, que tocou pouco após o meio dia. Um público pequeno e poucos fãs da banda testemunharam uma boa apresentação, que pareceu um resumo do show que a banda trouxe ao Brasil no ano passado. A apresentação foi boa, sem grandes destaques, que mostrou a excelente capacidade técnica do SX, algo já bem conhecido dos fãs do estilo progressivo da banda, bastante rápido e cheio de orquestrações e do uso dos teclados.

Setlist Symphony X:
Nevermore
Serpent's Kiss
Sea of Lies
Without You
Kiss of Fire
Run With the Devil
Set the World on Fire (The Lie of Lies)

CANDLEMASS

Se podemos dar um destaque de revelação para o Monsters, sem dúvidas foi o Candlemass. Escolhidos para substituir o Saxon, os suecos mestres do doom metal destoam totalmente do estilo do festival – sem dúvidas se encaixariam melhor no próximo final de semana – mas não faltou vontade e nem falta de qualidade para a banda, que contou com o guitarrista Fredrik Akesson, do OPETH, que substituiu Mats Björkman neste show.

A banda mandou muito bem no seu curto show, com destaque para o vocalista Johan Längqvist, que retornou a banda recentemente e mostrou enorme liderança. Os fãs da banda, aqui e ali, se arriscaram a cantar o refrão das músicas, como em "Bewitched" e "Crystal Ball". As guitarras arrastadas da banda marcaram muito também a apresentação, que encantou o público presente, ainda bastante pequeno para o tamanho do estádio.

Setlist Candlemass:
Mirror Mirror
Bewitched
Under the Oak
Dark Are the Veils of Death
Crystal Ball
The Well of Souls
A Sorcerer's Pledge
Solitude

HELLOWEEN

Outra das bandas que tocou recentemente no Brasil, o Helloween veio para o Monsters tocar um pequeno resumo da setlist da tour United Forces. Mas as escolhas da banda foram essenciais. Em um show de festival é essencial saber controlar o ânimo do público, especialmente aqueles que não são fãs da sua banda, e eles fizeram isso de maneira perfeita abrindo o show com "Dr. Stein" e "Eagle Fly Free", dois dos grandes sucessos da banda, fazendo o público cantar junto e ganhando o Allianz Parque para si.

O público cantou muito alto o show inteiro, puxados pela dupla Kiske e Deris. Kai Hansen também foi excelente destaque do show, com sua performance maravilhosa em "Ride the Sky" e seu trabalho nas guitarras, com direito a mostrar toda sua virtuosidade com uma intro de "In The Halls of the Mountain King" logo antes da banda arrasar com "Future World". O Helloween acertou em cheio o espírito do Monsters, fechando o show com uma belíssima cantoria do público em "I Want Out", um verdadeiro primor.

Setlist Helloween:
Dr. Stein
Eagle Fly Free
Power
Ride the Sky [parcial]
Heavy Metal (Is the Law)
Forever and One (Neverland)
If I Could Fly
Drum Solo
Best Time
Future World
I Want Out

Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

DEEP PURPLE

O Deep Purple foi a primeira banda a ver o estádio lotado, com o público enchendo todas as arquibancadas. O Purple também se aproveitou da oportunidade, lançando um setlist que rapidamente ganhou o apelo dos fãs com dois clássicos: "Highway Star" e "Pictures of Home", deixando o público insano desde o início do show. Ian Gillan não decepcionou nem um pouco, mostrando que aos 77 anos o cara ainda tem lenha pra queimar.

O sucesso do show foi puxado especialmente pelo guitarrista Simon McBride, que segurou o rojão com solos incríveis de guitarra e uma presença de palco que ajudou a puxar o público para cima. A banda entregou todos os grandes sucessos da banda, em um setlist recheado com clássicos que fizeram o povo levantar de suas cadeiras, com especial destaque para "Space Truckin’", "Smoke on the Water" e "Black Night", que fechou o show da mesma maneira que ele começou, com grande sucesso.

