Resenha: MGMT (Circo Voador, Rio de Janeiro, 14/11/2018)
Por Gabriel von Borell
Postado em 18 de novembro de 2018
Fotos: Manoel Félix
Quatro anos depois de sua última passagem pelo Rio de Janeiro, o MGMT voltou a se apresentar na Cidade Maravilhosa nesta quarta-feira (14), véspera de feriado. O show aconteceu no Circo Voador, na Lapa, tradicional lona de espetáculos carioca.
Se a performance da banda norte-americana não empolgou lá em 2012, dentro do line-up do extinto festival Circuito Banco do Brasil, dessa vez, em show solo e em um espaço menor, criando um clima mais intimista, o resultado foi bem menos morno.
Com 15 minutos de atraso, Andrew Vanwyngarden (vocal e guitarra), Ben Goldwasser (vocal e teclado), Simon Doom (baixo), James Richardson (guitarra e percussão) e Will Berman (bateria) surgiram no palco às 22h45, levando os fãs a se agitarem bastante. Para abrir a apresentação, o grupo escolheu a envolvente "When You Die", faixa presente no mais recente álbum do MGMT, "Little Dark Age", lançado neste ano.
Na sequência, a banda indie tocou o sucesso "Time to Pretend", do disco de estreia "Oracular Spectacular" (2007). Depois da reação efusiva da plateia, Andrew e cia agradeceram com sorrisos e acenos de cabeça tímidos.
O show seguiu com "Alien Days", do CD "MGMT" (2013), e "Little Dark Age", cantada em coro pelos fãs. O cantor revelou que estava muito feliz em voltar ao Brasil e que este retorno era bastante aguardado por ele, pois considera o público brasileiro o melhor do mundo.
Em dia de intesno calor no Rio, a execução das suaves faixas "The Youth" e "James" serviram para acalmar os fãs e deixá-los recuperar o fôlego. O repertório da apresentação continuou com "Flash Delirium", do disco "Congratulations", de 2013, puxando batidas de palmas da plateia conforme o ritmo da canção.
Em "She Never Works Out", uma bicicleta ergométrica foi colocada à frente do palco e Andrew subiu nela para pedalar. Mas, ao que parecia, o aparelho não funcionou como deveria e o vocalista desistiu de pedalar depois de algumas tentativas frustradas, permanecendo em cima da bicicleta para cantar a música.
Após receber um quadro de presente de um fã mais próximo do palco, em um dos raros momentos de interação com o público, Andrew cantou a "setentista" "Weekend Wars", acompanhado a cada verso pelas vozes da plateia.
Logo depois, a banda tocou a progressiva "Siberian Breaks", baixando um pouco a temperatura do show. No entanto, a dobradinha de "Kids" e "Electric Feel" fez os fãs se animarem novamente, enquanto Andrew, que não costuma se movimentar muito no palco, arriscava algumas dancinhas e passos desengonçados.
Antes de "Me and Michael", o vocalista anunciou que aquela seria a última canção do setlist, para lamúria do público. Durante a música, uma das preferidas da plateia, Andrew balançava os braços para um lado e para o outro, sinalizando para que todos fizessem o mesmo.
Na volta para o bis, por volta de 00h10, o grupo tocou a bela "TSLAMP" e "The Handshake", fechando a apresentação com aproximadamente 1h40 de duração. Pela terceira vez no país, o MGMT mostrou de novo que, apesar da qualidade e técnica, eles ainda aparentam desconforto em cima do palco.
A energia entre o público brasileiro e a banda não consegue atingir a mesma medida e fica aquela sensação de que algo está faltando. Porém, é preciso levar em consideração que o show no Circo Voador foi menos travado que o anterior, na Praça da Apoteose. Que da próxima vez a banda se solte mais.
Setlist:
1- "When You Die"
2- "Time to Pretend"
3- "Alien Days"
4- "Little Dark Age"
5- "The Youth"
6- "James"
7- "Flash Delirium"
8- "She Works Out Too Much"
9- "Weekend Wars"
10- "Siberian Breaks"
11- "Kids"
12- "Electric Feel"
13- "Me and Michael"
Bis:
14- "TSLAMP"
15- "The Handshake"
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