Setlist Deep Purple:
Highway Star
Pictures of Home
No Need to Shout
Guitar Solo
Uncommon Man
Lazy
When a Blind Man Cries
Anya
Keyboard Solo [com trecho de Mr. Crowley e medley de música brasileira]
Perfect Strangers
Space Truckin'
Smoke on the Water
Bis:
Hush [cover de Joe South]
Bass Solo
Black Night

SCORPIONS

Com a noite chegando, o Scorpions subiu ao palco para um show de altos e baixos. O palco lindo e iluminado, uma verdadeira obra de arte, a banda se lançou ao show com "Gas in the Tank". O show, porém, levou tempo para engrenar, com a banda fugindo das características comuns de festival: deve-se ganhar o público desde a primeira música para manter os ânimos dos fãs. O que se viu, ao contrário, foi uma banda despendendo metade do show com músicas que falharam em atrair grande parte do público.

Os fãs foram entrar no show pela sua metade, quando "Send Me na Angel" e "Wind of Change" acenderam os fãs, que cantaram juntos com Klaus Meine durante toda a música, com um belíssimo show de luzes das lanternas dos celulares. Fechando o show, a banda lançou alguns de seus principais sucessos do bolso, com "Big City Nights", "Still Loving You" e "Rock You Like a Hurricane", que deixaram o público insano com a excelente performance dos alemães e mostrando que não faltam sucessos ao Scorpions para levantar o público, mas o setlist acabou deixando um pouco a desejar.

Setlist Scorpions:
Gas in the Tank
Make It Real
The Zoo
Coast to Coast
Seventh Sun
Peacemaker
Bad Boys Running Wild
Delicate Dance
Send Me an Angel
Wind of Change
Tease Me Please Me
Rock Believer
New Vision [solo de bateria]
Blackout
Big City Nights

Bis:
Still Loving You
Rock You Like a Hurricane

KISS

A estrela da noite subiu ao palco às 21h para fechar a noite. O Kiss voltou ao Brasil com o mesmo setlist tocado há exato um ano no mesmo estádio, na infinita turnê de despedida da banda – mais uma. O show começou com tudo mais uma vez, com a banda abrindo com "Detroit Rock City" para delírio dos fãs que enchiam o Allianz Parque. Tudo correu como um grande replay da apresentação do ano passado, com o público sendo puxado pela performance extremamente carismática de Paul Stanley.

A performance e o som estiveram perfeitos durante todo o show, com a magia do palco que só o Kiss pode oferecer, mais um show completo onde o áudio e o visual se encaixam lindamente. Se o show não tem pontos baixos, ele atingiu o ápice quando Paul Stanley foi para o palco B, em uma plataforma no centro da pista para ficar próximo do público, quando tocaram "Love Gun" e "I Was Made for Lovin’ You", para delírio da Kiss Army.

Quando Eric Singer voltou ao palco para a emocionante performance no piano de "Beth", já sabíamos que o show chegava em seu final, o que não impediu que o público fosse a loucura com mais dois sucessos no bis: "Do You Love Me" e "Rock and Roll All Nite", que fecharam mais um memorável Monsters of Rock pouco antes das 23h.

Se o horário do início do festival foi um pouco insólito para o público, o que levou ao baixo número de presentes para a primeira leva de shows, o Monsters terminou em um ótimo horário, que permitiu todos deixarem o Allianz Parque com tranquilidade para irem as suas casas – ou pegarem as dezenas de ônibus fretados que aguardavam na região. Novamente a Mercury Concerts dá uma aula de organização.

Setlist Kiss:
Detroit Rock City
Shout It Out Loud
Deuce
War Machine
Heaven's on Fire
I Love It Loud
Say Yeah
Cold Gin
Guitar Solo
Lick It Up
Makin' Love
Calling Dr. Love
Psycho Circus
Drum Solo
100,000 Years [outro]
Bass Solo
God of Thunder
Love Gun
I Was Made for Lovin' You
Black Diamond

Bis:
Beth
Do You Love Me
Rock and Roll All Nite

Kiss:

Scorpions:

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Deep Purple:

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Helloween:

Candlemass:

Symphony X:

Doro: